Capitulo 66 (Túneis)

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Brenda
           — Alguns fantasmas são difíceis de sumir especialmente aqueles que viviam dando voltas na minha mente como se fossem amigos imaginários e ao retirar todas as minhas roupas e abrir o chuveiro pude retirar parte do peso o que era estranhamente confortante e ao me sentir sem rumo foi nos momentos que mais me senti indo até eles,mãe pai e agora vó se tornando sombras constantes e mesmo com a água se misturando com as lágrimas que caiam no meu rosto tenho certeza agora que não estava bem.
Brenda:– Oi o que está fazendo?
            — Tinha colocado a cabeça contra a parede de azulejos e tentado esquecer todas as coisas que me perseguiam.
Ricardo:– Odeio te ver assim.
           — Ele colocou o queixo contra minha nuca e mesmo o sentindo duro não poderia fazer nada não naquele momento ou dessa maneira.
Brenda:– Desculpa Ricardo.
          — Eu o beijo de leve e saio devagar do chuveiro pegando a toalha e olho atrás de mim só para ver que Ricardo não estava me olhando e continuava de cabeça baixo era duro aceitar isso mas não é o momento.
         — Alguns minutos depois vou para a cozinha e bebo um copo de água.
Ricardo:– Me desculpa se te forcei à alguma coisa lá não foi minha intenção.
        — Eu queria entender como terminamos mas não tinha idéia esse cara tinha me conquistado muito mais do que poderia acreditar que alguém podia fazer.
Brenda:– Você é uma gracinha.
Ricardo:– É o que?
        — Imagino o embaraço dele como um dono de boate sexy pegador e super tatuado acho que esse tipo de elogio pode ter sido interpretado errado mas agora estamos tão perto que consigo sentir sua respiração no meu rosto e é uma delícia!
Brenda:– Não quero ser fodida hoje.
Ricardo:– Porra!
        — Tinha passado a mão em seu abdômen e descido acidentalmente até seu pau ou talvez minha mão tenha ganhado vida propia?Talvez.
Ricardo:– O que você quer então?Porque eu juro que estou quase gozando só nesse toque.
Brenda:– Tão cedo?
       — O beijo dessa vez por alguns longos minutos onde tudo que poderia ser ouvido era o barulho das nossas bocas se esmagando uma na outra onde com certeza não iria querer parar por nada até que pensei na sua pergunta.
Ricardo:– Que foi?
Brenda:– Quero fazer amor com você gato.
Ricardo:– Soa bom pra mim.
        — Dessa vez sou levantada no colo até nossos rostos estarem muito perto.
Brenda:– Me leve pra cama Ricardo.
        — Mesmo sendo à passos lentos não conseguia ver a hora de chegar até onde queria e ser amada por esse idiota e quando sou deitada sobre a cama e o vejo soltar a toalha da cintura sim aquela visão gloriosa poderia ser interpretada de muitas formas mas para mim é apenas paraíso em cada sentido.
        — Sua língua percorre cada centímetro do meu pescoço e não consigo parar de morder meu lábio com força e arranhar minhas unhas nas costas dele e mesmo quando me beija na boca continuo gemendo e querendo senti-lo cada vez mais fundo dentro de mim e quando as estocadas começam devagar não entendia o por que de estar devagar até entender que aquilo que fazíamos sem pressa ou no desespero era fazer amor com cada beijo ou carícia tinha cada vez mais certeza.
Ricardo:– Calma querida.
           — Ele coloca um dedo sobre minha boca quando começo à gritar como louca e isso me acalma um pouco e ao subir sobre ele sentindo seu peito e que continuamos unidos me faz jogar a cabeça pra trás e ficar num leve subir e descer enquanto sentia suas mãos em minha cintura e escuto sua voz me falar o quanto era linda e como estava apaixonado por mim enfim o cara era bom em me deixar de quatro e literalmente já que momentos depois me pega dessa maneira é loucura isso e delicioso ao mesmo tempo!
            — Tinha meu cabelo enrolado em sua mão e puxado contra ele tão junto que sentia seu suor se misturar ao meu e beijá-lo me fazia sentir viva e caótica era uma invasão de sentimentos muito grande e ao cairmos juntos no colchão começo a sentir sua boca em meus cabelos ora cheirando e beijando e quando me viro vou traçando beijos sobre sua clavícula e peito no abdômen e quando chego até lá embaixo onde estava tremendamente duro.
Ricardo:– Não tem que fazer isso.
Brenda:– E se eu quiser?Muito?
           — Lambo um pouco as bolas o que provoca seu gemido alto e me faz sorrir já que poderia controlar todo o prazer dele com minha boca e língua, muito interessante.
Ricardo:– Porra Brenda!
           — Querendo ou não esse cara me fazia ser bem gulosa era a única coisa que me passava pela cabeça já que o tinha introduzido inteiro e quanto mais sentia que ia gozar mais acabava o tirando totalmente e tendo que ouvir diversos xingamentos.
Brenda:— Com pressa?
          — Seu sorriso debochando daquela situação toda fazia com que entendesse que estaria na mesma velocidade que eu sem qualquer pressa para nada e assim faria com que ganhasse sua recompensa por me dar esse espaço ao começar à chupá-lo com força e continuamente fazendo com que suas mãos tocassem em minha cabeça massageando e me incentivando à não parar e quando sinto algo quente na boca e o relaxamento dele abaixo entendo que cumpri meu papel ele me fazia bem e em troca fazia o mesmo.
              — Então sinto seus braços me puxaram até seu lado e quando lhe olho está relaxado e de olhos fechados e resolvo deitar no travesseiro do lado apenas o observando.
Brenda:– O que aconteceria naquela noite se não tivesse te beijado?
            — Menciono a primeira vez que nos vimos e tive a brilhante idéia de fazer ciúmes no Antônio com Ricardo.
Ricardo:– É provável que teria dado em cima de você de qualquer maneira.
Brenda:– Sério?
Ricardo:– Por que a surpresa?
           — Ele agora tinha aberto os olhos e me observa do canto de olho.
Brenda:– Não sei só fiquei surpresa.
          — O fato da gente se dar super bem na cama não significava que daríamos certo como casal não é?
Ricardo:– Você não contou ainda pra Maria sobre sua vó né?
          — Ele está certo com a tristeza do funeral e dos dias sem ela acabei por não ligar pro mundo lá fora e sei que quando soubesse Maria iria querer dar na minha cara.
Ricardo:– Já vai levantar?
         — Tinha me sentado na cama com os lençóis sobre o corpo mas Ricardo está certo era hora de falar com ela sobre essa perda.
Ricardo:– Você vai contar?
Brenda:– Vou.
Ricardo:– E a carta da sua avó?
Brenda:– Não consigo ainda.
Ricardo:– Entendo.

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