Capitulo 67 (Selva de gafanhotos)

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Brenda
           — Como pensei antes minha amiga tinha descoberto sobre minha vó antes de poder contar à ela.
Maria:– Eu queria estar com você agora amiga.
Brenda:– Sei disso mas confia em mim não sou boa companhia pra ninguém agora.
           — Estou triste,rabugenta e para deixar os problemas maiores do que são me tornei ignorante com qualquer um que tentasse me ajudar até mesmo Ricardo que está me suportando e devo dar os parabéns porque não tem perdido a paciência comigo um segundo sequer ao contrário tem sido extremamente gentil e cauteloso e com isso temos transado nos últimos dias como coelhos é obvio que algumas pessoas para se livrar de algum trauma caiam de cabeça na bebida ou comida mas no meu caso tinha reparado que o sexo era um anestésico potente que me fazia esquecer os problemas pelo menos por algumas horas.
Maria:– E que se dane sua rabugenta chata!Queria muito estar com você!Com quem pensa que está falando!?
             — Ela tinha razão desde sempre quando encontrava problemas que me desgastavam muito ou pessoas ruins em meu caminho sempre descontava no primeiro que atravessava aquele rumo perdido da minha vida.
Maria:– Eu lamento muito amiga.
Brenda:– É somos duas.
            — Quando termino de colocar o batom vermelho escuro na boca percebo que estava pronta para sair já tinha chegado do trabalho e não aguentava aquele tom silencioso dentro de casa droga!
Maria:– No que está pensando?
Brenda:– Você sabe em quem.
Maria:– Quando for fim de ano vou te visitar e a gente não vai se desgrudar tá me ouvindo?
Brenda:– Olha só quer dizer que posso esperar você e seu namorado de volta?
Maria:– Com certeza!
            — Antes de falar o quanto à amava escuto batidas na porta.
Brenda:– Olha Maria depois conversamos mais ok?
Maria:– Beleza!Mas nem pensa que vou parar de te ligar pelo"zap"todos os dias para saber como está.
Brenda:– Pelo menos você aprendeu à mexer no celular em?Fico feliz!
Maria:– Palhaça!
           — Apenas minha melhor amiga pra arrancar um sinal de sorriso de mim mas era questão de segundos até tudo voltar ao normal e lembrar que ela não está mais aqui e quando olho para a penteadeira e vejo a carta que tinha escrito que faltava ler mas não tinha coragem estou com tanto medo de dar adeus que fico evitando de ler os últimos traços dela.
Brenda:– Oi Alex?Tudo bem?
Alex:– Seria eu que devia perguntar isso não acha?Mas percebo que está bem até demais.
            —Talvez esteja falando isso por causa da blusa transparente preta com meu sutiã da mesma cor ou então pela mini saia vermelha de cintura alta que vestia e sim queria me esbaldar em algum lugar já que não conseguia lidar com todo o luto e perda e me sentir uma verdadeira merda por não conseguir trazê-la perto de alguma maneira.
Brenda:– Não começa tá?
            — Desde que começamos à conversar mais Alex tem se convertido à um irmão mais velho o que é insanidade já que esse daí nunca foi um modelo bom à seguir.
Alex:– Só estou preocupado.
Brenda:– Você?Isso é novidade!
           — Bato a mão contra minha coxa porque parecia uma piada ruim.
Brenda:– Desculpa mas você precisa aceitar que nem de longe isso parece com você.
Alex:– Vou levar na esportiva.
Brenda:– Vai ficar muito tempo aqui?
Alex:– Por que pergunta?
Brenda:– Estou indo me divertir na boate do meu ex.
Alex:– Tudo bem agora parece que é você que tá viajando.
Brenda:– Não estou não!
           — Falo um pouco mais alto do que eu queria mas foda-se!Se não podia
tê-la de volta acharia uma maneira de pelo menos ter algum sonho ou alucinação com minha vó e sabia que naquela boate acharia as respostas para isso.
Alex:– Não posso deixar que vá.
           — Calço minhas sapatilhas pretas brilhantes e dou um sorriso largo para ele.
Brenda:– Não vai me impedir tá Alex?Tenha uma boa noite.
           — Antes de ir coloco as chaves da casa em suas mãos.
Brenda:– Tranca tudo quando sair tá?
Alex:– Vai confiar sua casa comigo?É sério?
           — Estava pouco me lixando se ele tinha ou não boas intenções com esse lugar já que o mais importante não está mais dentro.
Alex:– É o que vamos ver...
           — Aquelas últimas palavras foram ignoradas mais fáceis do que se estivesse lá dentro o escutando.
Brenda:– Alô?Antônio?Estou indo até a boate será que pode abrir uma entrada vip para uma antiga funcionária?
Antônio:– Com certeza que sim chega em cinco minutos?
Brenda:– Na hora!
           — Não queria saber de julgamentos ou lágrimas naquela noite apenas de me divertir e esquecer do buraco no peito.
           — Logo na entrada vejo Antônio que abre a porta do uber para que eu saísse.
Brenda:– Que cavalheiro.
Antônio:– Fazemos o melhor.
          — Mesmo com seu sorriso franco vejo suas feições se tornarem sérias e sabia o que viria em seguida.
Brenda:– Pode parar com isso Antônio!
Antônio:– Eu não disse nada.
Brenda:– Mas pensava em falar como todos aqui pensam que estou mal com tudo e...
Antônio:– Vai mentir dizendo que não está?
Brenda:– Estou bem!
Antônio:– Claro que sim.
          — Por que essa ironia não me surpreende?Já sabia que todos duvidariam de mim as vezes até mesmo eu duvido.
Brenda:– Ei pode me arrumar alguma daquelas drogas?
Antônio:– Não temos mais elas desculpa querida.
Brenda:– Antônio qual é!Sabemos que não é verdade!
           — Quando passamos pela porta principal enquanto segurava o braço dele noto que não está sorrindo ou tirando sarro de mim.
Antônio:– Depois do incidente no iate com você Ricardo criou novas regras de proibição de drogas então elas chegaram ao fim por essas bandas!
            — Nunca imaginei que Ricardo pudesse fazer esse tipo de coisa especialmente por minha causa.
Brenda:– Desculpa por isso Antônio.
Antônio:– Não precisa falar nada querida assim foi melhor agora por favor apenas se divirta!
            — Sou deixada no meio do salão principal onde tinha várias pessoas dançando.
Brenda:– Tudo bem então.
           — Não poderia fazer nada naquele momento senão me divertir por isso parei de pensar em soluções que já tiveram um fim.

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