Chromatica || DRARRY

True Blue

Draco POV

Eu levei uma semana completa para pensar e me sentir confortável.

Soube por Théo que Harry continuava aparecendo na entrada da minha sala me procurando, então eu passei a frequentar as aulas em um turno diferente, após explicar para os professores que estava com problemas pessoais.

Sim, estava fugindo dele, porque não queria cometer o mesmo erro.

Me emocionar e deixar levar por minhas besteiras.

Foi dessa maneira que o assustei, jogando sem pensar sobre ele meus sentimentos.

Então decidi que devia acertar minhas próprias inseguranças antes de decidir voltar para casa, e isso só aconteceu depois da minha sessão de terapia, na sexta.

Eu contei toda a história para minha psicóloga, e isso tomou grande parte da sessão novamente, porque esclareci sobre todos meus sentimentos e também tudo o que me passava pela mente.

Pouco perto de ir embora, eu disse que não sabia o que fazer, porque queria que Harry entendesse meus sentimentos e me deixasse ser seu namorado.

Ela, sabiamente, me disse apenas uma única coisa:

'Você não pode sempre deixar que as pessoas escolham qual posição você ocupará em suas vidas'

Então naquela noite, quando voltei para o apartamento de Nott, depois de mais pizza, que basicamente era tudo o que comíamos ali, eu fiz minhas malas para voltar para casa.

Não sabia exatamente o que esperar de Harry, de nós, da nossa amizade e do que seriam meus sentimentos dali em diante.

Mas teríamos uma conversa, e eu pretendia que fosse séria e sincera, porque não queria continuar me sentindo como havia sido por toda aquela semana.

Tristeza e infelicidade, junto com aquela insegurança.

Eu sentia falta de ter ele!

E com quem poderia conversar, quando meu melhor amigo era a pessoa que havia me magoado?

Soava tão perturbador, que eu precisei me desligar por um momento de tudo, e agora me sentia bem para enfrentar o que precisasse.

Sabia que ficaríamos bem, e que tudo iria dar certo dali em diante, independente do que ele fosse escolher.

Porque eu faria o que posse preciso para que aquilo não abalasse o que tínhamos.

Aquela foi uma noite um pouco complicada, porque eu me sentia muito ansioso.

Então quando o sábado chegou, eu tomei um bom banho e me despedi de Nott, colocando as coisas no carro e parti para o local onde havia combinado de tomar café com minha mãe.

Como ela estava na cidade para resolver negócios, iríamos nos encontrar para nosso ritual matinal em um dos lugares extremamente finos e enjoados que ela gostava.

Eu não era grande fã das casas de chá que ela costumava frequentar, mas sempre fazia esse esforço para fazê-la feliz.

Assim que passei pela entrada, quinze minutos atrasado, e seguia pelo corredor daquele lugar todo pomposo cheio de lustres, almofadas em tons de rose e estilo imperial, estranhei encontrar com ela no corredor principal.

O salão daquele lugar era dividido em pequenas cabines privativas, e eu esperava que ela estivesse na nossa.

- Querido! - Falou com grande ânimo, segurando meu rosto entre suas mãos, e eu me inclinei para receber um beijo na bochecha, e um abraço afetuoso - Atrasado, como sempre não é?