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**9° dia acordada**

Mia Harrisson

Resolvi que antes do almoço poderíamos nos divertir um pouco, e foi pensando nisso que levei Amelia até o armazém.

Ela já estava melhor e depois de vomitar todas aquelas rosquinhas de meia boca conseguiu comer algo leve e se vestir.

Ela dizia que quando estava perto de gripar ela vomitava horrores, não ia descordar dela na parte do vômito.

Encostada no balcão do armazém observei ela separar os pés e colocar os protetores de ouvido e os óculos especiais.

Ela parecia familiarizada com a pistola que tinha dado para ela, e foi questão de tempo até ela se soltar.

O armazém era onde os homens do meu pai treinavam tiros, era bem escondido e só pessoas próximas sabiam dele.

Sorri vendo Amelia despejar o pente no alvo, ela tinha talento nato para essa vida, quase estava feliz por aquele acordo que o pai dela fez.

Nunca conheci nenhuma outra mulher naquele mundo, e Amelia...se fosse treinada da forma certa...ela iria ser uma ótima mafiosa.

Ela travou a arma, tirou o pente vazio deixando ele cair no chão, pegou o pente cheio e destravou voltando a atirar.

-Quem é sua amiga?- um dos homens do meu pai chegou.

-Nem venha.- mostrei a mão.- Ela tem uma ótima mira e pode atirar nas suas bolas.

Eu sorri perigosa e ele começou a se afastar, geralmente eu gostava de todo homem no raio de 1 centímetro, mas agora estava sem coragem.

Meu dia era resumido a ficar com Amelia e beber, talvez devêssemos ir para a boate amanhã, apresentar a Grace.

Comecei a me aproximar e toquei o ombro de amelia duas vezes, ela abaixou a arma travando logo em seguida e abaixou os protetores de ouvido.

-Melhorou?- sorri.

-Muito, não sabia que fazia tão bem.- ela respirou fundo cruzando os braços.

-Eu estava pensando...talvez devessemos mostrar a boate para Grace.- expliquei.

-Claro, ela vai adorar.- Amelia colocou o cabelo atrás da orelha.- O que?

-Tem chances de você não estar gripada?- perguntei mordendo o lábio.

-O que você quer dizer?- ela ficou de frente para mim.

-Sei lá...tem a possibilidade de eu virar...titia?- levantei as sobrancelhas e ela sorriu.

-Claro que não, eu tomei a injeção.- ela tirou os óculos.

-Eu sei, mas...sei lá.- balancei os ombros.

-Foram as rosquinhas, Mia.- ela parecia certa disso.- Vai ver, amanhã eu vou estar espirrando e com febre.

-Claro, por que você é vidente.- revirei os olhos.

-Não, mas eu me conheço.- ela sorriu.- Não é melhor irmos logo? Nos afastamos bastante da cidade.

-É, pode ser.- começamos a andar até a porta.

-Se quer tanto uma criança, tenha você.- ela falou simples e eu a observei.

-Como sabe que eu quero uma criança?- perguntei enquanto um deles abria a porta do galpão.

-Dá pra ver no seu olhar.- ela murmurou.

-Entre logo no carro, Ballard.- apontei para o carro.

Prometida A Um Mafioso - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora