🐺30 - Devastado;

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Renato sentia que havia algo de muito errado acontecendo com seu ômega; era uma aflição constante, entretanto, nenhuma de suas chamadas foram contestadas e, como a marca estava enfraquecido, não conseguia, sequer, supor onde ele estaria.

Ficou lhe esperando no quarto do hotel, caminhando de um lado para o outro, sem conseguir se livrar da sensação de que havia algo errado com Léo e não poder evitar, era o que mais estava lhe atormentando.

Quando estava saindo do banho, foi até a cama e verificou se havia alguma chamada de Léo, mas não tinha nada, em compensação, Marquinhos havia mandado uma mensagem, convidando-os para uma festa na piscina, que aconteceria mais tarde. Trocou de roupa e se deitou ao se deitou na cama, pegando o livro para retomar sua leitura, no entanto, ao iniciar o capítulo "O Leão Covarde", seu coração acelerou ao ver seu ômega entrando no quarto.

— Oi, meu amor, você demorou. - Deixou o livro de lado e caminhou para junto dele. — Como foi a caminhada? - Questionou, estranhando o fato dele se esquivar do seu abraço.

— Qual caminhada? - Franziu o cenho, recuando para longe dele.

— A que você foi dar, Léo. - Riu da confusão estampada em sua face.

— Ah... - pigarreou, deslizando as mãos pelo rosto. — Foi tranquila. - Mentiu, se livrando dos tênis e das roupas, antes de incursionar para o banheiro da suíte. — Estou um pouco cansado, vou tomar banho e dormir um pouco. - Murmurou, enquanto sentia a água gelada do chuveiro percorrendo seu corpo. No entanto, Léo sabia que nem toda a água do mundo seria capaz de limpar seu corpo.

— Já comeu algo? - Renato questionou, esperando pelo ômega na porta do banheiro, com um roupão em sua mão.

— Só preciso ficar um pouco sozinho. - Léo ficou pálido, quando percebeu que Renato estava lhe vendo tomar banho, ainda mais constrangido, quando ele se aproximou para embrulhar seu corpo no roupão. — Estou bem, não precisa ficar preocupado. - Dando um laço no roupão, Léo seguiu até a mochila, buscando uma roupa para cobrir o corpo.

— O Marquinhos nos convidou para uma festa na piscina do hotel. - Comentou, se sentando na borda da cama. — Acredita que aquele maluco reservou a área de lazer toda só pra dar uma festa?

— Não vou. - Nem ponderou sobre o assunto, apenas se vestiu e se deitou na cama, puxando um lençol para cobrir o corpo. — Pode ir sem mim, vou ficar bem sozinho aqui. - Afirmou, ao ver o semblante de incredulidade de Renato.

— Insistiu pra ir numa negociação chata, mas recusa um convite de festa na piscina? - Léo concordou com a cabeça. — Tem certeza que está bem, Léo? - Indagou, se deitando defronte ao ômega, passeando com os dedos por seu rosto.

— Sim. - Forçou um sorriso, um sorriso bem diferente dos que Renato estava acostumado a receber. — Eu estou bem e vou ficar melhor sem as suas perguntas. - O alfa se assustou com o tom agressivo de Léo, se assustando mais quando ele se virou na direção contrária.

— Qualquer coisa, só ligar. - Mesmo notando que o outro queria um pouco de espaço, Renato beijou seu rosto, antes de sair do quarto.

E, bastou o alfa sair, para Léo sentir o celular vibrando no bolso. Ao desbloquear a tela do iOS, seu corpo voltou a congelar. Era Roma, não queria falar com ele, mas sentia que fugir dele, só faria sua dor se intensificar, então, deixando toda a mágoa de lado, ele atendeu a chamada

— Ainda tem coragem de me ligar Roma Street, depois do que fez comigo? - Por mais que se sentisse destruído intimamente, a voz do ômega era forte, categórica.

Você pediu e eu parei... Eu...

—Acha que não ter ido até o fim muda algo? Você me beijou contra a minha vontade, deixou bem claro que não tem o menor respeito por mim.

A MARCA - ABO - LEONATO (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora