ideia da sua mãe

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Oi gente!

Não consegui escrever pra postar ontem, mas relevem e finjam que ainda é sexta.

Sei que tá dando tudo errado, mas por mais que chegue a parecer que não tem mais solução (e vai chegar, então preparem os corações), peço pra que vocês não desistam. Eu prometo que vai melhorar. Juro de dedinho e tudo. Estamos combinades?

Esse capítulo é mais soft que o passado, então espero que vocês gostem. Boa leitura!

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O final de semana tão esperado pela advogada finalmente havia chegado: ela iria viajar até Vitória para passar a folga com os amigos e família. Gizelly sonhava com aquele momento desde que havia colocado seus pés em Sampa. Ela amava a nova cidade, porém sua cidade natal nunca deixaria de ser seu lar - e nas atuais circunstâncias, deixar São Paulo por um ou dois dias não era uma ideia de todo ruim.

Ela e Marcela não haviam se falado desde a discussão que tiveram há uma semana atrás. Talvez as duas mulheres tivessem levado o "não vamos mais falar sobre isso" um pouco a sério demais, e indo além decidiram não se falar mais também. Ambas sabiam que a falta de contato não seria para sempre, porém a advogada sentia que precisava tirar essa folga da loira, pelo menos por alguns dias. Era difícil se manter afastada de Ma, mas ela estava ciente de que era algo necessário. Até porque se a veterinária partisse mesmo, ela teria que aprender a lidar com sua ausência de um modo mais difícil – e menos reversivo, já que não tinha como Gizelly simplesmente ir até a Califórnia assim que a saudade batesse.

Assim que a advogada verificou pela pequena janela do avião que já estava em solo capixaba foi impossível conter um sorriso. O voo havia sido rápido, porém sua ansiedade fez parecer o contrário. A mulher não tinha o costume de se levantar para esperar sua saída assim que a porta do avião se abria, pelo simples fato de saber que era inútil, mas naquele dia ela não conseguiu permanecer sentada em seu assento. Estava eufórica demais para esperar sentada.

O pensamento de reencontrar sua mãe e seus amigos enchia seu coração de calor, o aquecendo e a deixando mais feliz do que já estava só de ter pousado em Vitória. Ela nem sabia que estava com tanta saudade assim enquanto estava em São Paulo pois mantinha a cabeça sempre tão ocupada que nem dava espaço para tal sentimento lhe atormentar. Era uma boa tática, só começou a dar errado quando um de suas "distrações" virou motivo para se sentir a saudade que ela tanto tentava afastar. Agora ela tinha de fazer um malabarismo para manter-se ocupada com Vitória e não lembrar da loira na mesma proporção em que se ocupava com a loira para que o Espirito Santo não lhe fizesse falta. Elas estavam afastadas, porém isso havia sido uma decisão da cabeça da advogada e não de seu coração, e a veterinária já morava em seu peito sem ao menos pagar aluguel.

O caminho do desembarque até o saguão principal do aeroporto foi rápido, já que a capixaba foi praticamente correndo. Ela sabia que seus amigos a esperavam, então não queria desperdiçar um segundo sequer com todos. Dessa vez não havia nenhum cartaz, mas não era como se Ivy precisasse de alguma coisa além de sua própria voz para poder se destacar na multidão. Gi conseguiu ouvir a falação de sua amiga de longe, rindo ao perceber que a mineira reclamava de sua demora.

— Ave Maria, Gizelly tá vindo de cavalo? — Ivy resmunga em seu tom natural, mas que podia ser ouvido a metros de distância.

— Não deu nem a hora programada ainda Ivy, se acalma. — Vitor diz e a mineira cruza os braços. Essa parte a advogada não foi capaz de ouvir, até porque VH costumava falar mais baixo que a mineira.

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