Capítulo 2

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Irritado porque seus irmãos reclamaram todo tempo por ter expulso a menina de lá, Cinco, com Klaus e Diego o supervisionando, sendo a dupla de idiotas que eram, digiriu por algum tempo até finalmente ver a menina sentada na chuva, usando sua camisola lilás delicada com seus cabelos mais do que molhados pela água que caia. Num estado tão deplorável que quase sentiu pena.

— Na sarjeta! Você jogou a menina na sarjeta! Vê só? Não era um golpe da gestora! — Diego o acusou como se ele tivesse errado.

Uma pessoa que nunca o viu antes vem pedindo ajuda quase nua, de aparência mais do que sedutora? Não mesmo! Só podia ser algum tipo de golpe, ele havia concluído no mesmo instante.

Isso é, até seus irmãos o encherem a paciência e para os fazer calar a boca saiu atrás da menina que caminhou trôpega, até a picape da lanchonete onde ele costumava a tomar café, entrando no veículo com muita dificuldade.

— Ela parece muito bêbada. Tipo, muito mesmo. — Klaus fez a observação do ano se apoiando nos assentos da frente.

Notando que a cabeça não ficava firme, chegou a conclusão que ela deveria estar certamente morrendo, a seguindo até a lanchonete, onde a nova dona, irmã mais nova da proprietária antiga, quase morreu do coração com a menina caindo na porta dela.

— Vai lá e faz alguma coisa! — Klaus o pediu ansioso.

Querendo saber o porquê dela vir justamente até ele pedindo ajuda. Não queria ajudar, pois aquela garota poderia ser uma isca bonita da Gestora, com isso relutou até que viu o desespero da senhora que a trouxe, que não parava de tocá-la, tentando a colocar de pé, assustada e falando sozinha, o que não se ouvia através da chuva, mas que parecia sério.

— Escuta. Diego e Klaus, quero os dois indo buscar a mamãe. E não demorem. — disse antes de sair do carro.

Vendo que a mulher pareceu assustada com ele, que ainda tinha sua camisa branca manchada pelo sangue que a desconhecida vomitou nele, levantou as mãos e mostrou que não tinha nada, a fim de poder se aproximar.

— Só quero ajudá-la. Eu a conheço. — falando com toda sua paciência, recebe um olhar desconfiado da mulher.

Se aquela imbecil morresse, seria culpa dela, então. Esperou que a mulher o desse confirmação para se aproximar, indo checar o pulso da menina que parecia muito rápido, além do corpo que estava numa febre tão alta que não tinha como ser possível aquilo.

Cinco tinha a impressão que estava tocando numa lareira em chamas.

— Precisamos levar ela pra dentro, agora. — dizendo a senhora pega o corpo da garota sem muito esforço, notando agora que via com atenção uma marca de quem queimou um ferimento.

Atitude provisória para estancar sangue.

— Essa não é muito inteligente, mas dou crédito pelo esforço. — comenta consigo a levando para dentro da casa simples, onde a dona fez questão que ela fosse colocada em sua cama.

Usando o que podia ser feito, pano molhado com água para tentar diminuir a febre e muito cuidado para não a causar mais dor no processo, Cinco estava prestes a anunciar que não estava adiantando em nada, quando a desconhecida começou a se convulsionar e ele precisou a segurar para que não se ferisse, sendo ajudado pela senhora que a acolheu.

— Ela vai morrer? — a mulher de cabelos loiros perguntou a ele com seus olhos cinzentos molhados pelas lágrimas que caíam sem parar.

Não sabia se era por medo de ser culpada pela morte ou por sentimentos que não o faziam sentido.

— Talvez. Preciso que saia e veja se vê um barbudo e um hippie acompanhado de uma loira que se veste como nos anos cinquenta. Eles poderão ajudá-la...— instruiu a mulher que parecia muito receosa de deixá-lo sozinho com a garota moribunda.

— Ela é só uma criança. Por favor... — disse a ele que deu de ombros e a viu voltar a pôr sangue para fora.

