VEIO AÍ!!!
E pra comemorar, atualização bem cedinho.~//~
Gizelly é a primeira a acordar e leva um pequeno susto. Seu rosto estava tão próximo ao da loira que seus narizes de tocavam, o que faz ela se afastar num impulso e virar para o lado oposto. Marcela acorda com a movimentação, porém não se dá conta do que havia acontecido exatamente.
— Bom dia. — A veterinária diz com a voz de sono e abre um pequeno sorriso.
— Bom dia. — Gi diz se virando pra ela novamente, com uma distância considerável dessa vez.
— Dormiu bem? — Marcela pergunta se espreguiçando e Gi confirma com um aceno de cabeça. — Nem terminou de ver o filme.
— Tava muito cansada. — Dá de ombros.
— Tudo bem. — Ma diz e se senta na cama. — Vou preparar café pra gente.
— Poxa nem um beijinho de bom dia? — A morena brinca e se ajeita na cama, colocando as duas mãos sob a cabeça.
— Eu tô com bafo, Gizelly. — A loira diz e a capixaba ri da sua sinceridade.
A advogada usa um braço de apoio e sela seus lábios ao da loira num selinho rápido, levantando da cama em seguida e se dirigindo ao banheiro. Ela anuncia que vai tomar um banho e Marcela segue seu caminho até a cozinha.
Marcela passa um café para a advogada e ferve um pouco de água para preparar um chá para si mesma. Pega algumas bolachas no armário, um pão de grãos que tinha, umas geleias na geladeira, o resto da limonada da noite anterior e arruma uma mesa de café da manhã digna de hotel. Finaliza colocando o café na garrafa térmica e preparando seu chá.
— Esse café tá muito chique.
A capixaba aparece usando um blusão da loira. Ela não havia pedido nem nada, mas Marcela não poderia ligar menos. Havia ficado ótimo nela.
— Pra me redimir da janta industrializada.
— Se sua tática é me conquistar pelo estômago, tá funcionando. — Gi diz enquanto se senta a mesa, arrancando um riso da loira.
Elas tomam o café enquanto conversam sobre o filme - ou parte dele. Aproveitam e já repassam a programação para aquele dia, fazendo alguns combinados caso alguma coisa estranha aconteça durante a folia. O carnaval é incrível, de fato, mas não há como negar que é um feriado perigoso, ainda mais se você for uma mulher que planeja não sair para a farra acompanhada de uma figura masculina.
Após a refeição as duas vão se arrumar. Como Gi já havia tomado banho, ela apenas se troca e começa a fazer sua maquiagem. A capixaba usava um top branco, uma saia de tule preta e um suspensório da cor da saia, além da mais que tradicional tiara de gatinho também na cor preta. Havia lavado seu cabelo, então havia passado menos creme a fim de o deixar o mais armado possível.
Marcela usaria um body com estampa de escamas azul, uma saia de tule da mesma cor e uma tiara de conchas. Já havia se vestido daquela forma antes, mas que atire a primeira pedra quem nunca repetiu uma fantasia - e além do mais, ela havia amado se vestir de sereia, então por que não fantasiar-se de novo?
Marcela sai do banheiro vestida e se depara com Gizelly sentada na beirada de sua cama finalizando a maquiagem.
— Que gatinha mais charmosa.
— Se eu borrar esse delineado por sua causa eu te mato.
— Toda bravinha. — Ma fala se aproximando da pequena penteadeira que ficava ao lado da cama para começar a se maquiar. A loira se senta ali e liga as luzes que tinham na moldura do espelho do móvel.
Gizelly havia levado a própria base, assim como tudo que ela precisava para fazer sua pele, o que só comprovou que ela não havia levado um pijama por pura cara de pau. Gi finaliza a maquiagem desenhando o bigodinho de gato e finalmente olha para Marcela. Ela ia reclamar de alguma coisa, porém ao ver Marcela toda arrumada até se esqueceu do que tratava.
— E essa sereia que nem precisa cantar pra atrair os pescadores.
— Se eu tiver que cantar vai ser pra espantar, não atrair. — Marcela fala começando a passar seu corretivo e a capixaba ri.
Gizelly se levanta e caminha até a loira, parando atrás dela, para poder se olhar no espelho da penteadeira. Ela dá uma ajeitadinha em sua saia e começa a fazer caras e bocas para o espelho.
— Fica difícil eu me concentrar assim. — Marcela fala terminando de espalhar sua base.
— Então não se concentra... — A capixaba diz colocando as mãos sobre os ombros da loira. — Foca em outra coisa.
Gizelly desliza suas mãos para baixo, encaixando seu rosto no pescoço da loira. Marcela se arrepia toda, tendo que se concentrar para manter a respiração constante.
— Hoje você acordou ataca... — Marcela começa a falar, mas é interrompida quando a morena dá um chupão em seu pescoço, a fazendo ter que morder o próprio lábio. — Agora não é hora Gi, por favor...
Gizelly sobe uma trilha de beijos por todo seu pescoço e vira sua cadeira, sentando em seu colo, e finalmente chega com os beijos em sua boca. Era tudo extremamente lento. Ela estava apenas provocando a loira, e Marcela tinha ciência disso. Não iria lhe dar a satisfação de cair em sua pilha, então nem ao menos colocou suas mãos sobre o corpo da morena. Manteve-as na cadeira, em partes para não dar o que Gizelly queria e em partes para não acabar caindo na tentação.
Gizelly encerra o contato, seguindo com a trilha de beijos até o ombro de Marcela.
— Posso terminar minha maquiagem agora, ou a senhora vai ficar me tentando até eu desistir?
— Pode terminar. — Gi fala parando de beijar seu corpo. A capixaba entorta a cabeça, mirando o pescoço da mulher a sua frente. — Mas acho que você vai precisar de um pouco mais de base ali.
A capixaba sai do colo da veterinária. Marcela se olha no espelho e vê o quão vermelha sua pele estava por conta da gracinha da mais nova, teve vontade de bater nela pois sabia que ficaria com um roxo enorme na pele pelo resto do feriado.
— Filha da puta! — Ela diz, mas a advogada já havia deixado o quarto.
Ela bufa, aplicando uma boa camada de base por cima do local marcado. Termina sua maquiagem sem companhia, já que a advogada saira do quarto e não havia retornado mais. A loira nem sabia em que canto ela estava, mas não se preocupava com isso.
De maquiagem pronta, roupa colocada e cabelo arrumado, Marcela sai do quarto e encontra Gi na sala. A morena assistia a alguma coisa na televisão. Assim que percebe a presença da veterinária, a advogada desliga a televisão e vira sua atenção a mulher.
As duas saem de casa e seguem caminhando até o bloco que iriam. Se sair de carro durante o ano novo era difícil, no carnaval era loucura. Boa parte das ruas e principais vias da cidade ficavam interditadas para a festividade, além do perigo de se estacionar o carro em qualquer canto. Até mesmo os estacionamentos pagos não eram lugares 100% seguros para se deixar um automóvel nessa época do ano.
Tiveram uma tarde ótima. Pularam, cantaram, dançaram até os pés não aguentarem mais, brincaram e beberam. Não desgrudaram uma da outra um segundo sequer, quando não estavam abraçadas os dedos se entrelaçavam quase que automaticamente. Se beijaram sob uma chuva de confete, assim como se beijaram sem confete também. Curtiram como se aquele fosse o último dia.
Marcela nunca havia ido pro carnaval acompanhada, se é que me entendem, então não sabia como seria não ficar com várias pessoas como ela costumava. Para sua surpresa, porém, foi igualmente bom.
Não passaram por nenhum momento desagradável ou aperto, para sorte delas. Retornaram para casa da veterinária assim que perceberam o sol começando a se pôr. Planejavam voltar no dia seguinte, e esperavam que fosse igualmente incrível.
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see you again
FanfictionHá quem diga que nós viemos a esse mundo com um propósito, seja ele social, próprio, ou até mesmo amoroso. Mas o que acontece se você não conseguir atingir seu objetivo? Será que temos uma segunda chance? Gizelly Bicalho já viveu uma vez, porém sent...