Capitulo 10

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                                          Josh Jones

Depois que a Jenna foi pra sua casa, o Peter me chamou pra jogar vídeo game, eu, que tinha combinado de sair com o Otávio desmarquei e passei a noite de sábado inteirinha conversando e jogando com meu irmão. Depois de anos, sinto que estamos criando laços de novo, apesar de tudo, ele era o meu irmão, o meu melhor amigo da infância, a pessoa que sempre esteve do meu lado quando o nosso pai brigava comigo, quando eu arrumava confusão na escola... não importava o tamanho da enrascada que eu tinha me metido o Peter sempre esteve ao meu lado. Sinto falta disso, então sim, perdi de passar um sábado a noite com meu amigo e provavelmente  com uma garota, mas não me arrependo nenhum pouco, foi uma noite ótima.
O Peter me acordou de 07:30 da manhã, mandando eu me arrumar pra irmos pro sítio. Detalhe, combinamos de nos encontrar com as meninas e o bob as 9:30. Como sempre, o Peter sendo o certinho que quase nunca se atrasa. Fiquei pronto em 15 minutos, ressaltando a desnecessária atitude do Peter de me acordar tão cedo. Não havia porque. Tomamos café da manhã e como ele viu que ainda estava muito cedo, passamos um tempo jogando conversa fora. Logo, depois de algumas horas, entramos no carro dele e fomos em direção a casa da Jenna. Ela mora em um condomínio fechado, muito rico aliás, pelo o que eu já imaginava, a família da Jenna tem dinheiro. Soube por alto que ela morava sozinha, mas como ela não trabalha, suponho que seja sua família quem banca todo esse luxo.
O Peter buzina e em alguns minutos depois, ela aparece. Seus cabelos estão soltos, com a brisa do vento bagunçando. Ela está de roupas leves, mas que vestida nela, parecem roupas de grife. Ela está com olhos escuros e os lábios avermelhados. Está linda...

-oi amor- ela diz entrando no carro e dando um selinho no Peter, me trazendo a realidade. Porque fico reparando em cada detalhe dela? Isso é meio esquisito - oi Josh - ela diz se virando pra me cumprimentar.

-oi Jenna - digo com um sorriso simpático, tentando disfarçar que estava a secando a um segundo atrás. Deus me livre se o Peter pudesse ler minha mente , ele iria me odiar pra sempre e nunca mais teria chance de uma aproximação novamente. Logo depois, o carro do Bob apareceu atrás de nós e buzinou, a Anne saio da casa a frente, nos cumprimentou e entrou no carro do Bob. Peter deu partida e o Bob foi o seguido, já que não sabia do caminho.

-eai jenna, ansiosa pra conhecer o sítio? - pergunto pra puxar assunto.

-muito! Lá tem cavalo né? Estou louca pra calvagar - ela diz animada.

-você sabe? - pergunto surpreso.

-se ela sabe? Ela é melhor que a gente, cara- o Peter diz, também entrando na conversa.

-o que? Diga por você, duvido que ela saiba melhor que eu - digo para irritá-la e ela vira seu pescoço pra me encarar.

-eu Calvalgo desde os 12 anos de idade, participei de campeonatos e ganhei medalhas de ouro, se eu fosse você, não me desafiava - ela diz com ironia, me fazendo ri.

-não estou Brincando, eu sou muito bom!

-nem eu. Vamos ver quem faz melhor então - ela diz, me desafiando.

-ok, combinado- respondo e ela sorri ansiosa. Logo, entramos em assuntos aleatórios e meia hora depois nós chegamos no sítio. Minha vida passou como um filme diante dos meus olhos, na maneira em que íamos entrando mais e mais. Foi aqui que eu perdi meu primeiro dente, minha primeira briga séria com o Peter,  primeira vez que quebrei minha perna e a primeira vez que perdi minha virgindade também. Tá legal! Confesso que essa última parte foi desnecessária, mas como eu ia esquecer disso? Foi com a Rachel, a filha do  caseiro e foi uma foda incrível. O Peter estaciona e o Bob também, logo atrás. Descemos todo do carro e a Jenna olha maravilhada pro lugar. Há muitas arvores, a brisa forte e o cheiro de grama deixa tudo mais gostoso. Logo a frente, está a chácara, que é enorme e rústica. Tem uma churrasqueira, uma sauna e uma hidromassagem. Tudo bem bonito. Nós vamos entrando na casa e o cheiro doce do lugar invade meu olfato. Não importa quanto tempo eu fique sem vim aqui, o cheiro continua o mesmo. Lembro-me de pensar, quando criança,  que quando eu crescesse esse lugar seria inteiramente meu. O meu pai havia me dito que logo, eu se tornaria dono dali, o Peter nunca fez questão, mas eu, por outro lado, era completamente apaixonado pela fazenda, mas óbvio que depois que o meu pai descobriu que eu não ia cursar direito e não seguir com a linhagem dos Jones, sua primeira atitude foi colocar esse lugar no nome do Peter. Ele sabia exatamente como me machucar e assim, ele fez. Me tirando o meu lugar preferido do mundo e dando de mãos beijadas ao meu irmão, como se ele fosse melhor e mais merecedor que eu só porque escolheu ser advogado. É patético, Eu sei.

O irmão do meu namoradoOnde histórias criam vida. Descubra agora