EPÍLOGO
Leonardo Ruiz despertara de mais um dos seus sonhos com Renato Garcia neste, o alfa vinha lhe buscar para o repouso eterno.
Sua pele estava gelada, embora suada, e os batimentos cardíacos acelerados, como das outras vezes, estava deitado de lado, na cama de casal, entretanto, diferente das outras madrugadas, ao ficar desperto, o alfa ainda estava deitado ao seu lado, sorrindo para si. Agoniado, Léo esfregou os olhos, uma ou duas vezes, no entanto, a imagem não despareceu, ao contrário, estava tão nítida que dava a sensação do real, por mais impossível que fosse.
— Preciso parar de sonhar com você, isso me faz mal. - Léo murmurou para si mesmo, apertando os olhos com força contra suas pálpebras.
— Então quer me esquecer, Leonardo Ruiz? - O tom do alfa era magoado, distante.
— Não é isso... - Abriu só um olho, detendo o desejo de tocar o outro, que parecia tão próximo, mas não podia ser real, afinal, Renato estava morto. — Só dói muito te ter nos meus sonhos e quando eu acordo, você não está mais aqui, ao nosso lado. - Choramingou, se achando ridículo por estar falando, aparentemente, com um espectro. — O Apolo está crescendo tão rápido, amanhã será o aniversário do primeiro aninho. - Sem se dar conta, estava rindo para o outro, se aproximando aos pouquinhos do que quer que estivesse em sua frente.
— Estarei lá ao seu lado. - Foi a vez do alfa se aproximar do menor, tomando o cuidado de não afastá-lo mais.
— Não me iluda dessa forma cruel, você sabe que isso não é possível. - Apertou os olhos com força. — Ainda estou sensível por ser o último dia do meu cio. - Liberando tantos feromônios que Renato começava a ficar embriagado com o aroma adocicado.
— Experimente me tocar. - Lhe incentivou, mas o outro continuou petrificado, no mesmo lugar. — Vamos, pequeno, me toque. - Pediu, projetando o corpo em sua direção.
— Esse é o sonho consciente mais absurdo que já tive. - Murmurou incrédulo, ao tocar a face gelada de Renato Garcia. — Acho que estou ficando esquizofrênico. - Abriu e fechou os olhos repetidamente, esperando que a imagem de Renato desaparecesse a qualquer momento. — Isso é loucura. - Resmungou confuso, encantado com o que presenciava bem em sua frente. Ele estava vestido em trajes brancos, o mesmo sorriso alinhado que aprendeu a amar com o tempo; o cheiro também era o mesmo.
— Senti tanta saudade, meu amor. - Num movimento abrupto, Renato puxou o corpo do ômega para cima do seu. O fato de Léo está no final do seu cio, só fazia seu tesão nele se intensificar. — Achei que eu fosse enlouquecer longe de você. - Murmurou contra seus lábios, mordendo-os com sutileza.
— Espera, você está mesmo aqui? - Perguntou incrédulo. — Isso é impossível. - Estava tentando se convencer quanto a isto. — Você está morto, Renato. - Falou como se o outro não soubesse disso, se assustando cada vez mais.
— Para todos, eu morri, inclusive você, mas na verdade, só estava cumprindo a última parte da missão. - Explicou, assustando o ômega ainda mais.
— Um ano longe de mim e do seu filho. - Lembrou da terceira parte da missão. — Não, não... - saiu de cima de Renato de forma desajeitada, não demorou e estava caído no chão do quarto. — Eu vi o tiro que o Roma te deu, a marca se rompeu, e...
— Vem, vou te explicar. - Lhe ajudou a se levantar do chão, apontando para o meio das pernas, onde ele se sentou. — Quando eu consegui a anistia do papai, eu precisei assegurar que cumpriria, no mínimo, uma das duas últimas partes da missão, então eu escolhi a que não me mataria, mesmo que eu tenha morrido dia a dia com a sua ausência.
— O Roma atirou em você. - Uma cena que ele ficava remoendo em sua mente diariamante
— Eu fiz um trato com o Roma. - Léo franziu o cenho. — Ele descobriu que estava com um tumor cerebral, poderia morrer a qualquer momento, mas ele queria morrer pelas suas mãos, porque achava que te devia isso, entretanto, ele sabia que só faria isso se estivesse com muita raiva. - Agora o ômega estava perplexo. — Ele morreria de qualquer forma, amor, não foi sua culpa.
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A MARCA - ABO - LEONATO (adaptação)
Fanfic[Concluída] O alfa Renato Garcia era líder da gangue 'A Elite' Sempre atravessando a linha tênue entre certo e errado deixando-se dominar pela excitação da adrenalina que percorria seu corpo a cada nova ação. Sua vida nunca foi tranquila, contrariam...