I would die for you /Draco Malfoy [Concluído]

1- Expresso de Hogwarts

Finalmente primeiro de Setembro. Finalmente a volta a casa, ao local que eu gosto de chamar de minha verdadeira paz interior. Apesar deste último ano, eu ter sentido que as coisas pioraram, afinal Lord Voldmort não se esconde mais de ninguém, o que coloca em quase todos nós, um medo que tudo volte a acontecer. Não sou maluca de dizer que não tenho receio do amanhã, afinal eu até tenho receio do hoje.

Mas eu quero manter a minha cabeça livre desses medos, pois eu estou ao lado das pessoas que amo, que eu sei que me ajudariam, igualmente como eu. E são essas memórias felizes que eu quero manter comigo, pois com elas, eu sei que sou indestrutível.

- Sai do mundo encantado Daena.

Uma mão acena na minha frente e eu reviro os meus olhos, encarando aquele ser que está em pé mesmo ao nível da minha face, com os seus belos cabelos ruivos.

- Fred, cala a boca por favor. - dou uma risada baixa, e sinto a sua mão pousar nos meus ombros. Encosto a minha cabeça no espaço vazio do seu pescoço, e inalo o seu cheiro. Apesar de ter estado imensas vezes com ele neste fim de ano escolar, eu amo estar nesta posição. Eu amo estas pessoas. Eu amo.

- Vamos para o compartimento? - Harry fala na minha frente, enquanto eu observo as pessoas que ocupam a estação. Aquelas crianças pequenas, que pela primeira vez vão conhecer o quanto é bom sentir a magia nas nossas veias, como é bom ser acarinhado, ser compreendido. Eu sei sinceramente o que cada uma delas está a pensar.

Despeço-me dos pais dos ruivos mais amados de Hogwarts, abraçando forte Molly, a pessoa que eu considero como uma mãe.

- Cuida bem do meu menino. - ela diz enquanto aperta a bochecha do ruivo ao meu lado, o que faz Fred se afastar e eu rir.

- Pode deixar. - olho para ele. - Eu cuido bem dele.

Fred agarra a minha mão, e nós seguimos Harry, Hermione, Ron, Ginny e George para dentro do trem. Entre um corredor e outro, paramos de frente para a porta que separa a parte dos Gryffindor para Slytherin. A energia que dali emana é capaz de deixar os mais susceptíveis a tremer. Não querendo falar mal, mas dali, raramente alguém de bom nasceu.

Fred abre a porta do compartimento, ao mesmo tempo que a outra se abre e revela o ser de cabelo platinado que mais eu odeio.

Sei que odiar é uma palavra forte, mas não sei como descrever Draco Malfoy. O olho, aquele mesmo ar de deboche, mas um olhar caído. Ele traja um terno preto de mangas compridas e gola.

- Eu estou a vos dizer.

Quando entro no espaço atrás de Fred, que se senta e me puxa para o seu colo.

- O que Harry? - pergunto sem saber o que se passa.

- Nada, é o Harry que tem a ideia maluca que o Malfoy é um comensal da morte.

Desvio o meu olhar para a porta, como se de um sussurro se tratasse, ao mesmo tempo que Draco passa e me olha. Tristemente.