Capítulo 9

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No dia da festa Bárbara estava muito nervosa. Quebrou um prato, tropeçou no tapete da sala e esqueceu de separar as roupas vermelhas das brancas na hora de colocar na lavadora, deixando todas cor-de-rosa. Não se sentia ela mesma.

No horário combinado, a equipe escalada para aprontá-la para a festa chegou ao seu apartamento. Fizeram tudo de maneira impecável, em movimentos que pareciam ensaiados. Não deixaram que vestisse nem mesmo os sapatos sem ajuda. Para quem não estava acostumada com aquilo, tudo parecia um tanto estranho.

No horário imposto por McCain, ela estava sentada, pronta e imóvel no sofá, esperando sua chegada.

Bárbara usava um vestido de noite dourado, no modelo "sereia", que era inteiro cravejado de pequenos cristais que lhe conferiam um brilho majestoso. Seus cabelos foram presos em uma trança solta lateral e a maquiagem era bem diferente do que costumava usar na empresa, com um sombreado marcante e um batom vermelho escuro. As joias que escolheu combinaram perfeitamente com todo o resto, deixando-a muito elegante.

Havia deixado autorizada ao porteiro a subida de Daniel e às vinte horas em ponto a campainha tocou. No fundo estava torcendo para que ele se atrasasse e assim pudesse irritá-lo com uma observação a respeito, mas não aconteceu.

Caminhou até a porta, olhou-se uma última vez no espelho próximo à saída, segurou a maçaneta e respirou profundamente.

"É agora." - Pensou.

Abriu a porta.

Seu estômago deu um salto.

Seu corpo se esquentou da cabeça aos pés e ela perdeu momentaneamente o controle de seus pensamentos. Só conseguia olhar fascinada para McCain.

Impecável ele sempre foi, mas com o perfeito smoking preto que usava, sua beleza era absolutamente estonteante.

Como se não bastasse o fato de o homem em sua frente lhe prender a respiração, Bárbara achou que ia desmaiar quando ele a olhou dos pés à cabeça. E mais ainda quando ele disse:

- Como é possível que tenha ficado ainda mais linda do que já é? Você está deslumbrante.

- Obrigada. - respondeu sentindo o rosto corar. - Você também está muito bem.

- Obrigado. Vamos? - Disse ele oferecendo-lhe o braço.

Caminharam em direção ao elevador, onde ele como um legítimo cavalheiro a deixou entrar primeiro. A respiração de Bárbara estava tão pesada que era possível ouvir o barulho que fazia.

- Está tudo bem? - Ele perguntou enquanto o elevador descia.

- Sim, claro. Mas esta noite está muito quente não acha?

- Ainda não. Mas vai ficar.

Bárbara olhou para ele confusa sobre o significado de suas palavras. Estava prestes a perguntar o que ele queria dizer quando a porta do elevador se abriu no térreo.

Caminharam pelo saguão e quando saíram uma limusine os aguardava, mas isso não a surpreendeu pois já esperava por algo semelhante.

O motorista abriu a porta e ajudou-a a sentar. Daniel se sentou ao seu lado, mais perto do que ela gostaria, o que tornou o trajeto de quinze minutos que percorreram, aparentemente interminável.

Eles não disseram uma palavra por todo o caminho, até que o carro parou em frente à escadaria de entrada do local da festa, por onde se estendia um imenso tapete vermelho.

Bárbara notou uma grande movimentação e a presença de muitos fotógrafos, o que a incomodou bastante. O motorista desceu, abriu a porta para McCain e em seguida para ela. Daniel estendeu-lhe o braço e eles entraram sob os flashes das câmeras atentas.

O Protetor - Série case-se comigo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora