Ainda

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As mãos de Draco agarram as minhas costas mas eu me afasto dele.

- Não Draco. - o olho no mesmo momento que ele faz uma cara de espanto. - Isto não pode voltar a acontecer. Aconteceu muita coisa.

- Eu sei que sim, mas.

- Mas nada Draco. Não deves pensar que eu iria esquecer tudo não é? Principalmente quando você ajudou o seu pai a ficar com o meu filho.

- Daena, a questão aqui não é o Scorp. Você sabe tanto como eu, que quando você tiver uma maneira de o manter sem depender de ninguém ele voltará para si.

- Isto se o Lucius Malfoy não inventar mais mentiras sobre mim.

Bufo alto e volto a me sentar no sofá. Draco se mantém de pé me olhando.

- Meu pai não faria isso. - ele fala com tanta certeza que a minha única reação é rir. Rir bem alto o que faz ele me olhar sem entender nada.

- Você acredita mesmo que o seu pai não iria ser capaz de mentir só para sair por cima? Pelos vistos você não conhece bem o pai que tem.

Eu ergo o meu corpo e passo por ele.

- Onde você vai?

- Vou voltar para a minha sala comunal. - falo como se fosse óbvio. - Nós já falamos o que tínhamos para falar Draco.

- Porque você não passa a noite comigo aqui?

Eu rolo meus olhos e solto mais uma gargalhada.

- Tu continua brincando com a minha cara ne Malfoy? - abano a cabeça. - Porque eu iria passar a noite aqui com você me diz?

Ele dá dois passos e fica bem na minha frente e eu prendo sem querer a respiração.

- Você tem razão. - ele fala calmamente. - Se você quiser ir, pode ir. Eu não vou obrigar você a ficar. Pode ir Daena.

Minhas pernas deixam de me obedecer e eu olho diretamente nos seus olhos. Draco me fita e a sua mão sobe pelo meu antebraço, fazendo a minha pele se arrepiar. Eu entreabro os meus lábios e deixo um suspiro longo sair por eles.

- Por que raios eu estou fazendo isto? Por que raios eu estou deixando você me iludir de novo? Logo você que disse na minha cara que a minha virgindade tinha sido o seu maior prémio. Me diz como eu posso ser tão idiota?

Ele continua subindo a mão e apanha uma mecha do meu cabelo a colocando atrás da minha orelha e puxa a minha face pela nuca para junto dos seus lábios que ficam colados ao meu ouvido.

- Eu menti. - ele sussurra. - Eu nunca achei que a sua virgindade fosse um prémio, mas sim, uma mostra que você realmente me amava. No dia que o meu pai me torturou, eu falei aquilo para ele me deixar. Você nunca foi uma distração.

Engulo em seco, ouvindo as suas palavras e a sua respiração e sinto as minhas mãos suarem e ganharem quase vida própria pois as levo até ao pescoço dele e viro os seus lábios para os meus. Draco avança para trás se sentando no sofá e eu fico por cima dele, com uma perna em cada lado dos seus quadris. Ele sobe as suas mãos pela minha camisa, a abrindo com força tanto que eu ouço botões caírem longe. Ele retira a peça de roupa, e a joga no chão, ao mesmo tempo que eu puxo a gravata dele e o beijo novamente.

Em poucos momentos o sinto me invadir, enquanto ele puxa a minha cintura para baixo de forma a que o sinta melhor. Os nossos gemidos ocupam o espaço todo e eu deito a cabeça no seu pescoço enquanto ele se movimenta mais e mais rápido. Uma das suas mãos sobre pela minha barriga e pelos meus seios, até chegar ao meu pescoço onde ele o rodeia, apertando o mesmo lentamente o que me faz soltar gemidos mais longos e profundos, enquanto ele impulsiona o meu corpo para trás, criando uma distância do tamanho do seu braço entre os nossos corpos.

Encaixo a minha cabeça no seu pescoço, sentindo ele puxar a coberta que ele invocou pelos nossos corpos. Sinto o meu coração acelerado e a minha mente completamente sem saber o que pensar.

- No que você pensa?

- Nem eu sei. Só sei que estou completamente confusa e que acho isto tão errado. - tapo a cara com a minha mão e com o seu pescoço e o ouço respirar fundo.

- Você tá noivo. Eu. - mordo o lábio. - eu jurei a mim mesma que nunca mais iria fazer isto. Ahh eu sou tão idiota, porque eu sei que vou me lixar novamente sem sombra de dúvidas. Quem vai acabar mal sou eu.

- Para com isso Daena. - ele tenta puxar a minha face mas eu a forço mais contra o seu pescoço. - Você me ama?

Minha vez de respirar fundo e de me lembrar de tudo. Até do Fred e de quanto eu era feliz com ele.

- Eu acho que vou amar você para sempre.

- Sério? - quase que posso ver o sorriso dele aumentar.

- Sim, mas esse é que é o problema. Esse é o grande problema Draco. Porque eu não o posso fazer.

Não lhe dou tempo nem de responder, e ergo o meu corpo de perto dele, agarrando as minhas roupas e as vestindo à presa. Saio da sala precisa ainda o ouvindo me chamar. Olho o anel no meu dedo e o tiro.

Eu quero sumir.

 I would die for you /Draco Malfoy [Concluído] Onde histórias criam vida. Descubra agora