te vejo na próxima

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Oi gente!
Tava pensando em estabelecer uns dias da semana pra postar (tipo segunda e quarta), o que vocês acham?
Me falem aqui o melhor dia pra vocês ;)
É isso, bom capítulo!

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Havia chegado o tão esperado dia: dia da mudança. O caminhão com os móveis e caixas havia partido no dia anterior, então Gizelly separou duas trocas de roupa e passou a noite na casa de sua mãe. Nem chegou a dormir por conta da ansiedade. Não sabia o porquê, mas sentia que São Paulo era o lugar em que ela deveria estar. Ela dava a desculpa que era só por conta das melhores oportunidades de emprego, mas no fundo sabia que não era só isso. Ela podia sentir que tinha algo a mais – a capixaba só não sabia o que era ainda, ou melhor, quem.

Seus amigos e sua mãe a acompanharam até o aeroporto e foi uma choradeira só, a única que não derramou uma lágrima sequer foi a advogada. Mais por força de vontade do que por falta dela. Gizelly até cogitou desistir, porém já estava tudo pago e tinha muito dinheiro em jogo. Quando entrou no avião começou a pensar se havia sido uma boa ideia, mas logo espantou esses pensamentos. Nunca gostou de pensar no passado, o que importa é o agora e no momento o agora se resume em ficar uma hora e meia sentada num assento de avião com destino a um novo capítulo da sua vida.

A viagem foi tranquila, não houveram turbulências e o trajeto foi feito no tempo estimado, nem mais nem menos de uma hora e meia. Assim que pôs os pés em território paulistano a advogada teve certeza de que era ali que ela deveria estar. Sentiu que algo muito bom estava a aguardando ali, e nada conseguiria tirar aquele sentimento bom dela. A capixaba se dirigiu ao desembarque, onde encontrou Mari com uma plaquinha a esperando. Sorriu com a cena da mais nova amiga a procurando entre a multidão de pessoas com a plaquinha contendo as palavras "AQUI GIZELLY" erguida sobre a cabeça. Se aproximou da baiana e a deu um abraço, sem conseguir conter seu entusiasmo e soltando alguns gritinhos que foram correspondidos. Algumas pessoas que passavam observavam a cena, mas nenhuma das duas se importava. Estavam muito felizes pra isso.

As amigas se separam do abraço e vão até o carro da baiana, onde Gizelly deposita sua única bagagem de mão no porta-malas e se senta no banco do passageiro.
Em cerca de uma hora de viagem as duas chegam ao novo apartamento da advogada. Mari a deixa em frente ao condomínio com a promessa de voltar mais tarde, após o fim de seu expediente. Gizelly se despede e vê o veículo sumir de sua visão em questão de segundos. A mulher se vira para o condomínio a sua frente e respira fundo, andando até a portaria. Concluiu a parte burocrática o mais rápido que conseguiu e quando se deu conta já estava em frente a porta de sua nova casa, com a chave em uma mão e a pequena mala na outra. Respirou fundo e entrou no apartamento, dando de cara com caixas e mais caixas espalhadas pela sala. O ambiente estava uma zona, mas Gizelly não pode conter o choro dessa vez.

Era um choro de alívio, principalmente. Alívio e felicidade. Ela havia conseguido o que sempre quisera, mudar-se pra São Paulo. Agora poderia abrir seu próprio escritório, sem dever nada a ninguém, e com certeza acharia mais trabalhos aqui. Estava feliz como nunca estivera antes. Deixou as lágrimas rolarem enquanto explorava o apartamento, pessoalmente dessa vez. Estava apaixonada pelo imóvel, estava tudo perfeito e mal podia esperar para arrumar tudo e deixar do seu jeitinho.

Foi até o banheiro e lavou o rosto, pois tinha muito trabalho a fazer. Os eletrodomésticos essenciais como fogão e geladeira já estavam em seus devidos lugares, o que era ótimo. A advogada então logo tratou de posicionar os móveis e os eletrodomésticos remanescentes. As roupas e conteúdos das caixas ficariam pra depois. A tarde passou voando, e quando se deu conta já eram 19h e não havia comido nada. Estava morrendo de fome. Foi até seu celular e pediu pra que Mari trouxesse comida quando viesse vê-la. Havia colocado todos os móveis no lugar, o que deu mais trabalho do que ela esperava. Estava se sentindo nojenta, então correu para o banho.

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