Capítulo 35 Jasmine

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Houve um rangido profano no meu pescoço quando levantei minha cabeça, que aparentemente ficou pendurada para baixo em meu sono. Eu não entendia isso. Nunca na minha vida eu tinha dormido sentada, e eu não tinha nenhuma lembrança de sentar em uma cadeira e cochilar, em primeiro lugar. Que diabos eu fiz na noite passada? Eu estava momentaneamente irritada comigo mesma por adormecer da maneira que fiz, mas quando tentei arquear minhas costas e levantar os braços descobri que não podia. Foi então que o pânico se estabeleceu. Tentei mover meus braços mais uma vez, e fiquei chocada ao descobrir que eles não estavam ao meu lado - em vez disso eles estavam atrás de mim, e algo estava enrolado em torno de meus pulsos, amarrando-os. Lutei contra o vínculo que segurou minhas mãos no lugar, e isso me fez mexer as pernas também. Eu choraminguei quando não conseguia movê-las. Eu senti a pressão de algo em torno de cada tornozelo enquanto tentava deixá-los livres.

Fosse o que fosse era eficaz, e garantiu que meus membros continuassem presos às pernas da cadeira onde eu estava sentada. O que está acontecendo? Onde estou? Eu não tinha respostas para as perguntas que surgiram na minha mente, e não saber estava me aterrorizando, mas não me impediu de tentar me soltar, embora. Revirei minha mente em busca de respostas enquanto procurava uma maneira de me libertar das amarras que impediam meu livre arbítrio.

— É melhor ficar parada.

Eu gritei de susto e virei a cabeça de um lado a outro numa tentativa desesperada de remover a venda dos meus olhos; mas não tive sucesso. Meu coração já batendo rapidamente ficou ainda mais descontrolado, e o medo que fluiu através de mim foi tão forte que eu senti que ia vomitar. Eu lutava para respirar de forma constante e para manter a calma, mas era extremamente difícil não deixar que o medo assumisse.

Qualquer plano formulado para me manter tranquila foi direto pro espaço quando eu fechei os olhos e pensei muito sobre como acabei amarrada a uma cadeira na companhia de um estranho que, obviamente, tinha-me mantido em cativeiro. Por alguns segundos minha mente ficou em branco, em seguida, como um estalar de dedos, imagens voltaram correndo uma por uma.

Alejandro mentiu.

Alejandro estava me traindo, ele e Penélope estavam tendo um bebê.

Suas irmãs sabiam o que ele estava fazendo e nunca me disseram.

E eu fui nocauteada.

Eu senti a presença de alguém estranho que  estava na minha presença enquanto eu estava com os olhos vendados, amarrada a uma cadeira e completamente à sua mercê... e ficar calma era última coisa que eu queria fazer nesse caralho.

— Quem está aí ? — eu perguntei totalmente sem fôlego, essa porra tinha que ser um sonho.

Um estalo auto foi ouvido em seguida e minha cabeça pendeu para o lado, quando a dor latejante acertou minha bochecha esquerda.

— Eu disse pra ficar calada, a Chefe já está a caminho.

Eu sentia puro terror quando perguntei: — O que vocês querem ? —

A voz rio — O acerto de contas vai ser mais rápido do que imagina, Docinho, Seja boazinha e fique quieta !. — ele ou ela responde antes de me acertar novamente. E minha cabeça pende me deixando tonta por um momento. Tento me estabilizar mas é inútil toda minha cabeça e rosto latejam.

- Ora ora o que temos aqui ! - Escuto passos se aproximando. - Veja se não é a Rainha da cocada preta. - Sinto a pessoa se aproximar - Hiciste un trabajo magnífico José ! (Você fez um trabalho maravilhoso José.) - Ela diz, eu reconheço a voz, um pouco antes da venda ser arrancada dos meus olhos.

E meus olhos não podem crer no que veem.

- Como vai cunhadinha ?

- Josie !

Seduzida por Alejandro Delavega - (VOLUME I - CONCLUIDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora