Renato Garcia havia encerrado a chamada com Léo, quando Renan entrou em seu quarto.
— Senhor, acho que descobri o que aconteceu com a marca do Léo. - Contou afobado, estranhando a mudança de ânimo do líder, que minutos atrás estava feliz e sorridente como nunca e agora parecia que queria estraçalhar um.
— Não quero saber do Léo ou de nada relacionado a ele. - Rosnou para cima do alfa, que continuou onde estava, mortificado com seu comportamento. — Não adianta me olhar assim, Renan sai, por favor. - Protestou, caminhando de um lado para o outro no quarto, com as mãos atrás da nuca.
— Mesmo que não queira saber, vou falar. - Foi firme, se aproximando do outro com cuidado, levando em conta o estado de ânimo do outro. — Após pesquisas na internet, descobri sobre um tratamento que promete a retirada da marca, é experimental, mas a busca é muito grande. - Contou, entretanto, o outro continuou exibindo um semblante impassível, nem um pouco interessado no assunto.
— Prossiga. - Pediu, mesmo sem paciência para continuar ouvindo sobre o assunto. Renato só conseguia pensar que Léo havia brincado com seus sentimentos mais uma vez e seria a última.
— A marca não é retirada, até porque isso é impossível, ela só fica escondida algumas camadas abaixo da pele. - Explicou, notando que o líder estava longe dali espiritualmente. — Mas para que o procedimento funcione, é preciso que o paciente seja hipnotizado, para que lembranças indesejadas sejam apagadas. - Prosseguiu explicando, mas, agora Renato parecia mais atento ao que ele estava falando. — Entretanto, com o tempo, elas voltam. - Murmurou calmamente, como quem fala com uma criança e Renato detestou isso.
— E você acha que foi isso que aconteceu com o Léo? - Questionou; seu tom era levemente debochado.
— Não só acho, mas tenho certeza, senhor. - Afirmou enfático, para a surpresa do mais novo, que agora estava com um semblante sério direcionado ao mesmo. — Fui pessoalmente até a clínica e após distrair a recepcionista, eu consegui a lista dos últimos pacientes e o nome do Léo estava lá. - Renato ficou em choque com a informação, tanto que se sentou na borda da cama e indicou com os olhos para que o outro se sentasse ao seu lado. — A consulta foi marcada por Roma Street. - A última informação fez o sangue de Renato voltar a esquentar, ou melhor, borbulhar em suas veias.
— Alfa desgraçado. - Rosnou quando se levantou da cama, jogando um vaso de flores contra a parede. — Tem como reverter o tratamento, Renan? - Indagou, avançando em direção ao alfa, que assustado, recuou para longe dele, o mais depressa que conseguiu.
— As lembranças voltam depois de um tempo, mas o senhor vai precisar marcar o Léo novamente. - Explicou, aumentado a distância entre os dois, ficando seguro da fúria do mais novo.
— Isso significa que ele pode ser marcado pelo Roma? - Só o pensamento deixou seu corpo paralisado, algo difícil de ser engolido. Se sentia como se uma parte do seu corpo estivesse sendo arrancada.
— Não exatamente. - O mais novo franziu o cenho, confuso com a informação que recebera. — Ele só pode ser marcado pelo senhor, entretanto, existe um período específico para que marque o Léo outra vez, ou o tratamento se tornará irreversível e ele vai poder receber uma nova marca, mesmo que não seja seu imprinting. - Concluiu a explicação, esperando que o outro começasse a destruir o quarto, a qualquer momento, como sempre fazia quando estava em um momento de fúria, entretanto, Renato manteve-se calmo, ou apenas superficialmente.
— Quanto tempo? - Indagou, já planejando algo em sua mente para os próximos dias.
— Dois meses a partir da conclusão da primeira parte do tratamento e pelas minhas contas, só faltam duas semanas para o prazo acabar. — Explicou, entregando algumas folhas, onde estava detalhado por extenso como o tratamento funcionava, incluindo termos químicos e biológicos.
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A MARCA - ABO - LEONATO (adaptação)
Fanfiction[Concluída] O alfa Renato Garcia era líder da gangue 'A Elite' Sempre atravessando a linha tênue entre certo e errado deixando-se dominar pela excitação da adrenalina que percorria seu corpo a cada nova ação. Sua vida nunca foi tranquila, contrariam...