sinal

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Capítulo fresquinho bem no começo do dia, quem mamou?

E o reencontro, vocês acham que vem aí ou não? (Eu espero que sim).


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Marcela chega ao fim de seu expediente. Ela estava acabada. Havia deixado o dia livre de atendimentos para poder (finalmente) realizar entrevistas de emprego a fim de achar sua nova secretária. Teve entrevistas muito boas, outras nem tanto, mas ainda não estava certa de qual mulher contrataria. Felizmente, teria o feriado inteiro do carnaval de folga antes de ter de tomar sua decisão final.

O carnaval era, de longe, uma de suas festividades favoritas. Amava cada coisa que fazia do carnaval o carnaval - desde os blocos de rua até os desfiles das escolas de samba. Não havia um ano em que ela não ia em pelo menos dois blocos no centro da cidade, independente se acompanhada dos amigos ou não. Também já havia ido ao sambódromo, porém preferia assistir aos desfiles de casa. Quando se vai ao sambódromo muita coisa passa despercebida, e como ela gostava de apreciar o trabalho inteiro das escolas, a narração das emissoras e a explicação transmitidas pela televisão eram essenciais.

Gizelly estava animada para passar seu primeiro carnaval em São Paulo. Já havia ido no carnaval do Rio uma vez e havia amado, então suas expectativas estavam bem altas. Ela também gostava do feriado, mesmo que não no mesmo nível que a veterinária.

Marcela fecha a clínica e vai pra casa. Após alguns minutos no trânsito de sempre, ela já está em sua residência. Pega seu celular e manda uma mensagem para a advogada.

"Já tá livre?" Ela escreve e envia. A resposta chega quase que imediatamente.

"Tô só arrumando uns últimos documentos aq na minha gaveta ,por que?"

"Não quer vir dormir aqui em casa? Fica mais fácil pra gente sair amanhã"

"A gnt vai pro Bloquinho só de tarde Marcela" Gi responde e a veterinária tenta achar uma outra justificativa para seu convite, mas não consegue. No final ela só queria a companhia da morena, quem estava tentando enganar?

"Melhor prevenir que remediar"

"Isso não é só uma desculpa pra@você me ver não, né?"

"Talvez..." Gizelly demora um pouco para responder dessa vez.

"Só vou fechar minha sala Aqui e já vou pra aí"

Marcela bloqueia a tela do celular assim que vê a última mensagem e o joga no sofá, indo até a cozinha. Tinha que preparar alguma janta pois sabia que a advogada chegaria com fome, mas o que fazer? Ela tinha um bom tempo pois o escritório em que Gizelly trabalha é razoavelmente distante de onde ela mora - não que isso influencie em alguma coisa, já que a última coisa que ela pretendia fazer era passar muito tempo na frente do fogão. Cozinhar não era algo que lhe trazia qualquer prazer, era mais uma necessidade do que algo que ela gostasse de fazer. Muitas pessoas afirmavam que cozinhar é uma espécie de terapia, mas a veterinária trocaria a cozinha por um estúdio de ioga sem pensar duas vezes.

Olhou a geladeira, o armário, até mesmo deu uma checada no aplicativo de entregas, porém nada parecia lhe agradar. Já sem paciência, Marcela pega dois potes de Cup Noodles e coloca no microondas. Não era a opção mais saudável nem a mais saborosa, mas era a que menos lhe traria dor de cabeça. A veterinária arruma a mesa, colocando toalha, pratos, talheres e copos, enquanto a refeição fica pronta. Aproveita o tempo livre e prepara uma limonada para acompanhar.

Assim que o microondas apita, avisando que o macarrão estava pronto, a buzina do carro de Gizelly soa em frente a casa. A loira vai correndo até o portão, o abrindo e indo receber a advogada. Gizelly usava uma roupa social e Marcela, que achava impossível aquela mulher ficar mais bonita, percebeu que estava equivocada. A loira sempre teve uma quedinha por mulheres de terninho, mas assim que viu a morena na sua frente quase caiu de um penhasco. As duas se cumprimentam com um abraço e logo entram na casa.

see you againOnde histórias criam vida. Descubra agora