Nada Felizes

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- Sinceramente já não aguento isto.

Jogo o corpo no sofá da sala comunal e olho para teto. Passou mais um mês e alguns dias e nós já estamos novamente cheios até ao pescoço de trabalhos. Mione esta de volta dos livros e eu nem consigo sequer abrir a minha mochila. Além disso, as saudades do meu filho estão lentamente a me matar.

- Falta pouco para podermos ir e você já ira ver o seu filho. - Ron fala e eu o olho.

- Por acaso deste para ler mentes agora? Porque eu tava mesmo a pensar nas saudades que já tenho dele.

Eles riem e eu respiro fundo mais uma vez.

- Daena?- Mione me chama e eu ergo o meu corpo, me sentado no segundo a seguir ao seu lado, a vendo encarar a página do livro de pocoes. - Você nunca nos contou o que se passou nas masmorras!

- Por favor, se existe coisa que eu não quero nem lembrar é desse dia. - volto a me levantar e ando às voltas. As palavras de Malfoy parece que se gravaram na minha alma e eu tinha a plena certeza que tudo o que o seu pai me tinha dito na mansão era tudo verdade. Eu fui fraca e fácil demais. Sinto uma lágrima cair mas a limpo em seguida. - Me desculpem mas eu ainda não consigo nem sequer repetir o que ele me disse.

Antes de que algum deles pudesse dizer algo, umas batidas prendem a nossa atenção. Eu só espero mesmo que não seja mais nada ligado ao ministério, pois eu tava cansada de cartas, de ameaças. Harry levanta e se encaminha, abrindo o retrato da Fama Gorda, e eu vejo aquele cabelo ruivo que tanta falta me faz. Caminho até ele, e o abraço.

- Que saudades. - aperto o corpo do ruivo e sinto ele fazer o mesmo. - Não trouxeste o meu filho? - o olho enquanto estamos abraçados.

- Não pude. - ele faz uma cara triste. - O ministério anda em cima de nós, e avisaram que o Scorp não pode sair lá de casa, ou arriscamos a que pensem que fugimos com ele. Meu pai anda cheio de problemas no trabalho por causa disso e minha mãe anda assustada, pois eles alegam que nós não temos condições para cuidar dele. Lucius apareceu lá de novo.

- Eu não acredito nesta merda. - solto o corpo de Fred mas ele agarra na minha mão. - Porque eles não me deixam em paz? Lucius disse na minha cara que o meu filho nunca seria considerado um verdadeiro Malfoy e agora anda atrás dele por que? - esfrego a minha face com força.

- Eu já lhe disse. - ele me puxa pela mão. - Ninguém vai tirar ele de você, eu não vou permitir isso.

Olho o ruivo nos olhos, quando ele me beija e eu deixo que o meu coração se acalme. Volto a o abraçar e ele faz o mesmo.

- Que desfrutem do banquete.

McGonagall fala quando a comida aparece na nossa frente e eu só estou desejosa que o almoço passe para que eu possa apanhar o trem e vá para perto do meu filho. Me sirvo e observo a sala, já toda decorada para o natal. Fred fala com Harry e Ron e eu presto atenção em Malfoy que fala com Astoria e Pansy. Ele me olha também.

"Tá com saudades Riley?"

Eu reprimo um riso, e olho para Fred. Fecho os olhos quando me lembro e ouço tudo detalhadamente da nossa última conversa.

- Eu não sei como não explodi. - falo baixo, mas sinto Fred tocar no meu braço.

- Sobre o que amor?

Respiro fundo e viro o meu corpo para ele. Humedeço os meus lábios, e clareiro a garganta.

- Você se lembra quando mandou a carta dizendo que o Lucius tinha ido à vossa casa? - ele acena que sim. - Então, eu nesse dia fui às masmorras e confrontei o Malfoy.

 I would die for you /Draco Malfoy [Concluído] Onde histórias criam vida. Descubra agora