Não tinha ideia do que estava acontecendo com aquela garota, mas era assustador, foi a conclusão que chegou enquanto a virava de lado para não se afogar no próprio sangue.

— Por favor, não morra. Diego e Klaus vão me perturbar pelo resto da vida se você morrer! — pediu a desconhecida que voltou a se tremer.

Sem convulsionar, apenas tremer por alguns segundos, até que Grace chegou com sua tranquilidade habitual e se colocou a examinar o corpo de seja lá quem a garota fosse.

— Diego, preciso de sua ajuda. E quero que os demais saiam, por favor... — diz em tom vazio indo até o número dois que segurava sua maleta incomodado pelo sangue do lado da garota.

— Ela não para de tremer, já convulsionou, vomitou sangue e a febre dela é tão alta que, não sei como ela conseguiu aguentar até agora. Notei que ela fez algo no ombros esquerdo, provavelmente ferimento profundo, um cauterização. Dê prioridade a esse ferimento. Veja se há alguma pista do que houve.

— A senhora que a deu carona está com Klaus na sala. — Diego o avisando em tom baixo, recebe um aceno do irmão.

— Tem certeza que quer ajudar ela? Posso assumir se preferir... — se ofereceu por curiosidade e para poupá-lo de lidar com sangue.

— Arrume uma história para a senhora, das boas. Ela é muito esperta. Quer ligar para a polícia então... Resolva isso primeiro.

Ao fazer um sinal positivo, número Cinco saiu depressa do cômodo, indo até a dona da casa que oferecia rosquinhas e algo pra beber a Klaus que comia como um morto de fome sem modos algum.

— Como ela está? — pergunta o número quatro com rosquinhas sendo mastigadas enquanto falava.

Levando o irmãos mais velho a mandá-lo comer como gente normal, não falando de boca cheia. Antes de se sentar na sala da senhora e receber um café, preto da mulher que o servia todos os dias na lanchonete.

— Obrigado. — agradecendo com cortesia recebe um olhar ainda desconfiado da mulher.

A quem ele enganou dizendo que a menina era uma sem teto que ele tentava ajudar e que pretendia oferecer auxílio para sair das ruas, dando seu cartão para que ela entrasse em contato assim que se reestabelecesse de saúde.

A Grace fez o que pôde. Diego se ofereceu para trazê-la depois para checar a menina, mas a dona da casa, após pegar as recomendações se negou a permitir, dizendo que cuidaria e caso houvesse muita necessidade iria entrar em contato com ele. O que Cinco tinha certeza que não aconteceria nem que ele fosse a última pessoa no mundo.

Não era lá o melhor cliente, tampouco o mais simpático, mas certamente a proprietária da lanchonete guardava rancor das respostas sem muita paciência que Cinco a dava por vezes.

— Ela não vai ligar, não é? — Klaus comentou logo que entraram todos no carro do irmão mais velho.

Resmungando um "claro que não" recebeu um olhar de quem o estava julgando de Diego, que não disse nada sobre o assunto todo caminho até chegar em casa.

— Não vai mudar em nada ficar de cara emburrada como uma criança. — Cinco avisa ao seu irmão sair do carro.

— Não vai, mas sabe de uma coisa? Está nas suas mãos! O sangue de uma garota que a única coisa que fez foi pedir sua ajuda e você como um babaca a enxotou como um cachorro!

— E o que esperava? Que deixasse uma desconhecida entrar e ficar por aqui observando tudo? Ela tinha uma maleta! É da comissão! Não dou um dia pra eles virem levar ela. — devolveu antes de sair do carro com Diego furioso logo atrás.

Não podia pôr sua família em risco se metendo nos negócios da comissão. Nada envolvia ele de qualquer forma. Diego era apenas uma criança com complexo de super herói. Uma versão mais sensível e piorada do Batman. Jamais entenderia que ajudar só era possível quando não se corria riscos de ter problemas.
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