Capítulo 24

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No horário marcado, Bárbara foi encontrar-se com Christopher no restaurante que ele havia escolhido.

Pessoalmente ela preferia ir ao mesmo lugar onde sempre se encontravam antes de ela se casar, mas por algum motivo ele havia insistido em ir a um restaurante mais tradicional da cidade.

– Boa tarde, um amigo me aguarda. – Ela disse à recepcionista.

– Pois não, qual é o nome dele por favor?

– Christopher Williams.

– Ah sim, queira me acompanhar por favor.

A recepcionista conduziu Bárbara a um segundo ambiente do restaurante, onde ela pôde ver que Christopher a aguardava.

Ao lado dele, sobre a mesa, Bárbara imediatamente notou a presença de um ramalhete de rosas e uma garrafa de champanhe. Aquilo lhe causou um mal-estar momentâneo, mas enquanto caminhava em sua direção, ela repetia para si mesma que se tratava apenas da cortesia de um amigo querido.

– Christopher.

– Bárbara, minha querida. – ele se levantou e a abraçou – Isso é para você. – Completou estendendo-lhe o ramalhete.

– Que adorável! – ela respondeu com um sorriso – Você é o melhor amigo que alguém pode ter.

A insatisfação diante da palavra amigo ficou imediatamente estampada no rosto de Christopher.

– Você merece meu bem, por favor, sente-se.

– Achei estranha sua insistência em vir a este lugar. – ela comentou enquanto se sentava – Tem certeza de que não preferia nosso antigo ponto de encontro? Duvido que a comida aqui seja tão boa quanto lá. – Disse com um sorriso brincalhão.

– Não, não, tinha que ser aqui. A ocasião pedia algo mais.

– Ocasião? Olha que maravilha! Não sabíamos que estávamos comemorando alguma coisa. – Bárbara fez-se de desentendida enquanto sentia seu coração acelerar pela ansiedade.

Naquela manhã, Christopher havia lhe enviado uma mensagem dizendo que tinha algo muito importante para lhe dizer e que não poderia esperar mais. Ela tentou se convencer de que ele tinha uma novidade muito boa para contar, mas ao avistar o brilho nos seus olhos quando ele lhe entregou as flores, suas esperanças foram por terra.

Era o que ela temia.

– Essa não é a maneira mais poética de começar uma declaração, mas é a primeira frase que me vem à mente: Bárbara, eu não aguento mais.

– Não aguenta mais? – Perguntou Bárbara encarando-o com uma expressão de dúvida.

– Não aguento mais passar um só dia sem te dizer que...

Barulho de palmas, lentas e intensas, interromperam a fala de Christopher.

– Ora, mas vejam só, cheguei a tempo de assistir à declaração de amor de um pivete para minha esposa, estou emocionado. – disse sarcasticamente McCain, aproximando-se da mesa – Mas espere... Você não pode continuar. Não com esse champanhe péssimo. – Completou apanhando a garrafa e acenando para o garçom.

– Pois não Senhor McCain. – Disse o funcionário da Casa, que sabia exatamente quem era o homem que tantas vezes havia servido.

– Robert, não é? – Disse Daniel, provando mais uma vez que nunca se esquecia de algo, nem mesmo um nome.

– Sim, senhor.

– Robert, temos um grande problema aqui. Esse rapaz está prestes a se declarar para minha esposa e olha que bebida lamentável lhe trouxeram. Preciso que corrija esse erro e por favor traga seu melhor vinho para essa ocasião.

O Protetor - Série case-se comigo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora