Desaparece, Por Favor

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- Mas o que você faz mesmo aqui?

Lucios volta a perguntar, enquanto eu continuo com os olhos fechados desejando claramente que isto tudo não passe de um simples pesadelo.

"Daena."

"Não fala comigo Malfoy. Não me dirige a palavra mesmo que mentalmente. Eu confiei em você. Eu quis acreditar que tudo o que diziam de você era mentira. Eu magoei o Fred por sua causa. Mas você é igual a eles. Você."

Começo a chorar descontroladamente e me deixo cair de joelhos, mas não me mantenho muito tempo assim pois mais uma vez o meu corpo é içado pela capa.

- Ela estava na torre Lucius. - Bellatrix fala, e eu abro lentamente os olhos quando vejo ele se aproximar de mim. - Pelos vistos ela deve ter algo a ver com o Draco.

Lucios olha de cima para baixo para mim, enquanto eu continuo a chorar, e ele pega no emblema da minha capa.

- Gryffindor? - ele desvia o olhar para Draco. - Agora você se dá com esta gente é?

- A deixe pai. - Draco fala assustado e eu me tento soltar das mãos de Bellatrix, mas ela aponta a varinha para mim. A dor de cabeça aumenta e eu sinto a minha vista começar a escurecer, até que a única coisa que ouço é Draco gritar o meu nome.

Quando abro os meus olhos, a noite ainda está lá fora mas eu estou deitada numa cama. Mexo o meu corpo notando que tenho uma das mãos amarradas à zona mais alta da cabeceira e a outra ao lado do meu corpo. A minha cabeça ainda dói, parecendo que vai explodir, e um ardor aparece.

Mexo a cabeça mas no escuro não consigo enxergar nada. Até que uma voz surge.

- Lumus.

A ponta da varinha se acende, e eu vejo os olhos de Draco.

- O que você tá fazendo aqui? - falo rapidamente.

- Daena.

- Não fala o meu nome. - me mexo tentando me soltar até que Draco conjura um feitiço que me solta e eu me levanto, tão rápido que sinto o meu corpo falhar, e só não caio porque ele me agarra.

- Me solta Draco. - novamente as lágrimas tomam conta de mim, e eu lhe bato com os punhos fechados no peito. - Me solta.

- Para Daena, me deixa explicar.

- Explicar o que Malfoy? Explicar que você é um comensal? Que você andou o ano todo a estudar como matar o Dumbledore? Que eu neguei tudo por você?

- EU FUI OBRIGADO DAENA. - ele grita bem perto do meu rosto e eu me afasto dele, mesmo que ainda tonta. - Ele ia me matar se eu não o fizesse.

- Existem tantos comensais. O seu próprio pai é um deles. - falo com raiva enquanto o olho. - Porque não ele e sim você?

- Porque ele me escolheu. Por isso.

- É, ele escolheu você. - eu solto uma gargalhada sarcástica. - e você se envolveu comigo mesmo assim.

- Isso não tem nada a ver Daena. Eu.

- Te amar é claramente um jogo perdido Malfoy.

- Daena?

- Desaparece da minha frente. - limpo algumas das lágrimas. Draco se mantém de pé me olhando. - Desaparece por favor. Eu me arrependo tanto de ter trocado o Fred por você Malfoy. - agarro no anel e o deixo em cima da cama.

O olhar dele baixa e ele sai do quarto, me deixando  sozinha. Me ajeolho junto à cama, e choro tudo o que tinha guardado dentro de mim. A dor, a magoa, a raiva. A minha cabeça continua doendo, a sensação de ardor aumenta mas a dor na alma está me matando. E eu estou numa casa com comensais.

 I would die for you /Draco Malfoy [Concluído] Onde histórias criam vida. Descubra agora