I would die for you /Draco Malfoy [Concluído]

Vai Começar

Acordo mais uma vez com o choro de Scorp, que como qualquer bebé normal chora por fome. Ergo o corpo da cama, retirando o braço de Fred da minha cintura e me aproximo do berço dele. Agarro o seu pequeno corpo, o aninhando nos meus braços e me sento na cadeira junto à janela. Coloco o meu seio de fora e ele agarra na primeira tentativa. Mesmo com praticamente 4 meses, ele ainda acorda de 3 em 3 horas para comer.

Olho para os seus cabelinhos claros, tal e qual o pai, assim como os olhos. Ele pouco ou nada saiu a mim, mas é claramente o xerox do Draco.

"Já acordada?"

"Claro, seu filho faz questão de comer de 3 em 3horas ainda, e eu estou aqui lhe dando de mamar"

"Quanto tempo já passou mesmo? Eu não me perdoo de ainda não o ter visto sério"

"Ele tem quase 4meses Draco, e apesar de eu achar que você já deveria de ter vindo aqui, eu também não vou condenar você. Ele tem tudo o que necessita, ele tá forte, saudável, come bem e dorme melhor ainda."

"Mas não me tem a mim. E nem eu a você."

"É! Isso é algo que depois temos que falar também."

Volto a olhar o bebé no meu colo que já tem mais os olhos fechados que abertos. Cubro o meu seio e o aninho mais no meu peito, cantarolando baixo para que ele adormeça mais profundamente. O coloco novamente no berço e o tapo até à cintura, lhe beijando a testa. Em seguida, volto a me deitar junto a Fred que puxa o meu corpo para o seu, me apertando.

- Vou para a loja. - o ruivo na minha frente fala enquanto eu o olho.

- Por que você continua a ir? Tudo no Beco diagonal fechou. Eu fico muito preocupada com você. - ele sorri e se baixa na altura do meu corpo que está sentado na cama.

- Porque é o sonho meu e do meu irmão. É a maneira de nós trazemos alguma alegria a quem ainda lá vai.

- Eu entendo isso Fred, mas fico sempre de coração mas mãos quando você sai. Eles andam por aí, e eu tenho medo.

Ele agarra a minha face com as duas mãos, e beija ternamente os meus lábios. Eu agarro o seu pescoço e o puxo um pouco mais para mim.

- Eu não demoro. - ele se despede com um beijo na testa, e se aproxima do berço beijando a testa de Scorp também. Eu sorrio, vendo ele sair do quarto. Quando me levanto da cama, o meu filho ainda dorme e eu aproveito para tomar banho e tentar relaxar um pouco. Mesmo tendo a ajuda de Fred e de Molly, não é claramente fácil tratar de um bebé sozinha.

Quando acabo o meu banho, Scorp ainda dorme e eu olho pela janela vendo uma silhueta. Esfrego os olhos e quando os abro, a mesma já desapareceu. OK, isto deve ser falta de dormir. Aconchego ainda mais o meu filho e viro costas ao berço, no mesmo momento que Draco aparece na minha frente.

Ele me agarra pois com o susto quase que o meu corpo colapsa. Ele me olha e eu faço o mesmo.

- Como? - é a única coisa que consigo dizer pois Scorp abre os pulmões, começando a chorar. Draco acaricia minha face e se aproxima do berço do filho, e eu faço o mesmo, vendo nos olhos dele um brilho que raramente tinha visto. Um sorriso se abre nos meus lábios.

- Quer pegar nele? - ele acena que sim, e eu retiro o pequeno corpo do berço lho passando para os seus braços, faz Scorp parar de chorar instantaneamente.

- Oi meu amor. Eu sou o seu pai. - ele beija a sua testa e eu olho para os dois, sentindo os meus olhos encher de lágrimas. Scorp agarra o colarinho da camisa, como se quisesse dizer que sabia quem era.

- Tenho que ir. - Draco fala ainda com ele no colo, depois de eu o ter alimentado enquanto ele via. - Consegui sair, com a ajuda da minha mãe, mas eu não quero que ele saiba.

- Seu pai continua lhe maltratando? - Draco balança o filho no colo, desviando o olhar de mim. - Por favor Draco, você não precisa disso.

Ele coloca o bebê no berço, e se vira para mim, beijando meus lábios.

- Eu amo você.

E desaparece no segundo a seguir. Eu me sento na cama e deixo que mais uma vez, as lágrimas corram.

- Não dá para esperar mais mãe.

Ouço a voz de Fred na cozinha e me aproximo. Ele, Molly, George e Mr. Weasley estão sentados. Eu entro no espaço.

- Esperar o que?

- Daena, querida. - Molly se aproxima de mim. - Vai para perto do Scorp vai.

- Não. O que se passa? Tem dias que vocês ainda esquisitos e eu não sei porque.

- Ginny acabou de escrever. Harry Potter está em Hogwarts.

- Ou seja, vai começar ne?

Fred se aproxima de mim, e me abraça.

- Eu vou com vocês.

- Não. Você tem o seu filho para cuidar. - ele me diz me olhando fixamente.

- Eu vou Fred. Scorp vai ficar bem. Eu vou.

Ele volta a me abraçar e eu fecho os olhos desejando que esta guerra não me leve ninguém.