🐺21 - "Por que era tão difícil amá-lo?"

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O coração de Léo implorou para que o ômega dissesse sim, sem ao menos cogitar a hipótese de negação, enquanto sua mente ordenou para que ele fosse sensato e dissesse não ao alfa, pois era errado, um erro pelo qual ele pagaria caro mais tarde, no entanto, como a nova versão do ômega estava disposta a tudo em nome do prazer e prezando mais o que era errado, Léo se viu sem saida, mas perdido que bêbado em quarta-feira de cinzas, na Bahia.

Respirou fundo, antes de falar:

— Preciso pensar no assunto. - A resposta soou mais hesitante do que ele gostaria, exibia uma duvida que demonstrava certa vulnerabilidade ao outro.

— Você não gostou do nosso momento, hoje? - Renato indagou, ainda que no fundo, ele já soubesse a resposta.

— Você até que fode bem, mas eu tenho um namorado e eu gosto dele. - O lobo de Léo rosnou algo dentro de si, então o ômega sentiu como se ele tivesse lhe arranhando intimamente e suas garras eram afiadas.

— Não estou te pedindo em namoro, vai ser só sexo casual entre inimigos. - Tentou persuadi-lo. — Quando sentirmos vontade, a gente marca de se encontrar. - Se dependesse do desejo de ambos, eles se encontrariam todos os dias.

— Em um motel? - Léo estava na frente do espelho quando perguntou.

— Você quer ir em um motel comigo? - A ideia era excitante demais para que Renato não se tocasse, enquanto ouvia a respiração baixa de Léo se mesclando à estática. — Se quiser, a gente vai. - Ele estava disposto a qualquer coisa para que o outro aceitasse os encontros às escondidas.

— Pode ser em outro lugar? - Léo perguntou, sem querer, querendo, só se tocando quando ouviu o outro rir baixo.

— Então já está considerando minha proposta? - Mesmo sabendo que sim, Renato perguntou.

— Sim, estou. - Admitiu sem qualquer receio, jogando a camisa em cima da cama.—Mas só vou responder pessoalmente e nada de gracejos para o meu lado. - Impôs, agora se livrava da calça, sentando na cama só com uma boxer. — Quando estiver livre, eu te ligo. - Informou, deixando que seu corpo fosse de encontro ao colchão macio.

— Dorme bem. - O alfa murmurou, antes de encerrar a chamada, já que não esperava que Léo fosse falar qualquer saudação que fosse de despedida.

Ele já havia separado um par de roupas para se vestir, após o banho que planejava tomar, quando Roma Street entrou no quarto.

— O que você quer? - Léo indagou, se assustando quando alfa avançou contra o seu corpo e o beijou. — Hey, não pode entrar no meu quarto assim e ir logo me beijando. - Afastou Roma de si com um empurrão forte.

— Eu posso, sou seu alfa. - Usou do fato como argumento, deixando o outro ainda não irritado. — Eu quero um momento íntimo com você, Léo. - Ágil, Roma cravou as garras na cintura de Léo e colou suas físicas. Mas o ômega não conseguiu sentir tesão com a ação, apenas um desejo enorme de se afastar e mantê-lo longe. — Faz tempo que a gente não faz amor. - Sussurrou em seu ouvido, tateando às cegas pelo corpo de Léo.

— E não vai ser hoje que a gente vai fazer. - Tentou se afastar, mas Roma pressionou seus pulsos com força, impedindo que ele se movesse do lugar. — Estou cansado. - E não era 'pra' menos, o desgaste físico do momento íntimo com Renato esgotou suas forças por inteiro, não conseguiria transar com Roma, nem se ele quisesse e ele não queria isso. — Não me toca. - Tirou a mão do alfa da trajetória do seu membro. começando a se assustar com o comportamento.

— Pode parar de me rejeitar, por favor? - Léo não conseguiria fazer isso, seu corpo parecia querer repelir a aproximação do mais velho a qualquer custo. — Não sente nem um pouco de vontade de dar pra mim. - Definitivamente, não, ele não queria isso.

A MARCA - ABO - LEONATO (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora