Capitulo 25

1.3K 99 5
                                    

                                Jenna Smith:
Vejo o Peter se contorcer de dor e eu simplesmente não sei o que fazer. Minha mão está repleta de sangue e eu tenho pavor a isso, mas tento me concentrar no Peter.

-você tá bem?- pergunto enquanto vejo ele se contorce.

-Aquele... desgraçado - ele diz quase que em um suspiro.

-vem, você precisa de um médico - tento ajudá-lo a levantar, mas ele me impede.

-não, me solta. Não preciso da sua ajuda.

-Peter, você tem todo o direito do mundo de me odiar, mas agora não é hora pra isso. Deixa eu te ajudar, você precisa ir pro hospital- digo séria, Ele pensa um pouco, mas acaba aceitando minha ajuda por falta de opção. Eu o levanto com muita dificuldade e cuidado. Passamos pelo milhares de cacos de vidros espalhados pelo chão e eu o levo até o meu carro, o colocando no banco do passageiro. Ainda tremendo e com as mãos sangüentadas, eu giro a chave do carro e respiro fundo, contando até 10, exatamente como o Josh me ensinou a fazer quando eu estou nervosa.

-peraí, você quem vai dirigir? - ele pergunta um pouco assustado.

-eu aprendi tá legal? O Josh me ajudou com isso - digo e ele apenas vira o rosto pra janela, sem dizer mais nada. Tiro o carro da garagem e dirijo mais rápido, porém tomando muito cuidado. O Peter me observa e ao mesmo tempo, geme de dor.

-o Josh é um... filho da mãe - ele reclama, enquanto se contorce. O Peter não sabe lidar com dor, ele nunca soube. Deveria ter pensado melhor antes de provocar o Josh.

-não fala assim dele tá? Ele se sentiu mal o tempo inteiro. Disse que se reaproximar de você foi a melhor coisa que já lhe aconteceu. Ele te ama, você é a única família que o restou.

-deveria ter pensando nisso antes de se envolver com você - ele responde e eu respiro fundo.

-nós tentamos tá? Fizemos de tudo pra se afastar, nós choramos, nos sentimos mal, passamos o dia inteiro falando sobre como estávamos triste de te magoar e o quanto você é importante pra gente. Nos apaixonamos, Peter. Aconteceu. Eu sei que é difícil entender isso, mas se você ama a gente, se você sente alguma consideração por mim ou pelo Josh, por favor, tenta entender - peço triste  e ele apenas fica calado.

-Jenna, Acelera essa carro- ele pede, ignorando tudo o que disse.

-só se você nos perdoar - digo e ele me encara indignado.

-isso é sério? O que nós somos? Crianças? Acelera essa porra desse carro Jenna. Eu preciso de um remédio pra dor. - reclama, mas eu permaneço devagar.

-isso só pode ser brincadeira.

-por favor Peter, eu só preciso ouvir da sua boca que pelo menos existe a possibilidade de você nos perdoar. Eu não vou aguentar viver com você me odiando. Você foi e é uma das pessoas que mais amo nessa vida. Você não pode fazer isso com a gente. Não pode nos adiar, somos a sua família. Não cometa o mesmo erro do passado e dê as costas para  as únicas pessoas desse mundo que faria de tudo por você. - desabafo, me segurando para não chorar. O Peter permanece calado, mas pensativo, como se estivesse tentando digerir.

-tá legal. Existe a possibilidade de eu perdoar vocês. Agora por favor! Acelera a porcaria desse carro. - ele diz e eu sorrio aliviada.

-só pra constar, o carro é novo. - digo e ele me encara. - tá legal, vou acelerar - e assim eu faço.
Depois de quinze minutos, nós chegamos na emergência e o Peter é levado para uma sala, para tirar os vidros do seu corpo, fazer uma limpeza e tomar medicamentos pra Dor. Depois de um tempo, o médico vem até mim  e informa que ele está bem e que quer me ver. Fico um pouco surpresa com isso, mas não contesto, apenas me encaminho para a sala em que ele está.
Bato na porta e entro, o Peter está deitado na maca. Já não existe mais resquícios de sangue e apesar do olho roxo, ele está bem, o que é um grande alívio.

O irmão do meu namoradoOnde histórias criam vida. Descubra agora