Capitulo 25 (Meu jeito certo de fazer tudo errado)

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Brenda
           — Tinha ajudado a vovó com os biscoitos para a padaria e quando terminamos ainda tivemos tempo dela me bombardear de perguntas sobre o jantar de ontem e me lembrei que a mãe dele nos convidou para almoçar qualquer dia.
Lisa:– Que amor querida!Fico feliz que tenha encontrado alguém.
Brenda:– Vovó a gente nem está junto pra começar ok!?
Lisa:– Olha na minha terra isso tem outro nome.
Brenda:– Tudo bem vovó preciso ir você sabe que minha sessão com a Julieta começa daqui uns vinte minutos.
Lisa:– Certo vá mas me liga quando chegar lá me entendeu!?
Brenda:– Certo.
            — Lhe dou um beijo na testa e me despeço.
Brenda:– Droga!Ela nunca entende!
          — Se minha avó soubesse das coisas que descobri sobre o cara tenho certeza que não ficaria tão animada assim e alguns minutos depois ao entrar no andar da minha casa tenho uma surpresa ao encontrá-lo novamente sentado nas escadas.
Brenda:– Outro encontro desses e vou pensar que está me seguindo Alex.
Alex:– Não acho que chegue à tanto.
Brenda:– Como você está?
Alex:– Bem obrigado e você?
Brenda:– Na verdade atrasada preciso estar no hospital rápido.
Alex:– O que houve?
Brenda:– Nada apenas preciso ir mas antes tive que pegar umas coisas.
Alex:– Posso ir com você?
Brenda:– As pessoas mudam mesmo em?
           — Mesmo que involuntariamente arranco um sorriso daquele cara parecia que desde que nos encontramos tem sorrido mais do que nos últimos anos.
Brenda:– Aonde está a Lurdes?Quero dar um abraço de urso nela e marcar uma noite das garotas.
Alex:– Noite pra garotas?Sério que ainda existe isso?
Brenda:– Sério Alex e você vai deixá-la ir ponto.
Alex:– O que te faz pensar que tenho alguma coisa com ela?
Brenda:– E não tem?
Alex:– Essa mulher tem me ensinado bastante coisa mas nada romântico sabe?
Brenda:– Me admira que"cê"seja esse tipo de cara mas vivendo e aprendendo não é?Desculpa de novo fui idiota.
Alex:– Como disse vivendo e aprendendo.
            — Depois daquilo a conversa meio que silenciou e ficamos andando até o hospital estranho isso se alguém me contasse que estaria conversando com um cara que tinha sido um verdadeiro cretino com alguém que gosto diria pra pessoa se tratar mas não sei Alex está mais agradável.
Brenda:– Bem melhor eu entrar.
Alex:– Quem vem te buscar?
Brenda:– Na verdade não sei mas não se preucupe comigo sempre dou um jeito.
          — Já tínhamos entrado no hospital e estávamos no corredor onde ficava o consultório da Julieta e sim estava realmente íntima pra chamá-la pelo primeiro nome então escutamos alguns gritos vindo da sala dela então sem esperar entramos e encontramos um cara de cabelos um pouco grisalhos e barbado tentando enforcar ela não sei da onde saiu isso mas sem pensar pulei em cima das costas do cara tentando bater nele e enquanto fazia isso o velho se debatia comigo parecia que tinha ido num touro de vaquejada porque o imbecil não estava nem me deixando respirar.
            — Então acabo caindo com força no chão e em seguida Julieta vem até o meu socorro.
Julieta:– Você está bem!?
Brenda:– Vou sobreviver e você?
Julieta:– A mesma coisa.
           — Antes de tentar pular em cima do cara novamente vejo o Alex acertando um soco no idiota que ainda tenta golpeá-lo mas ele desvia e acaba dando um gancho certeiro no cara que meio tonto sai correndo nos deixando ali.
Brenda:– Alex!Você está bem!?
Alex:– Sim e vocês duas?
Brenda:– A mesma coisa,Julieta?
Julieta:– Sim claro.
Brenda:– Quem era aquele idiota!?
Julieta:– Namorado na verdade o ex.
Brenda:– Querida se fosse você andava armada!
Alex:– Não pode dar outro tipo de conselho não!?
Brenda:– Nem vem com essa!Vamos lá na lanchonete.
Julieta:– Mas sua consulta?
Brenda:– Isso é mais importante.
Alex:– Vou falar com os caras da recepção e ligar pra polícia esse imbecil pode voltar.
Brenda:– Valeu Alex vem vamos.
           — Apesar de estar mais tranquila sentia suas mãos geladas e depois de contar isso para a Lúcia também que veio nos perguntar qual era o motivo do tumulto lá na recepção então Julieta lhe contou tudo.
Lúcia:– Deus Julieta isso é grave!Aquele vagabundo!
          — Ela olha ao redor como se procurasse algum vestígio por ter sido descoberta por falar tão abertamente sua opinião mas se acalmou um pouco e tocou na mão dela.
Lúcia:– Você precisa denunciá-lo.
Julieta:– Não se preucupe vou fazer isso depois do expediente daqui vou direto para a delegacia.
Brenda:– Lúcia tem razão"Ju"esses putos acham que só porque namoram alguma mulher tem direito sobre a vida delas mas relacionamentos acabam e precisamos seguir em frente!
Julieta:– Obrigado pelo apoio de vocês e Alex?Te agradeço por tentar defender a gente.
Lúcia:– Você não se machucou não é?
          — Lúcia mal espera a resposta quando o abraça forte e Deus aquilo demorou mas pelo menos aconteceu o sinal amarelo de que ainda há um certo desconforto mas no fim eles são sangue e família e o resto não importava era mais do que um simples abraço é o começo de um perdão.
Brenda:– Graças à Deus por isso.
Julieta:– O que está acontecendo?
Brenda:– Longa história mas está livre no próximo domingo?
Julieta:– Por que?
Brenda:– Noite das garotas quero que vá vai ser na minha casa e aí!?Topa!?
Julieta:– Bom sim mas qual a ocasião!?
Brenda:– Somos mulheres vivendo suas vidas não tem jeito melhor de comemorar isso não é?
Lúcia:– Por que não fala de uma vez que é seu aniversário!?
Julieta:– Bom se é assim então com certeza eu vou.
Brenda:– Ótimo depois te mando o horário valeu?
Julieta:– Certo.
           — Depois de um tempo conversando com elas Alex me convida para tomarmos um café na antiga livraria que eu trabalhei junto da irmã dele e que seu Takashi e dona Saiury que eram os donos do lugar acabaram se mudando do Brasil para voltar para o Japão e viver em paz seu casamento bem eles pensavam em se casar talvez devesse fazer uma ligação para eles uma hora dessas.
          — Ao entrarmos as muitas prateleiras de livros foram colocadas de lado por mesas e cadeiras e o principal lugar que atendiamos os clientes era agora usado para anotar os pedidos de cafés e lanches.
         — Nos sentamos em pequenos sofás de veludo vermelho que ficava na entrada onde dava para observar as pessoas.
Alex:– Tá pensando em que?
Brenda:– Esse lugar me traz lembranças.
Alex:– Imagino você sabe não tem notícias dela não é?
        — Ao tentar olhar em seus olhos Alex baixa o rosto porque talvez tivesse muita vergonha de perguntar algo sobre alguém que fez tanto mal mas acredito que ganhou essa informação graças à ajuda que deu a Julieta hoje.
Brenda:– Está ótima ela e John estão vivendo o típico romance grudento que sonhei viver com o Antônio mas...segue o bonde né?
Alex:– Espera aí você e aquele cabeludo!?
Brenda:– Ei!Não ria!
Alex:– Desculpa mas você merece coisa melhor.
Brenda:– Você tem razão mas não falarei mais disso.
Alex:– Não vai pedir nada?
Brenda:– Acho melhor não.
           — Apesar de estar me controlando e tentando falar para minha mente que não iria vomitar por alguma coisa que comi a tentação continuava passando por minha cabeça e ao olhá-lo e ver que esperava uma explicação mais clara percebia que não conseguia ainda.
Brenda:– Desculpa Alex não vou comer nada.
Alex:– Por causa da sua doença?
Brenda:–"Cê"sabe?
Alex:– Sempre soube na verdade quando as vezes te via sair do quarto da Maria até o banheiro escutava barulhos estranhos como vômitos e liguei A mais B.
Brenda:– Por que nunca falou pra ela?
Alex:– Porque na época não estava nem aí pra ninguém e lamento por isso deveria ter te ajudado.
Brenda:– Concordo plenamente!
Lurdes:– Olha o que o gato trouxe para nós Ricardo?
           — Não estava acreditando que Lurdes tinha se encontrado com ele mas isso não tinha nada à ver comigo o que deixa ou não pra fazer em sua vida, sem esperar Ricardo se senta do meu lado.
Ricardo:– O que estavam conversando?
Brenda:– Nada demais.
Ricardo:– Sei.
Lurdes:– Podemos conversar Alex lá fora?
Alex:– Claro.
Brenda:– Ei você vai vim não é para a noite das garotas?Já convidei a Lúcia e minha psicóloga e esperava que viesse domingo sabe?
Lurdes:– Lúcia já tinha comentado sobre seu aniversário e conta comigo agora se me derem licença vou domesticar meu funcionário um pouco.
Brenda:– O que ela está dizendo?
Ricardo:– Nem queira saber amor.

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