Capítulo 12

9.6K 833 250
                                    

Quarenta e oito horas haviam se passado e Bárbara ainda não sabia o que fazer.

A cada minuto que o relógio avançava, seu desespero aumentava. No fundo sabia o que teria que fazer, mas não queria, não podia aceitar.

O celular tocou anunciando uma mensagem. Era ele.

"Apenas para lembrá-la que só tem mais vinte e quatro horas, meu bem. " – Dizia a mensagem.

Bárbara arremessou o celular na parede com fúria, como se isso pudesse atingi-lo.

Quando conseguiu acalmar sua respiração, decidiu que era besteira adiar o inevitável.

Se era assim que tinha de ser, que fosse.

Tomou um banho demorado, deixando a água quente correr por suas costas, tentando recuperar a energia perdida. Em seguida vestiu-se e foi ao encontro de seu algoz.

Chegando à McCain Corp foi direto à sala de McCain. Adentrou o corredor pisando firme no chão e abriu as portas com impaciência. Parou em frente à porta do escritório de Daniel, respirou fundo e entrou. Mas a sala estava vazia, ele não estava lá.

Saiu furiosa e foi em direção à mesa de sua assistente pessoal.

– Onde está McCain Samanta? – Disse apoiando uma mão na mesa.

– Boa tarde senhorita McNamara. O senhor McCain está em uma importante reunião no momento. – Respondeu a assistente, com o olhar assustado de quem nunca tinha visto Bárbara falar daquele jeito.

– Chame-o. Quero falar com ele.

– Sinto muito senhorita. Recebi ordens expressas de não o interromper. Não posso fazer isso.

Bárbara olhou para ela com expressão de poucos amigos. Teve que fazer um esforço imenso para não descontar o que sentia em uma inocente.

– Está bem, eu mesmo o chamarei.

Pegou o celular na bolsa e discou o número de McCain.

Na sala de reuniões, enquanto avaliava os relatórios da quinzena, juntamente com a equipe financeira, Daniel viu que o celular sobre a mesa vibrava. Era Bárbara.

Afastou os papéis, e atendeu prontamente.

– Ora, mas veja só, não esperava uma ligação tão cedo.

– Não seja sarcástico comigo McCain. Quero falar com você agora.

– Sinto informar, mas estou no meio de uma importante reunião, terá que controlar sua ansiedade.

– Não vou controlar porcaria nenhuma. Ou você sai dessa sala agora e vem falar comigo, ou vou entrar aí, subir na mesa e fazer um escândalo.

Daniel ficou em silêncio alguns segundos.

– Ok. Acalme-se. Não quero que fique tão nervosa antes do casamento. Não é bom para a sua pele.

– Você é um ridículo imbecil McCain! Venha já para cá!

Ele deu uma gargalhada.

– Acalme-se princesa, estou indo.

Bárbara desligou o telefone. Quando olhou para a assistente, ela a encarava com o queixo caído. Não podia culpar Samanta pela expressão, afinal, duvidava que alguém já tivesse falado daquele jeito com Daniel antes, ainda mais em frente a seus subordinados.

Mas o queixo de Samanta caiu ainda mais quando a porta de vidro se abriu e McCain saiu por ela.

Parou em frente à Bárbara com um sorriso zombeteiro no rosto e fez-lhe uma mesura.

O Protetor - Série case-se comigo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora