Cap. 63- Enfim.......

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Assim que o senti deslizar por minhas mãos, seu corpo se tornou cada vez mais distante a cada passo, conforme ele deva o passo seguinte senti como se levasse um pedaço meu com ele.

E quando não era mais possível avistá-lo, com o coração quebrado comecei a derramar as lagrimas que escondi dele por todos esses dias em que cogitei a sua partida. Era difícil até mesmo respirar, pois me tornei totalmente dependente do nosso amor, era Singto quem me acordava quando eu estava com muita preguiça. Provavelmente era ele quem compartilharia seus remédios para que eu ficasse bem o mais rápido possível. Era ele e só ele que me amaria na cama, exploraria meu corpo e me faria sentir único em seus braços.

Todos as coisas boas de nosso relacionamento ficariam menos frequentes e honestamente não sei como devo agir agora, me sinto perdido mesmo sabendo que em nossos sentimentos nada mudaria.

Quando P'Jane voltou para o carro eu estava abraçado em minhas pernas em cima do bando, chorando muito e quase sem ar pois soluçava constantemente e isso fez com que eu perdesse o ritmo certo para respirar direto.

Então P'Jane me arrancou de dentro do carro, me auxiliando para que eu pudesse retomar meus sentidos e reagisse. E aos poucos fui voltando ao normal, foi quando ele me abraçou tão forte e disse em meu ouvido:

- Bom garoto, vai ficar tudo bem. Vocês ficaram bem!!

Fiquei ali por um tempo até me sentir melhor, e um pouco mais tranquilo.

[...]

Os dias se passaram e a falta que sentia dele foi amenizando, porém, tudo que eu fazia me trazia a sensação de estar sempre faltando algo, nunca estaria completo porque eu não estava completo.

Quando seu pai ficou doente eu me preocupei muito, pois sabia muito bem como Tuan era, eu fiz questão de garantir que estaria o máximo possível ao seu lado, pois quando ele está preocupado com alguma coisa tão séria ou importante, ele simplesmente esquece dele mesmo, o que significa que não comeria ou descansaria até que tudo estivesse bem.

Então dei o meu melhor para que mesmo que não tivéssemos tempo para nós, ainda que eu estivesse com muita saudade, eu só queria que ele comesse, então levava comida em sua boca quando era preciso, o obrigava a descansar ainda que fosse em me meu colo sentados em uma poltrona desconfortável enquanto acariciava seus cabelos para que ele se sentisse confortável e adormecesse.

Me sinto feliz pelo fato de ter ficado tudo bem, mas, contudo, Singto teve que voltar no mesmo dia em que seu pai teve alta do hospital. Eu sei que ele me pediu inúmeras desculpas por isso e de fato eu entendia.

Se eu soubesse que essa seria a ultima vez que nos veríamos em tempos, teria feito birra ou alguma coisa do tipo apenas para ter a chance de tê-lo ao meu lado nem que fosse para matar a saudade de estar com ele, que ele fosse apenas meu.

[....]

Eu estava trabalhando tanto para manter minha mente ocupada e não pensar no fato de estarmos longe, mas chegou um dia em que não suportei mais.

Aconteceu uma coisa que me deixou triste e muito mal durante o trabalho e a única coisa que eu queria era deitar no colo dele, ouvir seus conselhos e broncas até adormecer em seus braços e ele não estava lá.

Entrei em meu apartamento envolvido com meus próprios sentimentos, querendo jogar tudo para o alto, comecei a gritar desesperado sem sentido quando minha mãe entrou e me viu naquele estado deplorável. Ela sabia realmente o filho que tinha, e que eu não faria aquilo sem uma boa razão.

- Filho? (ela gritou da porta tentando me fazer ouvi-la)

- Mãe me deixa sozinho!!!! (afirmei em um tom áspero)

Simplesmente PerayaOnde histórias criam vida. Descubra agora