Capítulo 8

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Praticamente já é outro dia né? Perdão pelo sumiço, tive que estudar algumas coisas e arrumar casa. Essa pandemia tá me deixando ouça então, esqueci de voltar aqui. Parabéns as lindas que comentaram! Meta batida aqui estou eu. Capítulo fresquinho!

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Sentado no sofá da sala, Cinco abraçava uma almofada e dormia pacífico enquanto suas irmãs e irmãos desciam para tomar café.

— Ele encheu a cara de verdade desse vez, não é? — perguntou Diego baixo, ao chegar por último na cozinha.

Deveria ser algo muito ruim. Da última vez foi o Apocalipse, logo, os irmãos Hargreeve já se preparavam para o pior quando ele acordasse, com toda certeza.

Ainda sim, escutando barulhos ao seu redor, Cinco continuava com os olhos fechados, pois não queria ter que lidar com explicações do porquê de ter bebido. Até que se ouviu passos e a voz baixa da nova amiguinha de suas irmãs. Provavelmente chegando para irem ao shopping.

— Perdão, pelo inconveniente. Não imaginei que vocês estivessem tomando café ainda...

— Na verdade já terminamos. — Alisson respondendo animada, pois ela adorava usar o cartão corporativo do irmão, informa tentando falar baixo.

O que não acontecia, pois o tom dela parecia alto mesmo quando ela dizia estar baixo.

— Graças a Deus ele chegou bem em casa! Sentado assim vai acabar com as costas ruins... — coelhinha soando preocupada, parece se aproximar.

— Vocês saíram ontem? — perguntou Alisson curiosa, com seu tom de notável segundas intenções.

Pensando em coisas que não aconteceram. Exceto, talvez um abraço? Ele a abraçou ou havia sonhado com aquilo?

— Não. Ele apareceu bêbado na lanchonete às duas da manhã exigindo um café... — conta a mulher, antes dele a sentir o mover com cuidado, para deitar no sofá.

Escutando uma risada baixa, seguida por um "isso é exatamente o que Cinco tem cara de fazer" de Klaus, continua a fingir que estava dormindo, ouvindo a conversa enquanto tentava se lembrar do que havia feito.

— E você deu pra ele? — Alisson falando indiscreta recebe uma risada de Klaus.

Então a escutou ela sair de seu lado para pedir alguma coisa e novamente voltar a responder Alisson.

— O café? Não. Nós brigamos, ele me chamou de burra, então só. Cada um foi para um lado... — mente de maneira deliberada, pois as lembranças de Cinco começaram a aparecer.

— Você pensou em dar outra coisa além do café? — Klaus diz com tom de diversão, provavelmente tentando a constranger.

Entrar na lanchonete? Sim. Brigar com ela? Não. A chamar de burra? Talvez, foi algo bem subjetivo, mas não achava que ela tivesse inteligência para notar sua crítica sutil. Era chocante que tivesse entendido algo tão mínimo, mas não estava afim de parabenizá-la por usar seus neurônios.

Haviam conversado. Pela primeira vez em anos conversou de modo honesto com alguém que não era Dolores, sua esposa que o abandonou e sequer se despediu. E aquilo era assustador, porque certamente seria usado contra ele em algum momento. O que havia feito de errado?

— Ele te disse porque bebeu tanto? — Klaus parecendo mais perto dele, questiona a mulher que respirou fundo.

Se ela contasse ia matá-la, pensou lutando para manter sua feição neutra.

— Estava irritado com alguma coisa... Mas ele sempre me parece irritado, então. Não dei atenção. Foi muito rápido, ele chegou, brigamos e ele saiu. — mente novamente, antes de se ouvir alguém fazendo barulho baixo.

— Querem alguma segurança para irem ao shopping? — perguntou Diego baixo as duas mulheres que pareceram fazer silêncio por muito tempo.

— Se alguém se aproximar muito, posso matar, não se preocupe. — coelhinha falou, dando a deixa a Cinco, que se levanta escutando um som de desaprovação dela.

Aquela mulher por aí causaria danos ao pequeno lugar onde ele mantinha a Comissão longe. Não poderia apenas deixá-la sair por aí livre, quando era uma selvagem.

— Não vai sozinha a lugar algum, seu dragão selvagem. — dizendo sonolento, luta contra sua vontade de bocejar sem sucesso.

Recebendo olhares de todos. Alisson achava graça da situação, a coleguinha dela estava irritada, Klaus conversava com alguém e o olhava desconfiado e Diego parecia radiante.

— Quem você está chamando de dragão, velho ranzinza? — acusa ele a garota que realmente parecida ofendida.

Ela era bonita, perigosa, feroz e mortal. O que mais poderia chamá-la? Aquele nome horroroso não a fazia justiça. Coelhinha era algo fofo e inocente, mas definitivamente não englobava as melhores características que ela possuía.

— Me recuso a chamá-la de coelhinha, querida.

Com isso recebe risadas dos irmãos que não entendiam o quanto aquela situação era delicada. Ele precisava levar para algum lugar isolado e pagar para que aquela garota fizesse silêncio sobre o que a disse na madrugada. Deu sorte mais cedo, mas preferia que ela continuasse em silêncio.

— Você é chato pra caralho. Prefiro você bêbado! — reclamando irritada, ela faz menção de sair.

Contudo Cinco foi mais rápido e a parou na metade do caminho.

— Dá pra uma vez me escutar?

— Você me chamou de dragão! Eu não sou uma porra de um dragão! — gritando com ele, parece muito magoada com aquele apelido inocente.

Mostrando ser sentimental demais para ser saudável. Algo que acabaria a matando de alguma forma.

— O que prefere? Que eu a chame de cadelinha da gestora como alguns outros? — devolveu ríspido, não tendo tempo sequer de falar mais nada.

A mulher o deu um tapa na cara antes que pudesse elaborar o resto do que pretendia dizer, chocando número Cinco que não esperava aquela reação.

Até vê-la chorando e então entender que aquela questão sobre o nome dela não era tão simples.

— Você mais do que qualquer um deveria entender! Você Cinco é a única pessoa que eu não achava que tivesse que explicar porque eu odeio esse tipo de apelido! — colocando o indicador dela no peito do cara que agrediu, continua a assustar o homem.

Ela estava fora de si por um apelido babaca que alguns idiotas a deram. Ele não saia por aí contente, mas também não agredia quem dizia que ele tinha um caso com a Gestora. As pessoas eram idiotas, ela precisava superar aquilo.

— Por que você odeia qualquer outro apelido além do idiota que você usa? — perguntou tirando o dedo dela da sua direção, se aproximando antes de olhá-la nos olhos.

Tudo que via era dor. Muita dor por conta de um apelido idiota, o que logo o ligou um sinal de alerta na cabeça para algo muito importante: e se o significado do apelido que ambos tiveram fossem diferente para eles?

— Não é qualquer apelido. É esse. Porque ela me obrigava a virar um cachorro para poder sair da sede. Era a única forma de ver a luz do dia nos meus primeiros anos! Sendo levada na coleira. Tem noção do quão ruim era?

Surpreso pela explicação, não teve tempo de dizer nada, antes dela apenas desaparecer, aparecendo na frente de Alisson, dizendo que não poderia ir mais, sumindo de novo, o fazendo sair atrás da mulher.Que não encontrou em lugar, algum, como se tivesse sumido.

Iria conversar com ela na lanchonete, mas antes iria passar numa joalheria. Comprar o que tivessem de mais brilhante para diminuir a raiva dela e então trabalhar num jeito de se redimir pela péssima escolha de apelidos que fez. Embora, ela não tivesse realmente feito alguma objeção tão contra o apelido de "dragão selvagem" que ele usou.

Um Pequeno Favor - FIVE COMPLETA Onde histórias criam vida. Descubra agora