I would die for you /Draco Malfoy [Concluído]

Você Nunca Disse A Verdade

Eu estou literalmente, bem literalmente não, completamente cansada dos meus dias aqui. Eles nunca passam do mesmo, eu nunca saio deste quarto, se bem que não tenho vontade nenhuma de fazer isso. Eu continuo a ouvir Draco falar comigo mas eu não tenho intenção de lhe responder. Eu só quero que tudo isto termine, por bem ou por mal.

O barulho de alguém a aparatar me desperta e quando olho para cima, aquele ser de cabelo ruivo está aos pés da cama. Sorrio verdadeiramente , pela primeira vez em muito tempo, e me lanço novamente nos seus braços.

- Você vai me levar embora? - lhe pergunto ainda com a cabeça bem junto ao seu ombro.

- Vim fazer melhor meu amor. - ele toca a ponta do meu nariz. - Feliz aniversário vida.

Abro meus olhos de espanto. Como eu pude me esquecer do meu aniversário?

"Aniversário? Parabéns Riley."

Rolo os olhos e Fred ri.

- Malfoy. - abano os ombros. - É hoje? Porra, eu perdi mesmo a noção do tempo aqui.

Me sento na cama, e Fred faz o mesmo, me puxando para o seu colo, e eu me aninho no seu peito.

- Por que você continua a ser esta pessoa, tão encantado por mim? Quando eu lhe magoei tanto?

O ruivo da um riso que me faz sorrir também, e aperta ainda mais o meu corpo contra o dele. Ele inspira contra o meu cabelo, e eu me sinto segura como acho que nunca o fui.

- Porque ninguém manda nos sentimentos Daena. Porque se eu pudesse mandar até no que eu faço no dia a dia, eu teria tentando esquecer você. Mas eu sou apaixonado por você desde que lhe vi a primeira vez. Desde que você cruzou a plataforma e entrou no Expresso.

Levanto a cabeça e olhos nos olhos dele. Os meus começam novamente a ficar marejados. Ele abre um sorriso e eu apoio a cabeça nas minhas mãos que estão cruzadas em seu peito.

- Eu lhe vi crescer, passar por tanto e nunca baixar os braços ou desistir de nada. - eu aceno com a cabeça. - Eu sempre disse a mim mesmo que eu iria proteger você de tudo, como se você fosse a outra parte de mim.

- Para com isso Fred. - as lágrimas já correm e ele passa o polegar. - Isso me machuca mais, pois eu deitei isso tudo fora por uma idiotice.

- Idiotice sim. - eu gargalho baixo e ele faz o mesmo. - Mas você também não manda em você ne? Você é consciente do que diz, mas não do que pensa.

- Infelizmente. - bufo e enterro a cabeça nos seus braços. - Preferia um avada do que isto, realmente.

Fred me abraça mais forte e eu sinto os meus olhos pesarem. Tem dias que eu não sei o que é dormir corretamente, e pelo menos aqui eu sei que estou em paz.

Fecho os olhos, e sinto a mão de Fred descer até ao meu ventre, e sinto um pontape bem junto de onde a mão dele está. Abro os olhos e encaro a face do ruivo que tem um sorriso no rosto.

- Ele reconhece você. - digo sorrindo e colocando a mão em cima da dele.

- Ele sabe que eu já o amo, mesmo não sendo meu filho. - sua mão faz carinho e eu a aperto.

- Você será bem mais do que isso. - volto a olhar para ele, e Fred usa a mão livre para puxar o meu rosto, e me beijar. E como eu sentia falta dele, bem mais do que eu podia imaginar.

Quando acordo, o ruivo ainda dorme, e eu saio devagar dos seus braços, e me levanto indo até ao banheiro. Olho a minha imagem no espelho, e vejo as marcas dos anéis de Lucius, que marcaram a minha face. Acaricio a minha barriga, pois o bebé chuta de novo.