Capítulo 28

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Bárbara deduziu que a intensidade do momento havia de alguma forma nublado seu bom senso e que com certeza os dias passariam e a tensão se dissiparia novamente.

Só que não.

Na manhã seguinte àquela conversa, Daniel calmamente a comunicou que voltaria a dormir na cama com ela.

"Mas que ótimo" – Pensou Bárbara. "Ele está fechando o cerco".

Se tê-lo por perto já representava um desafio à estabilidade mental dela, tê-lo dormindo na mesma cama todas as noites seria uma provocação. E foi.

Naquela noite quando se deitou ao seu lado, usava um pijama azul claro que delineava perfeitamente sua bela forma e o deixava ainda mais lindo do que de costume. Seu perfume inebriante invadiu o quarto e a sensação de proximidade com seu corpo quente deixou a garganta de Bárbara seca.

Ela se sentia como uma adolescente, coração disparado, pele arrepiada e respiração acelerada.

Diante de sua clara inquietação, Daniel sorriu maliciosamente.

– Está tudo bem?

– Sim, está. – Respondeu apressadamente.

– Que bom. Posso lhe dar um beijo de boa noite?

– Estranho você dizer isso. Não me lembro de vê-lo pedir autorização para me beijar.

– Tem razão. Mas achei que se pedisse você me consideraria uma criança contrariada educada. Só que pelo visto, você prefere que eu continue sendo um menino mau. E seu desejo é uma ordem para mim.

Inclinando-se sobre ela, Daniel a beijou lentamente, mordiscando seus lábios para tentá-la.

– Boa noite. – Bárbara interrompeu o beijo secamente – Durma bem. – Completou afastando-se e virando de costas para ele.

– Gostaria de dormir, mas estou com frio.

– Coloque um pijama de inverno.

– Não seria suficiente.

– Cubra-se com um cobertor.

– Ainda assim não seria. Preciso de calor humano.

Naquele momento ela ouviu-o se arrastar pelo colchão e se aproximar. Seu braço forte abraçou sua cintura enquanto ele se encaixava e aproximava o rosto de sua orelha.

– Pronto, assim está melhor. – Sussurrou em seu ouvido.

– Para mim não, eu estou com calor.

– Não, não está. Estou sentindo-a tremer. Ah, espere, isso não são calafrios. É o seu desejo por mim, não é?

Bárbara suspirou.

– Pare com isso Daniel.

– Parar com o quê? Com isso? – Ele sussurrou enquanto acariciava o pescoço dela com os lábios. – É inútil resistir, minha flor. Eu sei que me quer. Eu a quero. Podemos ter uma noite inesquecível, se você deixar.

– Não posso...não devo... – A voz de Bárbara soou sentida.

– Pode. E deve. – ele virou-a para si – Esqueça o que nos trouxe até aqui, apenas se entregue a mim, eu não vou decepcioná-la. Quero fazê-la feliz, quero lhe proporcionar mais satisfação do que qualquer um de seus namorados jamais sonharia em conseguir. Vou dar o máximo de mim para isso, lhe garanto. Deixe-me mostrar o quanto gosto de cada centímetro seu, minha princesa.

Em um momento de total insanidade, Bárbara rejeitou todos os alertas que sua mente desesperada tentava lhe dar. Passou os dedos pelo cabelo de Daniel e puxou-o para si ferozmente, beijando-o como se o amanhã não existisse.

O Protetor - Série case-se comigo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora