No dia seguinte McCain levantou da cama com a certeza de que encontraria Bárbara no pior dos humores, o que o fez ficar com um péssimo ânimo também.
Ao entrar em seu escritório a primeira coisa que fez foi dizer à sua assistente que desmarcasse todos os compromissos do dia, não estava com vontade de ver ninguém, abrindo exceção apenas para Jeremy.
Conversavam sobre os índices do mercado, quando alguém bateu à porta. Era Bárbara que, para sua surpresa, entrou com uma aparência suave e tranquila, segurando um caderno de anotações.
- Bom dia Jeremy! - Ela cumprimentou.
Em seguida caminhou até McCain e deu-lhe um beijo no rosto.
- Bom dia, querido.
Enquanto McCain olhava-a paralisado, sem conseguir dizer nada, Jeremy achou por bem pedir licença e retirar-se.
- Bom dia querido?
- Sim, bom dia querido.
- Não estou entendendo.
- Ora, por que não? Não é assim que devo cumprimentar meu futuro marido?
- Bárbara, o que está tentando fazer?
- Nada. Apenas cumprimentei você.
Ele analisou sua expressão em silêncio, enquanto ela se sentava em sua frente.
- Achei que tinha dito que a partir de hoje você estava de férias.
- Disse, mas passei aqui para discutir sobre o casamento.
"Eu sabia!"' - Pensou McCain. Com certeza ela tentaria fazê-lo mudar novamente de ideia.
- Eu não vou discutir nada Bárbara, já está decidido, não ouse...
- Querido, por que está se exaltando? Eu não quero discutir O casamento. Quero discutir SOBRE o casamento. Decoração, menu, local, essas coisas. Tenho pouco tempo para decidir tudo e quero saber sua opinião.
Daniel olhou pasmado para ela. Não conseguiu articular uma resposta porque já havia se preparado para escutar seus protestos.
- Eu pensei que podemos fazer algo mais clássico, em tons claros, mas quero que alguns ambientes da festa tenham cores vibrantes também. Afinal, como deve imaginar pela minha profissão, amo cores. O que você acha?
- Eu acho que tem alguma coisa errada aqui. Como, de repente, está agindo com tanta naturalidade para com isso?
- Ora Daniel, você me disse que não tenho escolha a não ser obedecê-lo e é isso que estou fazendo. Você quer um teatro, uma representação perfeita de uma vida que não conseguiu construir de verdade e é isso que terá. Se é feliz vivendo essa fantasia, então tudo bem. Temos um contrato que eu seguirei à risca. É claro que para mim tudo isso é patético, mas fazer o quê se você quer brincar de casinha?
Ele abriu a boca para responder, mas ela o interrompeu.
- Não diga mais nada, meu bem. Apenas se prefere bolo de chocolate ou nozes.
Daniel cerrou com força o punho da mão que colocara sobre a mesa, sua respiração ficou pesada e Bárbara preparou-se para uma explosão. Mas, para sua surpresa, os músculos dele foram relaxando aos poucos e após um longo suspiro ele respondeu:
- Chocolate. Sou alérgico a nozes.
- Chocolate. Tudo bem. - Disse ela anotando na caderneta a resposta, depois de levar alguns segundos para sair do estado de alerta. - Quanto à decoração...
- Não me importo com a decoração. - ele interrompeu - Faça como preferir. Minha única exigência é que seja o melhor disponível.
- Se não se importa, quero tomar todas as decisões em conjunto. Pode não ser sua metodologia, mas detesto decidir algo que envolve outra pessoa apenas com minhas opiniões. Peço que, por favor, abra concessão neste sentido e me ajude com as escolhas.
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O Protetor - Série case-se comigo - Livro 1
Roman d'amourEle: Daniel McCain, um empresário de sucesso que comanda uma corporação gigantesca fundada e construída com cada gota de seu suor. Controlador, frio e extremamente estrategista Ela: Bárbara McNamara, uma publicitária bem sucedida, criada por uma fam...