A caverna

10 3 0
                                    

Depois do que pareceu uma hora, eles avistaram uma grande montanha; seu topo enfeitado por neve. Maya encarou o enorme buraco.

— Aqui está, ela não é maravilhosa? — disse a jovem empolgada. — Venham, vamos entrar.

O pequeno grupo de seres arcanos obedeceu à garota. Antes de entrar na caverna, Maya encarou a enorme boca que ela parecia ter. Parecia prestes a comer aquele grupo pequeno e de pouca habilidade. A própria jovem se censurou. Tinha consigo um anjo poderoso que controlava o sol; um demônio cheio de poder que ainda tinha mais poder; a primeira mulher da história, uma elfa habilidosa e uma bruxa verde que estava pronta para salvá-la. Maya riu, eles não eram qualquer coisa. Já haviam sofrido muito com treinamentos, e estavam melhorando cada vez mais.

Passos lentos acompanharam a druida, e imediatamente quando entrou, o demônio criou uma bola de luz. Iluminou um trecho do lugar, mas mesmo assim tudo era escuro. A druida sussurrou uma pequena oração e a caverna inteira se acendeu com a luz do dia; como se de repente o topo da montanha fosse cortado ao meio. Os olhos da escolhida avistaram vários metros acima, que várias estalactites se instalavam, pronto para causar dano em qualquer ser que estivesse abaixo delas. O grupo rapidamente chegou a uma parte ampla da caverna, onde várias entradas poderiam ser vistas.

— Está é a caverna das tentações, podem deixar suas malas aqui, eu vou me encarregar de guardá-las. Podem levar uma arma a sua escolha. Cada um de vocês vai por uma entrada.

Lilith foi a primeira a escolher, odiava conversa furada. Se posicionou na primeira entrada que viu e olhou para o restante.

— Vamos logo com isso pessoal.

— Não sei se deveríamos nos separar. — começou Peter.

— Precisam enfrentar seus medos sozinhos; principalmente vocês dois — a garota apontou, não tinha nada na voz além de uma meiguice melada.

Peter encarou a menina ao seu lado, talvez estivesse certa. No fundo, ele sabia que não estava pronto para contar tudo a Kinsley. Seus pés pararam em outra entrada, seus olhos vislumbraram, tentando ver o que tinha lá dentro; o que o esperava. O jovem profeta também deu alguns passos lentos até outra entrada; Helena fez o mesmo, depois Jonathan e Mulder.

— O que está me esperando? — Maya perguntou.

A druida sorriu antes de abraça-la.

— Lembre-se escolhida, é apenas uma tentação. Basta combater contra ele.

Os dedos da celta viraram Maya lentamente, a jovem caminhou até outra entrada, e respirou fundo. Instintivamente todos eles fizeram o mesmo antes de dar um passo à frente e adentrar a escuridão.

...

Na primeira entrada

Olhos tentaram ver através da multidão sem sucesso algum. Dedos apertaram uma katana na vã tentativa de sentir segurança. Elliot sussurrou um feitiço.

— Ysgafn — a voz calma e devastadora mesmo num sussurro inundou aquele lugar de escuridão. Imediatamente uma luz começou a nascer. O profeta encarou a esfera de luz branca levitando em sua mão e sorriu, seu coração se irradiou de emoção. Passos lentos, adentrando ainda mais a caverna; a espada já na mão.

...

Na segunda caverna

A mulher de cabelos loiros caminhou a passos lentos. Assim que entrou, usou um feitiço. Ao contrário de Elliot, não anunciou sua presença com uma luz, apenas professou uma magia que fazia seus olhos se adaptarem à escuridão e enxergarem além dela. Em sua mão uma adaga mística descansava, pronta para proferir maldições.

A Espada de Lilith (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora