Capítulo 37 Jasmine

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Bip. 

Bip. 

Bip. 

Isso foi o que me acordou. Não um som agudo alto, apenas um sinal sonoro constante que seria muito provavelmente como veneno para os meus nervos se eu tivesse que suportar ouvi-lo por um longo período de tempo. O que diabos estava apitando? Não era o alarme do meu telefone, eu sabia. Eu mentalmente gemi quando percebi que teria que me levantar e ir encontrar a fonte do ruído profano para que pudesse colocar um fim a ele. Eu rapidamente descobri que a ideia de me levantar foi para o inferno quando ajustei meu corpo ligeiramente e  o movimento me fez choramingar.

Dor  surge  na  parte  de  trás  da  minha  cabeça  quando  tento  abrir os olhos,  mas eles não  cooperam,  não  importando  o  quanto  tente. Respiro fundo e lentamente abro meus olhos, olho envolta tentando me orientar,  Olho  para  baixo  vendo  uma  cabeça  de  cabelos  escuros, Alejandro,  ao  lado  de nossas  mãos  unidas.

Ele se vira em seu sono me mostrando seu rosto, Ele  parece  cansado.  O  cabelo  é  confuso,  mas  o  seu  rosto  parece  exausto  mesmo  durante  o  sono. Olheiras estão  sob  os  olhos.  O que aconteceu ? Porque ele parece horrível ? Tento forçar meu cérebro a lembrar mas nada vem da minha mente confusa.

Olho  ao  redor  da  sala.  É  claro  que  estou num  hospital,  mas  quase  parece  a  suíte  de  um  hotel.  Pensaria  estar em  um,  se  não  fosse  os monitores apitando  ao  meu  lado.  Olho pra Alejandro segurando nossas mãos e lentamente puxo minha mão e Levo-a  para  seu  cabelo bagunçado,  correndo  os  dedos  por  ele.

— Jas. — Ele  murmura,  um  sorriso  suave  puxando  seus  lábios, De  repente,  ele  levanta,  me  fazendo  pular  de  surpresa.  A  cadeira cai para  trás,  batendo  no chão  com  um  estrondo. — Jasmine ! —A  palavra  vem  com  dor.  Não  posso  ler  a  expressão  em seu  rosto  quando  ele  paira  sobre  mim. A  mão  aperta  um  botão  ao  lado  da  cama,  então  ele  está  em  mim. Suas  mãos  em  meu  rosto,  enquanto  a  boca  desce  na  minha,  me  levando  num  beijo  suave,  mas  firme.  Ele  só  se  mantém  lá.  Tocando meu  rosto,  enquanto  os  lábios  pressionam  os  meus  como  se  ele achasse  que  eu  fosse  desaparecer. Ele  não  se  afasta até  ouvir  alguém  entrar.

— Vejo que está acordada. — Ele  puxa  para  trás,  colocando  a  testa  contra  a  minha  um momento,  em  seguida,  afastando-se,  abrindo  espaço  para  a  mulher.  — Como está se sentindo ? — a enfermeira pergunta quando  começa  a analisar  as máquinas,  acertando  alguns  botões.

—  Dolorida e com sono.  —  A  palavra  não  sai,  e  tento  de  novo.  Desta  vez consigo  falar.  Alejandro fica  ao  lado  agarrado minha  mão,  como  não  pudesse se  impedir  de  me  tocar.  A  mulher  sorri  para  a  ação  antes  de  balançar a cabeça.

— Certo, eu buscarei um pouco de água para senhora, e chamarei o médico pra examiná-la. — A enfermeira sai nos deixando sozinhos. Alejandro só  me  estuda,  um  olhar  cruzando  seu  rosto.

— Porque estou aqui ? E porque você parece tão cansado ?

— Você não se lembra ?

Balanço a cabeça mas não consigo me lembrar de nada, eu não entendo por que estou aqui ou porque meu corpo se sente tão casado e dolorido ou porque meu namorado parece tão aflito. São muitos porquês sem nenhuma resposta. A porta se abre e um senhor de meia idade entra vestindo um jaleco branco, seguido pela mesma enfermeira de antes com uma jarra de água. — Sra Prince, Bem vinda de volta. Como está se sentindo ?

Seduzida por Alejandro Delavega - (VOLUME I - CONCLUIDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora