🐺27 - "Gangsters não amam";

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Passaram-se dois dias na casa das montanhas, então precisaram retornar para mansão, onde estariam mais seguros, segundo Thiago Reis. Léo até tentou persuadi-lo a ficar mais um pouco, mas o alfa conseguiu convencê-lo de que seria melhor um retorno.

Renato se sentia mais próximo de Léo e do próprio filho, entretanto, Daniela estava disposta a acabar com a paz do casal e para isso, não perdeu tempo, criando uma festa de boas-vindas com o pretexto de rever o alfa, assim, descobrir qual o nível de relação do casal e o que teria que fazer para separá-los.

— Não sei se lembra, mas sua irmã nos convidou para a sua festa de boas-vindas, pequeno. - Renato, que terminava de se arrumar, continuava parado enfrente ao espelho, caminhou em direção ao ômega, se sentou na cama, ao lado de Léo,levando sua mão para sua barriga, gostava de acariciá-la.

— Ela convidou você, não recebi convite nenhum. - Retrucou, afastando a destra do alfa para longe da sua barriga, se deitando de lado na cama. Observando o maior pelo canto do olho, percebeu o quão estava arrumado para ir a uma simples festa de boas-vindas.

— Parece até que não gostou da volta da sua irmã. - Comentou, abotoando o relógio ao redor do pulso esquerdo. — Algum problema? - O comportamento de Léo estava começando a pertubá-lo, se comportava como se algo o incomodasse.

— Nenhum. - Não quis entrar num conflito e parecer um ômega ciumento, afinal, nem tinha reatado com Renato, de fato, não tinha o direito de reivindicar nada do alfa. — Você está bonito. - Comentou, se levantando da cama, abraçando o alfa por trás.

Nem sabia por que se sentia tão carente, só não conseguia não se sentir daquela forma, onde nem os lençóis azuis de chenile, seriam capazes de aquecê-lo. Queria dizer que gostaria que ele ficasse, que sua presença se tornara imprescindível em sua vida, não só para si, mas para o bebê, entretanto, Rêh parecia tão animado para sair, que ele não conseguiu falar.

— Não vai na festa da sua irmã, Léo? - Se virou para encará-lo, beijando o cantinho da boca, mas ao tentar beijá-lo, Léo virou o rosto na direção oposta. — Eu te espero, sem problemas e vamos juntos. Acho que a Dani vai gostar de te ver. - Segurou sua face entre as mãos, beijando o topo da sua testa.

— Quero dormir cedo. - Se afastou, cruzando os braços. — Amanhã vai ser a primeira ultra-som e eu quero acordar cedo. - Não foi à toa que ele fez aquele comentário, pensou que seria um estímulo para que Rêh não saísse de casa. — Você disse que queria ir junto. - O lembrou. — Ainda quer? - Seu olhar estava repleto de expectativa.

— Claro. - Disse simplista. — Volto cedo. - Se despediu de Léo com um beijo no rosto.

Renato Garcia seguiu para o endereço da festa, que Daniela havia lhe fornecido mais cedo, que não ficava muito distante da sua mansão. Sentia que deveria ter ficado em casa, cuidando de Léo, já que havia percebido que o ômega parecia muito abatido ultimamente, entretanto, queria conversar com a gêmea de Léo e descobrir o porquê do seu sumiço.

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Ao chegar no apartamento, lotado de pessoas que ele nunca viu na vida e com uma música infernal absurdamente alta, ele começou a circular entre o aglomerado, só sossegando no momento em que encontrou a loira. Ela estava sentada em um sofá, conversava animadamente com uma garota, mas bastou vê-lo e foi ao seu encontro.

— Achei que não fosse vir, Rêh. - O puxou para um abraço tendencisoso. — O Léo não veio? - Perguntou, levando o alfa para um dos quartos do apartamento, onde pudessem conversar com mais privacidade.

Estava radiante com sua presença, principalmente com o fato de Léo não ter ido em sua festa. Só a ideia de precisar dividir a atenção de Renato com o irmão, já deixava a ômega furiosa. As horas de arrumação não seriam em vão, queria e iria impressionar o alfa, sem levar em consideração que o mesmo havia marcado o outro, e que muito em breve, se tornaria pai. Excluindo todos os pensamentos relacionados a Leonardo de lado, a ômega fechou a porta do quarto, que era à prova de som, e se sentou em um estofado de couro marrom, ao lado de Renato.

A MARCA - ABO - LEONATO (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora