🐺07 - Só ele conseguia lhe acalmar;

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Leonardo Ruiz continuava no colo de Renato, quando o alfa indagou:

— Está mais calmo?

— Só triste. - Apoiou mais a cabeça no ombro do maior, inalando seu cheiro forte e resfrecante como menta, diferente de todos os outros. — Não me mande ir embora, eu só tenho você, agora que todos que amo me viraram as costas. - Mesmo querendo ver sua reação, hesitou em subir a vista para encará-lo.

— Não sou seu amigo. - O lembrou, sentindo o loiro se mover em cima do seu colo; a sensação era malditamente boa.

— Mas tem essa marca que nos une. - Não deixou o alfa se esquecer e quando Renato focou o olhar em seu pescoço, seu corpo estremeceu todo ao ver a marca lá, como uma tatuagem, algo sem volta. — No começo eu surtei, mas agora, quase acho que você é meu imprinting. - Deixou o pensamento, distorcido, escapar de sua mente.

— Não, eu não sou! - Respondeu sem perâmbulos.

— Como pode saber? - A irritação do ômega era quase palpável. — Pode sentir algumas coisas que eu sinto, mas não sabe tudo. - De repente ele se sentia idiota por compartilhar parte dos seus sentimentos ocultos, com o outro, sabendo que ele não se importava.

— Se eu fosse o seu imprinting, você também seria o meu e você não é. - Sua objetividade feria mais do que uma espada afiada.

— Gosta dela, não é? - Léo deduziu amargamente.

— Sim! - Respondeu com a mesma convicção de antes.

— Então por que diabos me marcou? - Mesmo que quisesse ser impossível com o assunto, Léo não conseguiu, acabou subindo algumas oitavas da voz para renato que o segurava.

— Queria que sofresse, que o seu pai sofresse com seu sofrimento, mas pelo que eu entendi, ele está bem foda-se para você. - A explicação fez Léo se lembrar do porquê retornara para o lugar de onde deveria fugir. — E o seu namorado, te tratou mal? - Deu espaço à sua adormecida curiosidade.

— Me empurrou com tanta força que eu caí no chão. - O pensamento de alguém, que não fosse ele, machucando Leonardo, deixou-lhe furioso. — Mas tudo bem, não importa o quanto ele me machuque, eu sempre vou amar Roma Street. - Se antes ele não gostava do ex-namorado de Léo, agora o rapaz estava no topo da sua lista negra.

— Então não se sinta ofendido por eu gostar da Dhara. - Murmurou sem ânimo, fazendo uma anotação mental de se desculpar com a morena mais tarde, de preferência fodendo gostoso em sua cama; o pensamento era deveras agradável. — Agora sai do meu colo e vai procurar algo para fazer. - Pensou, entretanto, desistiu de empurrar o loiro de cima de si; não queria ser igual ao tal Roma.

— Um beijinho pra acalmar a fera. - Sem dar chance de reação, Léo segurou o rosto do garoto entre as mãos e beijou seu rosto, bem próximo ao canto da boca. — Rêh e se eu... - voltou a deitar a cabeça em seu ombro. - Se eu não conseguir ficar com mais ninguém, que não seja você, serei um ômega solitário para sempre?

— Pode ficar com quem quiser, basta querer. - Foi tudo que Renato conseguiu articular em resposta.

— Não se importa nem um pouquinho? - Léo torcia para que sim.

— Não! - Respondeu sem titubear, para o desânimo do menor em seu colo. Léo e seu lobo, ambos estavam furiosos com aquela resposta.

— Então eu vou tentar achar uma forma de voltar para o Roma. - Decidiu ir pelo caminho da provocação .

— Com ele não! - O alfa sentenciou raivoso

— Por quê?

Leonardo quase riu do destempero do Outro faltou bem pouco.

A MARCA - ABO - LEONATO (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora