A Batalha - II

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Ginny agarra na minha mão e na mão de Ron e eu sinto claramente como se o chão fugisse dos meus pés. Eu só imagino Fred morto, e isso era tudo o que de pior me podia acontecer neste momento. Ela passa connosco por vários corpos, de vários alunos e alguns comensais. Eu sinto tanto a perda de vítimas inocentes, mesmo que numa guerra nós tenhamos que matar para viver.

Observo Molly de pé, junto a George e quando desvio os olhos para o chão, lá está o corpo de Fred. Solto a mão de Ginny e corro aqueles poucos metros, me debruçando sobre ele. O sangue em sua cabeça mostra o quanto a batalha foi renhida, mas o sorriso dele ao meu ver acalma completamente o meu coração.

- Eu pensei. - choro descontroladamente. - Eu pensei que tinha perdido você. - ele ergue um pouco o seu corpo, e eu me lanço no mesmo, o abraçando forte. Fred me aperta também, enquanto eu choro no seu ombro.

- Eu mantive a minha promessa amor. Eu fiquei vivo. - solto uma risada baixa, enquanto sinto a sua mão acariciar o meu cabelo. Afasto a minha face do seu ombro e limpo um pouco do sangue junto ao seu olho com a manga da minha camisola. Ele me olha fixamente e eu aproximo os nossos lábios o beijando.

- Onde o Harry foi? - ele me pergunta, enquanto nós estamos sentados e eu agarro a sua mão.

- Ele foi no gabinete do Dumbledore. Ele tinha que ver umas coisas. - olho em frente e Harry vem na nossa direção. - Olha, lá vem ele.

Me levanto e me junto a Hermione e Ron.

- Você não vai. Você só pode estar a brincar. - Hermione berra quando eu me aproximo.

- Você se lembra do que me falou há uns tempos? Que eu poderia ser bem mais do que sou? Você tinha razão. Eu sou.

Hermione começa a chorar e eu a agarro, mesmo sem entender o que se passa.

- Eu vou na Floresta Proibida.

- Não Harry, não faz isso. - falo. - Você não pode se entregar.

- Tudo vai correr bem. - ele olha para trás, e Ginny nos observa e quando ela faz a intenção de se aproximar, ele segue o caminho contrário.

- Que conversa foi esta Hermione? - lhe pergunto assim que Harry desaparece da nossa vista. Olho em volta e nem sinal de Draco. Respiro fundo, pelo menos desejando que ele esteja vivo.

- Tem uns tempos que eu desconfio que o Harry seja uma hocroux. O fato dele conseguir comunicar com Voldemort, poder ver os seus pensamentos, o falar com cobras, tudo leva a crer que uma parte de Voldemort foi transferido para Harry sem intenção. E ele acabou de provar isso.

- Mas. - eu a olho, piscando rápido. - Mas isso quer dizer que Harry tem que ser destruído para que Voldemort seja finalmente derrotado?

Hermione acena com a cabeça e eu a abraço com força.

"Daena."

"Você está bem?"

"Estou, bem, acho que estou."

"Pelo menos está vivo, e isso me acalma. Draco, você tem mesmo que decidir. Eu sei que pressão em cima da sua família é enorme, mas eu espero que pelo menos o Scorp seja uma grande chance."

"Daena, eu amo você. Só mantém isso na sua mente."

"Draco? Draco, não faz nada de errado por favor."

Silêncio e eu sinto mais uma vez o sufoco a aparecer. Caminho com Hermione até junto de Fred, e ela se senta junto a Ron e eu faço o mesmo, me sentando entre as pernas de Fred. Junto as minhas costas ao seu peito, e aconchego a minha cabeça no seu pescoço. Fred beija a minha testa, e aperta as minhas mãos.

 I would die for you /Draco Malfoy [Concluído] Onde histórias criam vida. Descubra agora