(Cap com Smurt)
x
— Renato... - Léo começou a chamar por ele, assim que abriu os olhos. Sentia uma aflição sufocante no peito, ainda mais atordoado por acordar e não ver o alfa ao seu lado. Os olhares curiosos de Bruno e Thiago varriam sua face extremamente pálida. — Cadê O Renato Bru? - Questionou, confuso, esfregando os olhos. Seu corpo parecia que tinha sido atropelado por uma manada de elefantes.
Ele havia dormido por doze horas seguidas e Renato, após se certificar que estava tudo bem com o ômega e seu filho, graças a visita do seu médico particular, usou uma viagem para o Exterior, indo pros Estados Unidos, como desculpa para se manter longe. Não pensou que seria tão difícil sair do lado de Léo, mas passou um bom tempo deitado ao seu lado, na cama, acariciando sua barriga, imaginando o que se passava por debaixo das suas pálpebras inquietas, enquanto o ômega estava imerso em um sono profundo, acariciando seu rosto, como se fosse a última vez que chegaria tão perto dele.
Com o coração na mão, Renato vestiu uma roupa qualquer, se aproximou de Léo e beijou seu rosto e sua barriga, antes de sair, decidido a passar um bom tempo afastado do ômega, por mais que isso ferrisse a alma.
Renato sentia como se borboletas com lâminas, ao invés de asas, voasse em seu estômago, dilacerando tudo por dentro.
— Se acalma, por favor, meu anjo. - Bruno pediu. Estava assustado com o comportamento do ômega. — Precisa se acalmar por causa do bebê. - Usou a gestação como argumento para acalmá-lo, passando as mãos pelo rosto exausto. O beta não dormia há mais de vinte e seis horas.
— Só vou ficar calmo, quando o pai do meu bebê chegar aqui e ficar grudadinho em mim. - Bruno ficou assustado com a mudança de comportamento do ômega; ora agressivo, ora manhoso e carente. — Vai chama ele, Thiago, por favor e trás doce de leite caseiro. - Pediu, olhando para o beta, que consequentemente passou a observar o noivo. — Diz que eu acordei e preciso dele pra me acalmar. - Intensificou a docura na voz, apertando um travesseiro ao redor dos braços.
— Não posso. - Thiago deu um passo para trás.
— Como não pode? - Franziu o cenho, confuso. — Então me diz onde ele ele está e eu mesmo vou trazê-lo para cá, nem que seja arrastado. - Disse decidido, mas ao tentar se levantar da cama, Bruno impediu que ele incluísse a ação. — Por que estão me olhando assim? - Os betas alternavam olhares constrangidos e Léo, que não era bobo, logo percebeu que havia algo de errado. — Detesto que me olhem com pena ou como se eu fosse um retardado mental. - Uma aspereza cortante havia retornado para sua voz.
— Preciso contar, Thiago. - Bruno começou.
— Amor, você não pode. - Thiago tentou detê-lo. Queria ficar neutro naquela situação e deixar que as coisas se resolvessem mais adiante. Sempre leal ao seu líder.
— Foda-se. - Inconformado com as atitudes do líder, ao contrário do noivo, Bruno decidiu que seria melhor contar a verdade. — Não vou deixar o garoto sofrendo pelas babaquices do pai do filhote dele. - Thiago apertou os olhos, sabendo o rumo que aquela conversa tomaria. — Nem me olha com essa cara de cu, que eu vou contar e ponto. - Tirou, o noivo de sua frente e se sentou ao lado de Léo na cama.
— Contar o quê? - Pestanejou sequencialmente, se sentando em posição de índio.
— Renato viajou para os Estados Unidos. - Bruno contou e Léo murchou. — Precisava resolver algumas pendências com o Marquinhos Bate-Volta, um traficante local o que não vem ao caso. - O complemento da informação acompanhado da justificativa, não pareceu ter animado o ômega, continuava encarando o nada; Thiago então, esse queria esganar o noivo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A MARCA - ABO - LEONATO (adaptação)
Fanfic[Concluída] O alfa Renato Garcia era líder da gangue 'A Elite' Sempre atravessando a linha tênue entre certo e errado deixando-se dominar pela excitação da adrenalina que percorria seu corpo a cada nova ação. Sua vida nunca foi tranquila, contrariam...