Quando volto a olhar em volta, vejo Scorp nos braços de Astoria. Ela tenta o fazer rir, mas o meu filho tem o semblante de choro no rosto.
- Me deixa pegar nele, por favor. - Olho para Draco, que continua com sua mão a agarrar o meu pulso. - E larga a minha mão.
- A resposta para as duas perguntas é não.
Eu Reviro os olhos e tento puxar mais a minha mão, mas ele crava as suas unhas na minha pele e eu abro os meus olhos para ele.
- Você tá me machucando Malfoy.
Ele dá um sorriso de lado e eu bufo irritada.
- Bem que preferia quando você não sorria. Esse seu sorriso irónico e esnobante me irrita.
Ouço meu filho chorar e impulsiono o meu corpo, conseguindo me soltar da sua mão e chegando perto de Astoria e de Narcisa.
Scorp quando me vê, começa a chamar mamãe, mamãe e estica as mãozinhas para mim e eu pego-o sem pedir nem licença. Elas me olham mas não abrem a boca para reclamar e ainda bem que não o fazem pois eu estou mesmo a ponto de surtar.
Aperto o seu pequeno corpo no meu e ele acalma lentamente o seu choro. Meio que balanço o meu corpo para a frente e para trás, enquanto caminho com ele no colo, e quando dou por mim, estou em frente ao quarto que eu ficava. Entro no mesmo, e fecho a porta atrás de mim.
- Shh meu amor. - balanço mais o seu corpinho, sentindo ele se aninhar no meu pescoço. - Mamãe está aqui, mamãe vai proteger você de todo o mal.
Em alguns minutos a sua respiração demonstra mesmo o seu sono, e eu o deito na cama e me deito ao seu lado, colocando a sua cabeça junto ao meu peito, e enquanto acaricio o seu cabelo e o seu rosto. Ele dorme tranquilamente e eu fecho os meus olhos, embalada pela respiração dele.
Quando abro os meus olhos a noite já está bem presente. Olho para o meu filho que ainda dorme, e só me passa pela cabeça o quanto ele pouco deve ter dormido nestes dias. Mexo lentamente o meu corpo, e Scorp acorda, agarrando logo a minha camiseta como que a dizer que tinha fome. Eu já não tinha por muito hábito de lhe amamentar, pois ele já tem os dentes fortes, mas eu não vou de maneira nenhuma pedir alimentação para ninguém.
Me levanto da cama, e pego ele no colo, me sentado no não tão saudoso da minha parte sofá, e o coloco deitado no meu colo, levantando a peça de roupa até aos meus seios, colocando o direito de fora e ele abocanha logo o mamilo.
- Ai meu amor. - afasto um pouco a sua face, pois a força foi tanta que eu senti a dentada. Olho para as seus olhinhos que me observam e eles brilham, e pego na sua mão e a beijo. Uma leve luz está por detrás de mim, e eu consigo ver cada expressão dele. Abro um ligeiro sorriso e ele faz o mesmo, mesmo sem tirar a boca do meu mamilo.
- Olha a sorte do meu filho.
A voz de Draco aparece atrás de mim, e o meu primeiro impulso é de tapar o meu seio.
- Tá tapando isso para quê? Eu já vi tudo mesmo.
Scorp reclama e começa a chorar e eu me levanto sem responder a Draco, começando a embalar o meu filho novamente. Eu só peço que Fred apareça pois eu não tenho coragem de aparatar sozinha com ele. O embalo com mais força, tentando que ele pare de chorar.
- Pode sair daqui Malfoy? Eu estava alimentando o meu filho e você tem sempre o mesmo costume de interromper.
Ele ri e se senta no sofá. Scorp acaba por adormecer novamente nos meus braços e eu o deito na cama, o aconchegando com a coberta.
- Já já nós vamos sair daqui meu amor. - sussurro baixo mas ouço o riso de Draco.
- Você até pode sair, mas o meu filho vai ficar aqui. Não sei se você sabe. - ele se levanta e se colocando na minha frente. - Mas o ministério deu a guarda para o meu pai.
- Eu quero que você, o seu pai, o ministro e o ministério se lixem Malfoy. Não existe ninguém em situação alguma que me impeça de levar o meu filho comigo. Eu sou a mãe dele e é comigo que ele vai ficar.
- Ele tem que ficar com a família. - Draco da mais um passo e eu recuo.
- Ele tem uma família. Ele tem a mim, tem o Fred, tem a Molly, o Arthur, o George. Ele tem uma família que o ama e respeita. Se você quer um bebé para criar e ter uma família como a sua, faça um com a Astoria.
- Isso são ciúmes Riley? - ele se aproxima mais de mim, e cada passo que ele dá eu recuo, até que bato na parede e ele fica na minha frente.
- Não me faz rir Malfoy. Eu não sinto nem uma ponta de ciúmes seus. Eu estou muito bem como estou.
Ele eleva a sua mão, e toca na minha face mas eu viro a mesma com força, de maneira a que ele não me toque. Ele vira a minha face e volta a lhe tocar.
- Ele toca você assim Riley? - o seu tom baixa de volume enquanto a sua mão passa pelo meu pescoço e o rodea. - Ele faz você sentir isto? Ele provoca em você esses arrepios que você tá sentindo? - sua mão continua em volta do meu pescoço, e eu entreabro os meus lábios. - Me diz, ele deixa você sem reação?
- Malfoy. - Minha voz some.
- Bem me pareceu que ele não faz nada disso. - ele ri e se afasta de mim.
- Idiota. - me aproximo do meu filho e o pego novamente no colo, de forma a que ele não acorde. No minuto a seguir Lucius abre a porta e eu viro as minhas costas, olhando a janela.
- Você poderia por favor me dar o meu neto?
- Não. O meu filho só sai dos meus braços para ir para a casa e a cama dele.
Ouço os dois a falarem, mesmo não entendendo nada e sinto um vento de lado e quando olho, Fred está ali. Eu sorrio e lhe dou a mão.
- Vamos para casa. - eu aceno que sim e antes de fechar os meus olhos, vejo Lucius e Draco na minha frente mas os meus ouvidos e a minha mente não captam mais nada.
Quando para de andar à roda eu estou abraçada a Fred, que abana a cabeça.
- Cade o Scorp?? - Olho em volta, no chão.
- Eles o retiram dos seus braços antes de conseguirmos sair. Me desculpa novamente meu amor. - ele acaricia a minha face. - Eu tentei voltar atrás mas já não dava. Eles devem ter protegido o castelo contra aparatamentos que sejam estranhos.
So sinto ele me abraçar e as minhas lágrimas me queimando de novo.
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I would die for you /Draco Malfoy [Concluído]
FanficSexto ano em Hogwarts, com a volta mais que anunciada daquele cujo o nome não deve ser pronunciado. Eu só quero que seja um ano de paz e que eu possa sair com a saúde mental que entrei. Mas as dúvidas, essas dúvidas // História nada fiel aos livros...