Cap. 05 Hora de dizer Adeus...♫

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Singto Prachaya

Aquela foi a noite mais difícil que vivi nos últimos tempos, a luta interna contra mim mesmo para entender meus sentimentos, nunca imaginei pensar em um homem dessa forma muito menos quem me irritava com tanta frequência como Perawat, pra ser sincero acho que o que estou sentindo nada mais é do que compaixão por ele, não é possível que seja outra coisa, por via das duvidas , preciso me afastar .

No dia seguinte era minha folga, pois até os veteranos merecem isso, ando pelo campus e vejo muitos novatos se organizando para ir para a casa visitar as famílias, poderia ir ver meu pai essa semana, mas a quantidade de trabalhos acumulados não me permite, apenas dei uma ligada para matar a saudade. Caminhando para o local de refeições sou parado imediatamente por uma novata, uma menina muito bonita, pele clara, cabelos negros e cumpridos e olhos marcantes, somos colegas de numeração e aqui temos a tradição de repassar matérias e conhecimento diretamente para nossos colegas de numeração como uma forma de agradecimento e auxílio, pois todos nós sabemos o quanto é difícil e como nos sentimos perdidos em nosso primeiro ano. E com um sorriso no rosto ela vem em minha direção e diz:

—Sawadee krap P'Singto

Sawadee kha

— Eu só queria agradecer pelos livros, de fato eles salvaram minha vida.

—Eu te entendo muito bem, se não tivesse o auxílio desses livros em meu primeiro ano, não teria sobrevivido (falo com um sorriso largo)

—Nossa como o professor é exigente, vi muitos dos meus colegas tirarem nota vermelha nessa matéria

—Acredito que esse possa ser o professor mais rigoroso que você encontrara ao longo do curso.

—Pensando assim, então já posso dormir tranquila (Ela encosta em meu ombro e continua).

- Eu realmente não sei o que dizer, me encontrar aquela hora da noite  embaixo de chuva foi a coisa mais bela que já fizeram por mim.

- Quero que saiba que me preocupo. Sendo assim não hesite em me chamar, quando precisar (falo com sentimento puro de um veterano para um calouro)

— Até debaixo de chuva P', você ficou todo molhado (Ela riu envergonhada)

—Não se preocupe o máximo que aconteceu, foi uma bela de uma gripe kkk

De repente escuto meu nome em uma altura absurda...

—Singto, vem aqui agora!!!

A novata ao meu lado se assustou e com razão, passei todo esse período ensinando sobre respeitar os sênior e como os cumprimentar, e vi a pessoa a minha frente com expressão de muita raiva olhando para mim como se fosse me fuzilar, respiro fundo e me viro para a novata com toda calma que aparentemente queria demonstrar

— Me perdoe por isso, se me der licença preciso resolver algumas coisas no momento, mas não se esqueça se precisar de qualquer coisa pode me procurar.

Ela me faz wai e segue seu caminho, eu retribuo e sigo em direção ao meu problema.

Minha namorada era uma pessoa gentil e amável no início do namoro, características que prezo muito, nos dávamos muito bem até meu primeiro dia como sênior começar e por consequência ela ouviu coisas ao meu respeito, é normal que os estudantes admirem seus superiores, ela ouviu em alguns lugares com uma certa frequência por meninas bonitas o quanto eu era maravilhoso, determinado ou até mesmo sobre minha aparência. A principio era um leve incomodo, então comecei a receber cartas das estudantes me pedindo o número do celular, me chamando para encontros. Sempre levei muito a sério minha posição e nunca dei esse tipo de liberdade a ninguém, procurava não corresponder aos elogios feitos a mim e muito mesmo a quaisquer formas de carinho expressada por elas, para não dar esperanças uma vez que sei qual é a minha responsabilidade com meu relacionamento.

Simplesmente PerayaOnde histórias criam vida. Descubra agora