Capitulo 33

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                                    Josh Jones: 
Malditos três dias se passaram, agora, faltam exatos sete dias para o meu casamento e o pior de tudo é que eu não sei se vai acontecer. Já estava tudo certo, bufê, igreja, decoração e todas essas coisas de cerimônia. Quase tudo pronto e irei pagar por um casamento  que talvez nem aconteça, mas eu não dou a mínima pra isso. Eu só quero que a Jenna escolha casar comigo, quero que ela veja que  estou arrependido e confie em mim. Quero que ela entre naquela igreja de branco e aceite passar o resto da sua vida ao meu lado, como minha esposa.
Esses três dias foram os piores da minha vida, a Jenna não me procurou e ninguém quer me deixar procurar ela. Segundo os meus amigos, ela está bem e prefere se isolar na sua casa. Não tenho notícias dela, mando mensagem todos os dias perguntando se ela tá bem, ela apenas visualiza e hoje me respondeu apenas com: "estou bem, não se preocupe". Como ela quer que eu não se preocupe? Ela afastou até as amigas dela. Então, Anne continua programando o casamento que nem sabe se vai ter, Rachel está procurando os vestidos de madrinha. Peter, Bob e Otávio estão resolvendo a questão das bebidas. E eu? Estou no meu quarto, se lamentando e me sentindo o pior idiota do mundo.

Agora já são nove horas da noite e eu estou no quarto, ouvindo a Rachel gemer. Calma! Vou recapitular a frase : estou no meu quarto, que fica em frente ao do meu irmão, que está nesse instante transando com a namorada e me deixando ainda pior. Poderia ser eu e a Jenna, mas eu estraguei tudo.
Me levanto se recusando em ficar aqui ouvindo o pornô do meu irmão e saio da casa. Entro no meu carro e começo a dirigir sem rumo. Quando me dou conta, estou indo em direção a casa da Jenna e eu Simplesmente não consigo dar a volta. Eu sei que ela me pediu um tempo, mas já se passaram três dias, eu preciso ve-lá ou vou surtar a qualquer momento.
Paro o carro em frente a sua casa e meu coração já se acelera de um jeito descompensado. Sinto meu estômago revirar e o nervosismo quase me consome. Desço do carro e caminho até a sua porta, tento lutar com minha consciência para da meia volta e ir embora, mas eu já perdi o controle sobre meus atos. O que eu estou fazendo? Levanto a minha mão e a fecho, quando eu estava prestes a bater, o medo de ser rejeitado surgiu e eu covardemente desisti. Ela me pediu tempo e talvez eu estrague tudo se bater nessa porta. Respiro fundo e me viro para voltar  até o carro, mas o barulho da maçaneta se abrindo me faz parar no meio do caminho e congelar.

-Josh?- escuto sua voz e é como se estivesse ouvindo minha canção favorita depois de anos sem ouvi-la. Me viro para ela e meu coração já acelera. Ela está linda, como sempre, usando uma roupa de malhar. Jenna está com fones de ouvido, o cabelo preso em rabo de cavalo e tennis. Pela suas vestes, suponho que ela  está indo correr e com toda certeza não esperava me ver, seu rosto surpreso e tenso ao mesmo tempo, não nega isso.

-ah, oi Jenna - digo meio sem jeito, ao ser pego no flagra.

-você bateu na porta? Eu não ouvi - ela diz também um pouco sem jeito.

-não bati- respondo e ela me olha confusa. - eu estava tendo uma péssima noite, então peguei o carro e quando em dei conta, estava dirigindo até sua casa. Eu desci do carro e parei bem na sua porta, mas não tive coragem de bater.

-ah- ela responde apenas, me deixando um pouco frustado.

-"ah"? Você só vai dizer isso?- pergunto sem pensar  e ela me encara.

-o que espera eu diga?

-sei lá. Só esperava mais- digo triste e ela abaixa o olhar, mas logo depois volta a me encarar.

-você está bem?- pergunta, parecendo preocupada,  ou será apenas por educação? Essa dúvida me mata e provavelmente vai ser o motivo da minha insônia de  hoje.

-não, não estou. E você?- respondo sincero e ela suspira.

-não, mas esperava que uma caminhada me fizesse se sentir um pouco melhor.

O irmão do meu namoradoOnde histórias criam vida. Descubra agora