Brenda
— Tinha acabado de chegar no meu prédio totalmente encharcada sem celular mas pelo menos tinha recebido o pagamento não quis nem passar pelo banco porque quando dona Lisa chegasse iria querer ver com seus próprios olhos toda a grana caso os caras tivessem tirado da quantia original paga ela iria se transformar na barraqueira que sempre foi e exigir o valor correto felizmente isso não acontecia à muito tempo.
— Precisei sentar no banco de ferro que ficava bem na entrada e descansar tinha corrido como louca para tentar me proteger da chuva e não quis parar em lugar nenhum apenas porque me relaxava correr e deixar todos os problemas para trás não estava certa se queria me lembrar do rosto dele ou das coisas que tinham acontecido porque não dava.
Lúcia:– Boa tarde estranha.
Brenda:– Boa voltou cedo do trabalho não é?
Lúcia:– Já estou voltando de novo na verdade vim buscar uns materiais que esqueci e você de onde está vindo toda molhada?
Brenda:– Fui na padaria mas não contava com essa chuva.
Lúcia:– Verdade o tempo mudou de repente ei!
Brenda:– Oi?
Lúcia:– Diga para sua avó que mandei um beijo.
Brenda:– Vou falar.
Lúcia:– A Lurdes me contou sobre a briga de vocês então se precisar de qualquer coisa sabe onde me encontrar.
Brenda:– Bom saber que minha vida pessoal está na boca do povo.
Lúcia:– É melhor mesmo não que fôssemos amigas certo?
— Não quero ser esse tipo de pessoa que desconta minha frustração em gente que não tem nada à ver é só que não estava no melhor dos meus dias o que não significa descontar isso.
Brenda:– Lúcia por favor me desculpa estou uma pilha de nervos e depois esse cansaço e a raiva que estou tendo dele.
— O sorriso no rosto dela me faz ter certeza que ficaremos numa boa e como minha avó disse antes as coisas ficarão melhores era o que desejava.
Lúcia:– Faz assim sobe e vai pra casa troca essa roupa molhada e descansa até o horário do trabalho.
Brenda:– Vou ligar pro Antônio e dizer que não vou hoje.
Lúcia:– Tem certeza?
Brenda:– Não estou me sentindo muito bem e sei lá!
— Baixei a cabeça e respirei fundo porque se olhasse em seus olhos de novo quando fosse pra boate poderia fraquejar e não tenho certeza se aquele idiota merece que faça isso.
Lúcia:– Tudo bem vamos te acompanho.
Brenda:– Ok.
— Não aguentava mais essas roupas e a maneira que meus pensamentos estavam girando sobre Ricardo meus pais e aquela vontade de comer até não poder mais e depois vomitar em seguida credo!
— Ao entrar em casa a chuva continuava forte e já passava das quatro da tarde então resolvi tomar uma banho foi quando o primeiro trovão foi ouvido e ao olhar nos arredores resolvi fechar as janelas e deixar que apenas o branco e cinza aparecesse dentro de casa.
— Ao sentir aquela água quentinha solto um gemido e decido ficar por alguns minutos assim é quando o celular toca quebrando toda a paz que estava sentindo.
Brenda:– Merda!É bom que seja mega importante!
— Quando atendo e falo não há ninguém respondendo apenas escuto uma respiração fraca depois de alguns segundos resolvo desligar e ao olhar de novo era número desconhecido.
Brenda:– Só pode ser brincadeira.
— Disco o mesmo número mas ninguém atende e ao tentar outra vez já que tinha interrompido meu banho por causa dessa ligação teria ao menos que descobrir quem estava me enchendo.
Brenda:– Alô!?Quem fala!?
Antônio:– Brenda?Oi por que está ligando pra cá?
— Essa parte foi meio desconcertante mas já era de se imaginar.
Brenda:– Antônio?Esse número é da boate?
Antônio:– É você quer alguma coisa?
Brenda:– Não quero dizer sim.
Antônio:– Estou ouvindo.
Brenda:– Eu não vou trabalhar por que estou me sentindo mal.
Antônio:– Você quer que eu te leve no hospital ou alguma coisa assim?
Brenda:– Não vou precisar apenas de um pouco de descanso então pode dizer ao"nosso chefe"?
Antônio:– Talvez nem vá precisar.
Brenda:– O que disse?
Antônio:– Não se preucupe apenas relaxa pra voltar logo tá?
Brenda:– Certo obrigado.
— Apesar de estar com raiva dele e não querer passar a noite toda lhe observando pegar alguma garota na minha frente resolvi me guardar e ficar de boa não estou totalmente certa se o que falei pra Antônio fosse mentira.
— Quando coloquei a toalha ao meu redor e sai me sentia com muito frio e fui logo vesti uma camisola para em seguida pentear meus cabelos.
Brenda:– Merda!Como está demorando vovó!
— Outra vez escuto um toque mas não era do meu celular mas do telefone de casa.
Brenda:– Alô?Vovó!?Aonde está?
Lisa:– Querida acabei presa aqui na casa de uma amiga depois que sai da padaria ficamos conversando e perdemos a hora olha acho que não voltarei hoje pra casa.
Brenda:– Certo obrigado por avisar estava preocupada com a senhora.
Lisa:– Não fique querida até amanhã.
Brenda:– Tchau.
— Sentei na minha cama e me cobri de lençóis não tinha reparado antes mas minha garganta tinha começado à doer um pouco também Deus!
Brenda:– O fechamento perfeito para uma noite.
— Não conseguiria fazer tanta coisa assim então me levantei fui até minha coleção de discos e peguei algo pra animar caiu no primeiro cd da minha diva Lady Gaga que deixei tocar quando fui preparar um chá para esse desconforto na garganta.
— Então lembrei que não tinha mais saquinho de fazer chá.
Brenda:– Deus!
— Estava me sentindo uma droga e para piorar ainda ia ficar sem tomar nada pra essa dor então me lembrei de Lúcia mas uma hora dessas estava trabalhando e não ia incomodá-la então voltei à me deitar mas antes tomei um copo de leite gelado e tentei me lembrar que amanhã seria um novo dia e não tinha mais nada à fazer do que tentar descansar e aos poucos a chuva forte foi se tornando uma garoa nem lembrei de jantar nem nada o meu humor estava péssimo para sentir fome.
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Sobre tua Pele - Série IMPERFEIÇÕES
RomanceBrenda precisa enfrentar seus traumas sozinha agora e por mais que fuja dos problemas ao seu redor outra vez os velhos vícios voltam para sua vida dentre eles um em especial parece desejá-la mais do que antes. Ricardo Fontes é o tipo de cara misteri...