— Pode me ensinar?
Renan se assustou quando Leonardo pediu, cessando seus movimentos com a katana. Sentiu-se envergonhado por estar só com uma calça moletom, o corpo todo suado. O alfa lembrou-se do pedido de Renato e por mais que achasse tudo muito absurdo, não conseguiu negar o pedido. Sinalizou com os olhos para que Léo se aproximasse, jogando uma de suas katanas para que o ômega segurasse.
— Segure-a firme e controle a respiração. - Instruiu-lhe com calma, sorrindo ao ver o loiro encarando a katana, como se ela fosse um objeto de outro planeta. — Precisa entender que não é força, mas a forma como você segura a katana. - Repreendeu o ômega disfarçadamente, ao notar a forma deprimente como ele empunha a katana em suas mãos. — Me ataque. - Ordenou ao outro, que cresceu os olhos em sua direção.
— Certeza?
— Vamos Léo, me ataque. - Ordenou outra vez.
Leonardo era péssimo com a katana, disso, Renan não tinha dúvidas. O ômega recuava à cada ataque, sem conseguir conciliar sua respiração com a força aplicada nas pernas, entretanto, uma luz emanava de seu corpo; mesmo inexperiente, ele era forte. Bastou alguns ataques para que a katana que ele segurava, desajeitosamente, voasse para longe de si e mais um golpe para que estivesse com o loiro embaixo do seu corpo imobilizado.
— Não sou muito bom nisso. - Seu semblante, antes iluminado, agora estava encoberto. — Mas eu sinto que eu consigo melhorar se você tiver um pouco mais de paciência comigo. - Renan não conseguia tirar os olhos dos lábios rosados, em vão, tentando não pensar no que lhe fora ordenado.
— Amanhã podemos praticar um pouco mais. - Se fosse qualquer outro, certamente ele não teria dito isso. Com certa pressa, Léo caminhou para fora da sala de treinamento dos homens de Renato, mas não antes de dar uma boa olhada em todas as armas expostas ali. — Léo, podemos sair qualquer dia? - Perguntou meio sem jeito; era péssimo em conquistas, seus flertes, deprimentes, para não dizer algo pior.
— Não sei se sabe, mas sou o ômega do seu chefe e tenho certeza que Renato não iria gostar de me ver com um dos seus subordinados. - Renan quase riu do argumento de Léo, mas conseguiu se controlar a tempo.
— Tenho certeza que ele não se importará, mas se sente medo dele, tudo bem. - Provocou-lhe. Conhecia ômegas como Léo, quase tão competitivos como alguns alfas.
— Preciso mesmo me distrair um pouco. - Ainda estava meio incerto se era a decisão certa a tomar. — Eu saio com você, entretanto, como amigos, tudo bem? - Impôs, sensato.
— Perfeito. - Lhe deu um último sorriso, vendo o ômega sair da sala todo serelepe.
Renan fiorini se sentia mal por seduzir alguém como Leonardo Ruiz. Bem, ele não parecia ser inocente e com certeza, não era nem um pouco tolo. Também não conseguia anular o fato de que Leonardo era filho de Helton, o responsável por mortes de alguns de seus amigos. Sua mente estava tão confusa, tanto que não adiantou intensificar o treinamento ao máximo, sentindo-se exausto quando olhou no relógio de pulso e notou que já passava das 16h.
Em seu quarto, pediu ajuda de Tamires, uma beta mais experiente e com senso de moda melhor que o dele, para se vestir, porém, se arrependeu quando terminou de abotoar a camisa, mais parecia uma réplica de Renato e ele não gostava da ideia de se parecer com seu líder, ainda assim, se submeteu ao vestuário e informou ao seu líder, que levaria Léo para sair naquela noite, esperando que ele voltasse atrás em sua decisão, mas ele não voltou.
— Você é pontual. - Disse Renan, abrindo a porta do carro para Léo. A primeira dica de Tamires: ser cavalheiro.
— Se arrumou demais para um encontro de amigos. - Como não era bobo, o ômega logo desconfiou.
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A MARCA - ABO - LEONATO (adaptação)
Fiksi Penggemar[Concluída] O alfa Renato Garcia era líder da gangue 'A Elite' Sempre atravessando a linha tênue entre certo e errado deixando-se dominar pela excitação da adrenalina que percorria seu corpo a cada nova ação. Sua vida nunca foi tranquila, contrariam...