A HISTÓRIA

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— Ah! Qual é, eu amo essa camiseta — disparou o demônio assim que viu o enorme rasgo na camisa azul.

Enquanto Maya e Myrddyn procuravam o fantasma, o resto do grupo se torturava na caverna. Peter havia matado vários demônios menores até aquele momento.

— Vamos acabar logo com isso — disparou ele, tirando uma corrente que se enrolava perfeitamente. O aço cortou a garganta do demônio, matando-o. O derrubado vislumbrou seu rosto antes de sorrir, o ser se contorceu de dor e explodiu. — Água benta desgraçado — disparou ele, puxando a corrente, decapitando-o.

— Quem diria que um demônio consegue matar outro — soou uma voz na entrada da caverna. Os olhos de Maya brilharam antes dela correr até o decaído.

Depois de um abraço e um beijo quente, o demônio fincou uma lâmina em seu quadril.

— Abaddon... O que você?

Peter riu.

— Ela não tem esse gosto, e o abraço dela se encaixa perfeitamente no meu. Ela cheira a lavanda e a rosas-brancas, e a expressão dela não é assim. Sinto muito te decepcionar, súcubo, mas você nem mesmo se parece com ela. — o demônio disparou antes de partir a mulher ao meio, verticalmente. — Aliás, ela nunca me chamaria de Abaddon. Ela prometeu.

— Você é impressionante — soou a imagem holográfica de um velho — Quantos já matou?

— Eu não fico contando. — o menino disparou — Foi um golpe baixo mandar alguém com o rosto dela.

— Sabia que você notaria. — o velho soou, antes de andar pela caverna, agora estava realmente lá — Você tem um poder impressionante Abaddon, porque não liberta seu escudo?

— Eu não posso — confidenciou o anjo.

— Não pode ou não quer?

O demônio riu.

— Se eu me libertar vou precisar de um lugar maior do que essa caverna, e muito mais protegido também. Não quero ninguém perto e muito menos que você fale sobre isso.

— Por que tanto receio Abaddon?

— Peter. Eu sou Peter.

Mudar o nome não muda o passado.

— Porque tem tanto receio, Peter?

— Não quero que ninguém se machuque, não quero ninguém perto até conseguir controlar 100%. Se você prometer que vai me dar tudo isso, eu liberto. Olha, não é nada contra você, é só que... Eu já vi o poder de destruição dele, não quero acabar com o seu reino que parece tão próspero.

O velho pensou por alguns minutos.

— Eu tenho um lugar,venha comigo demônio — soltou o velho andando até a entrada. Peter enrolou o chicote de aço e o guardou novamente, tirou sua espada do peito de um demônio menor e a guardou na bainha. Estava toda suja de sangue preto.

...

— Que bom que eu achei você. — soltou uma menina ruiva assim que subiu numa montanha. O rapaz estava sentado olhando para um rio muito grande, sua água cristalina. — Posso sentar? É um lugar muito lindo, vem sempre aqui?

— Meu tio Thomas teria adorado esse lugar. Teria armado um lençol no chão e lido comigo a história do nosso reino e depois se virado e olhado para as nuvens e dito que eram feitas de algodão. Ele sempre dizia isso.

Maya olhou para o céu.

— Elas parecem serem feitas de algodão — assentiu ela, antes de sentir olhos mortos a encararem — O que foi?

A Espada de Lilith (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora