Marcela é a primeira a acordar naquela manhã chuvosa de fevereiro. A loira leva alguns segundos até se dar conta de onde estava e quem estava deitada em seus braços, porém quando acorda completamente as memórias da noite anterior lhe atingem em cheio e ela não pode evitar de abrir um sorriso de orelha a orelha. A advogada tinha sua cabeça apoiada no colo da veterinária e a loira continuava a rodeando com seus braços. O edredom que cobria as duas dava conta de aquece-las no clima friozinho. Marcela cheira o cabelo da advogada, começando a fazer um cafuné na mulher ainda adormecida em seguida. Não sabia se era seu lado apaixonada falando, mas a loira adorava ver Gi dormindo porque ela tinha a melhor cara de sono que ela conhecia.
Fazia um bom tempo que a loira não dormia tão bem. A cabeça, finalmente, livre de dúvidas e incertezas a proporcionou um sono que ela não experienciava desde antes de conhecer a morena de olhos chocolate. Bom, isso somado ao orgasmo que teve logo antes de adormecer havia sido a combinação perfeita.
A loira não via a hora de ir tomar um banho, porém acordar Gi não estava em seus planos, portanto decidiu que esperaria a morena acordar para aí então ir banhar-se. Os minutos de espera se resumiram na veterinária deitada, com os olhos fechados, fazendo um carinho nos cabelos da morena.
Um dos celulares apita e Marcela logo vira sua cabeça na direção do aparelho. O movimento brusco em conjunto com o barulho inconveniente foram responsáveis por fazer a advogada despertar.
— Só mais cinco minutinhos. — Gi diz dengosa, puxando Marcela contra si e escondendo o rosto no pescoço da loira.
— Bom dia pra você também. — A veterinária diz baixinho, deixando um beijo no topo da cabeça da advogada. A capixaba abre um sorriso com o ato e com as lembranças que também a atingem em cheio.
— Quero ficar aqui o dia todo, posso?
— Se eu puder tomar banho primeiro. — A loira diz voltando a fazer o cafuné e a morena começa a passar os dedos com delicadeza por suas tatuagens. — E colocar uma roupa.
— Pra que?
— Tomar banho? — A veterinária franze a testa.
— Por roupa.
— Ai Gizelly... — A loira ri. — Você não tem jeito mesmo.
— Vamos tomar banho logo então. — A morena fala deixando um beijo no pescoço de Marcela e se sentando na cama.
— Vamos? — A veterinária a fita sem pudor. — Quem disse que eu ia tomar banho com você?
— Eu tô dizendo. — A capixaba se levanta da cama e vai em direção ao banheiro. — Agora vem logo ou vai ficar trancada pra fora.
Marcela ri da ousadia da advogada, levantando da cama e a seguindo. Quando a veterinária chega no banheiro a morena já estava no chuveiro, então ela logo trata de acompanha-la. Alguns beijos e provocações rolam ali e aqui, mas não passam disso. A água era morna, um meio termo pro gosto das duas já que Marcela gostava de banho quente e Gizelly de banhar-se com água fria. A morena sai na frente pois havia esquecido de pegar uma toalha pra Marcela.
Gizelly pega uma toalha em seu guarda roupa e a leva ao banheiro, saindo do cômodo de vez e indo se vestir. Ela opta por uma calça legging e uma regata simples, já que o clima estava ameno. Já aproveita e deixa uma roupa separada para Marcela, pois sabia que ela não iria gostar de usar a roupa do dia anterior.
A capixaba pega seu celular e verifica o que tinha chegado durante o tempo em que não mexeu no aparelho. Ela havia deixado as notificações desativadas na noite anterior, portanto não tinha a mínima ideia do que a esperava. Sem muita surpresa, as únicas mensagens que ela tinha eram de Ivy, Mariana e Manoela, todas querendo saber como havia corrido o encontro, e um e-mail do seu escritório. A capixaba estava respondendo Ivy e Manoela quando a loira entra no quarto, logo pegando o vestido que havia sido separado para ela e se vestindo. A advogada nem se deu o trabalho de responder Mari porque sabia que a baixinha iria contar tudo pra ela assim que ficasse sabendo, já que as duas não se desgrudavam mais.
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see you again
FanfictionHá quem diga que nós viemos a esse mundo com um propósito, seja ele social, próprio, ou até mesmo amoroso. Mas o que acontece se você não conseguir atingir seu objetivo? Será que temos uma segunda chance? Gizelly Bicalho já viveu uma vez, porém sent...