🐺13 - Ele sempre Fraquejaria

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(Cap com Smut)

Renato desistiu de dar banho em Léo. No pouco tempo a sós com ele mesmo, seguiu para o que seria o banho mais longo de todos. A água quente da banheira diminuiu suas tensões, lhe permitia relaxar por alguns segundos e esquecer aquela caça desenfreada. Seria capaz de matar Helton se tivesse chance, algum dia. Não hesitaria em apertar o gatilho de uma M 16 contra sua face cínica. O pararia e passaria alguns anos na prisão, porém, acreditava que valeria a pena.

Procurou algo descente para se vestir, geralmente costumava dormir de boxer ou nu, no entanto, acreditava que não seria adequado, não quando terei companhia, mesmo que fosse contra sua vontade racional. Seu bel-prazer parecia querer despertar. Sua estada ali seria bem mais agradável se Leonardo não fosse tão arredio e teriam boas lembranças para contar depois, entretanto, se contentou em seguir com os planos, mantendo sua promessa de protegê-lo sob quaisquer circunstâncias, nem que pra isso ele perdesse tudo.

Empurrou a comida para dentro da boca, enquanto assistia o canal de notícias, feliz por não falaram dele na parte policial.

Deixando a bandeja de lado e todo restante da comida, seguiu para o banheiro e escovou seus dentes, estava tão exausto. Só queria deitar na cama, dormir e esquecer todos os seus problemas, incluindo o de olhos acastanhados que já estava a um bom tempo no banheiro.

— Hey, não pode ficar aí pra sempre, Leonardo. - O apressou, batendo contra a porta do banheiro, no entanto não houve respostas. Achava que ele ainda está chateado com ele e não era à toa. — Vai acabar pegando um resfriado e...

Ficou sem fala e algo ruim se apossou de si. Ficou em silêncio para tentar ouvir algum movimento, mas não ouviu nada e foi o suficiente para que ele pensasse no pior. Bateu na porta uma última vez e como não houve respostas, chocou seu ombro contra a madeira maciça e praguejou por sê-la tão forte, porém, no segundo impulso obteve mais sucesso, tanto que a fechadura se rompeu. Ficou surpreso ao vê-boiando na banheira.

Deslizando pelo piso molhado, conseguiu chegar onde Léo estava, se ajoelhando em frente à banheira e segurou seu pulso.

— Louco, queria se afogar nessa banheira ou o quê? - Repreendeu-lhe, visivelmente desconfortável com a situação e centralizou seus olhos intimidadores nos dele. Estremeceu completamente ao tirá-lo da banheira. Seu corpo gelado se chocando com o dele era a melhor sensação de todas.

Fez com que Léo se sentasse na pia e foi até o armário para pegar um roupão para ele, que parecia desnorteado e tinha a atenção fixada na parede lateral do banheiro. Sem saber direito o que fazer, colocou o roupão ao seu lado na pia e voltou até o armário para pegar uma toalha. Ainda sem saber o que fazer, começou a enxugar seus cabelos e depois os braços. Léo seguia imóvel, sem reação. Desceu a toalha até suas pernas meio sem jeito, já que, de repente estava tímido e subiu o olhar para observá-lo.

— Tire as roupas molhadas, Léo, ou vai ficar doente. - Pronunciou com certa cadência na voz e o colocou em pé no chão, ficando de costas. Esperou algum tempo antes de se virar para saber se estava bem e para seu alívio, ele estava logo atrás de si, com um semblante indecifrável.

—Estou cansado. - Léo enlaçou as mãos em seu pescoço e encostou sua cabeça no ombro de Renato. Estava exausto, sabia que ele só queria dormir e esquecer tudo. — 'Tá doendo tanto... É como se eu tivesse mantido isso escondido em alguma parte da minha mente e agora voltou tudo com força.

- Eu... Léo, eu... - há um engasgo de palavras em sua garganta, de repente, tudo embaralhou-se no seu subconsciente e não conseguia olhar diretamente para ele. Se sentia péssimo. — Te fazer sofrer não era minha intenção, Leonardo. Eu sinto muito.

A MARCA - ABO - LEONATO (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora