IMAGINE NOAH SCHNAPP

41

Você pov's

Sai pelas ruas de New York sem saber pra onde ia, meu coração estava doendo, uma angústia em meu peito, vontade de gritar mas gritar de dor, estava cansada e parece que o mundo continua conspirando contra a mim, queria desistir de tudo e que essa dor fosse embora, eu confiei dei uma segunda chance e ele desperdiçou. Ele sabia da minha dor e mesmo assim continuo a me fazer sofrer,
é como um grande corte, sangra e dói muito e nenhum remédio alivia durante os dias. Aos poucos ele vai se fechando até que um dia para de doer, mas fica a marca chamada cicatriz.
Apesar de não doer mais ela fica ali para sempre, fazendo você se lembrar todos os dias a dor que sentiu.
Então vem o medo de se apaixonar de novo e de se cortar de novo.

Já tinha andado uns 20 minutos não fazia idéia de onde estava, olhei para o meu lado e tinha um caminho de terra e envolta muito mato e árvores, segui aquele caminho com um pouco de medo mas nada mais me impedia, depois de andar 15 minutos naquele caminho cheguei no final, Logo avistei um lago e uma banco, sentei naquele banco e suspirei forte e lá estava eu chorando de novo, aquele sentimento não ia embora, estava quebrada por dentro e por fora...

Respirei fundo e gritei bem alto que fez toda minha garganta arranhar, um grito de dor
sensação de engano e de perda Parece não haver um sentido para nada.

Peguei uma pedra do chão e taquei na água pra ver a profundidade do lago, era fundo...
Deixei meu celular de lado fui até a beira daquele Lago, um sentimento frio percorreu pelo meu corpo não sabia se aquela era decisão certa mas queria acabar com tudo aquilo, cheguei mais perto e me joguei,a água fria entrou em contato com meu corpo não lutei contra água só deixei que me levasse só queria que aquela dor acabasse, meus pulmões já pediam por ar...

Desaparecimento acontecem, Dores viram fantasmas, o sangue para de circular, deixei que meu corpo afundasse, parei de lutar...

O tempo passava e milhares de pensamentos vieram na minha cabeça, até que eu ouço uma voz fina e que me trouxe um aperto no coração era uma voz de criança e que eu conhecia e muito bem. Era a Lorena...

Lorena é minha prima de 4 anos, ela nasceu prematura e os médicos estavam dizendo que ela não ia aguentar, mas ele estava errado hoje ela está aí correndo igual uma sapeca, ela era minha alma gêmea, minha outra metade.
Ouço voz dela na minha cabeça:
"VOLTA PRA CASA" e aquela voz foi se aproximando soou como um Eco, e junto com a voz dela veio a da minha mãe dizendo a mesma frase, as vozes delas estavam tão perto, parecia que estavam sentadas naquele banco me chamando, eu senti tanta vontade de abraçá-las que comecei a lutar contra a água, não estava saindo do lugar, meu pulmão estava pedindo por ar e eu não conseguia voltar, comecei a entrar em desespero eu queria voltar, eu preciso ver a Lolô, minha mãe, minha família...
Peguei impulso com meu braços e voltei a superfície, meus pulmões procuravam por ar, suspirei fundo e comecei a me acalmar, estava apavorada, " eu quase Me matei"...

Fui nadando até a areia assim que cheguei me deitei no chão e comecei a chorar de medo....

Eu ainda estava incrédula do que tinha acabado de acontecer não estava acreditando no que acabei de fazer, precisava voltar imediatamente para casa poder ver minha mãe e minha família tava sentindo uma imensa saudade da minha casa e não podia que essa dor que Noah me marcou deixasse que afetassem minha vida...
༄
Já era 7 horas da noite ainda estava naquele lugar não conseguia me levantar, não porque eu não conseguia sim porque eu não queria voltar para casa com certeza Noah estaria me esperando pra conversar e dar desculpinha.

Depois de longas horas já tinha me acalmado as coisas já estavam mais claras para mim e também tomei uma decisão, iria voltar para casa sem olhar para trás e nunca mais querer saber de New York e muito menos de Noah schnapp.

"Dor, sofrimento, lágrimas, solidão, melancolia... São algumas máculas de um coração partido. Mas penso comigo mesmo. Se os corações não se partirem, não se curam. E se não houver cura, não há aprendizado. E se não houver aprendizado, não há luta. Mas a luta é uma parte da vida, não é!?"

༄
Esperei que ficasse tarde pra voltar pra casa, estava contando com a sorte de que eu ia chegar e todos estariam domindo.
Estava na frente daquele restaurante brasileiro que Noah me trouxe pra pegar internet, coloquei o endereço de casa no GPS e fui embora seguindo as instruções.
Cheguei na frente de casa e as luzes estavam apagadas, achei estranho mas procurei não entender, entrei dentro de casa e tudo estava calmo eles estavam dormido, aquilo me deixou triste e aliviada.
Triste porque mostra que eles não se preoucupam comigo e não fizeram questão de me procurar.
E aliviada porque não teria que enfrentar o interrogatório que eles iam me fazer.

Subi as escadas devagar e fui em direção ao meu quarto,assim que abri a porta me deparo com a visão do inferno "Noah" chorando sentado na minha cama.

Você: Oque tá fazendo aqui?
- Me mantenho séria sem chorar.

Noah: Porque tá molhada?
- Limpa suas lágrimas.

Você: Fui dar um mergulho.
- Olhando fixamente pro chão.

Noah me olhava com os olhos cheios de lágrimas, com a feição de preoucupado e tremendo.

Você: O que foi?

Noah: O bilhete.
- Não para de chorar.

Você: Oque que tem o bilhete?

Noah: Você deixou um bilhete.
- Tremendo

Você: Ah é , dizendo que eu voltava mais tarde.
- Me fazendo de desentendida

Noah: " se algo acontecer saiba que eu te amei".
- Chorando

Você: Porque a gente nunca sabe o que vai acontecer.
- Olhando pro chão

Noah: Achei que você ia fazer uma besteira.
- Chorava mais

Você: Eu não ia fazer isso.
- Noah vem e me abraça mas nem fiz questão de retribuir, fiquei com meus braços ao lado do meu corpo enquanto ele chorava no meu ombro.

༄

Esse capítulo partiu meu coração, eu tenho um primo de 4 anos e faz tempo que não vejo por causa da quarentena, e a saúdades dói...🥺