Durante todo o trajeto para a casa, ambos permaneceram em silêncio. Bárbara ensaiou várias vezes o que precisava dizer, mas simplesmente não conseguia pronunciar as palavras.
Enquanto olhava pelo vidro em busca de forças para iniciar uma conversa, sentiu a mão de Daniel sobre a sua. Aquilo só tirou ainda mais sua capacidade de dizer algo.
Seu coração batia como um bumbo e suas mãos tremiam.
– O que você queria me dizer? – Ele perguntou.
– Nada. – Ela respondeu secamente.
– Tem certeza? – Ele perguntou, erguendo uma sobrancelha.
– Tenho.
– Você parece nervosa.
– O que você acha? Esta não é uma situação normal.
Daniel a olhou e sorriu.
– Eu entendo que tudo seja bem atípico. Mas está feito. Resta-nos agora usufruir das boas coisas que virão de nossa união.
– Boas coisas? Não consigo ver nenhuma.
– Pois eu consigo vislumbrar várias. Começando por esta noite.
– É simples para você, não é? Mas não é simples para mim.
– Querida, sugiro que relaxe e não se preocupe, eu cuidarei de tudo. Meu objetivo esta noite é satisfazê-la. Farei com que esqueça qualquer um do passado. Ninguém a desejou como eu. Garanto-lhe isso.
Bárbara sentiu a garganta secar. E ele apertar ainda mais sua mão.
Tentou manter a calma, mas não conseguiu. Apesar de ter tentado se preparar mentalmente para aquilo, se sentia desesperada.
Mas, tinha que se acalmar. O que queria? Que ele lhe pedisse perdão e desistisse de tudo? Seria ingênuo pensar assim.
Daniel sabia o que queria e não desistiria, ainda mais tão perto de alcançar seu objetivo.
Pensou que quanto mais sofresse, mais difícil seria atravessar essa situação. Tudo era surreal desde o começo e ela sabia o que lhe aguardava.
No fim das contas, ele era um belo homem, que lhe provocava sensações esplêndidas quando a beijava, por mais ridículo que isso fosse. Ela simplesmente tentaria aproveitar a noite, sem sentimentalismo. No fundo, tinha até curiosidade sobre como seria.
Surpreendeu-se ao notar que estava querendo enganar a si mesma. Estava em pânico. Aquilo só podia ser um pesadelo.
Ao avistar o portão de entrada da mansão, seu coração veio à boca. Percorreram em silêncio o restante do caminho, até um estacionamento subterrâneo onde Daniel parou o carro.
– Por aqui temos acesso ao direto ao nosso quarto, através daquele elevador. – Explicou ele apontando para uma porta.
Daniel desceu então do carro e abriu a porta para ela, ajudando-a a descer.
Quando foi dar o primeiro passo, no entanto, ele a deteve.
– Não. Espere.
Em um movimento rápido, a tomou nos braços e caminhou até o elevador.
– Não precisa fazer isso.
– É claro que preciso. Você é minha esposa e acabamos de nos casar. Mas ficarei grato se puder apertar o botão que abre a porta para mim
Bárbara fez o que ele pediu.
Subiram então até o andar superior onde ficava sua suíte, que já estava preparada para recebê-los.
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O Protetor - Série case-se comigo - Livro 1
RomantizmEle: Daniel McCain, um empresário de sucesso que comanda uma corporação gigantesca fundada e construída com cada gota de seu suor. Controlador, frio e extremamente estrategista Ela: Bárbara McNamara, uma publicitária bem sucedida, criada por uma fam...