Dê tudo certo

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Pov DAY

Sabe quando você sente que está assistindo  um filme de terror e percebe um personagem fazendo algo muito estúpido que provavelmente resultará em sua morte? e aí você fica o insultando e pensando "como essa pessoa foi idiota o suficiente para fazer isso? era tão óbvio que ia dar merda!".

Era exatamente assim que eu me sentia enquanto encarava a rua vazia pela qual o carro que Caroline havia entrado e partido minutos atrás esteve.

Eu estava em um filme de terror protagonizado por mim. E eu nem precisava me preocupar com os xingamentos pois tinha absoluta certeza que a Thaylise cuidaria muito bem dessa parte enquanto conversasse com a Caroline por hoje.

Minha cabeça doía pra cacete...

De onde eu tirei que seria uma boa ideia tomar meu primeiro porre logo hoje?

Olhei meu vômito no asfalto e me senti ainda mais imbecil de ter achado que alguns copos de bebida alcoólica fariam eu me esquecer que hoje era para ser o melhor dia da minha vida.

Sou realmente uma idiota pois as imagens do Vitor sendo abraçado pelos pais da Caroline enquanto sorriem orgulhosos e depois a própria ruiva me olhando com os olhos marejados enquanto eu corro e peço para que ela converse comigo continua indo e voltando em minha mente. Acho que nem mesmo sete garrafas de vodka teriam poder suficiente para apagar essa noite.

Vou cambaleando para dentro da festa novamente. Preciso ir no banheiro para lavar meu rosto e depois pedir um uber para o lugar que a Caroline está.

Não tenho a mínima ideia de onde ela está mas começaria pela casa da Thaylise e se precisasse rodaria toda a grande São Paulo.

Assim que entro no quarto com suíte  e me encaro na frente do espelho percebo o quão alto e rápido essa noite mergulhou no completo fracasso. Começou com promessas e beijos na janela, meu sorriso mal cabia no próprio rosto e agora eu estava com ânsia de vomito, cabelo bagunçado e maquiagem borrada enquanto pensava em como conseguiria chamar um uber.

Estava quase me lamentando pela milésima vez quando escuto barulhos estranhos vindo do banheiro ao lado.

Dayane.

Não.

Não,  Dayane.

Sua mãe te educou perfeitamente bem e você não vai invadir a privacidade de alguém assim, certo?

Eram gemidos.

Dê o fora daí!

Aproximo minha mão da maçaneta do banheiro do quarto.

Bom...mas que se foda, né? Não é como s eu já não tivesse tomado decisões ruins suficiente só por essa noite...

A menina geme um pouco mais alto.

Ok. Foda-se estou curiosa.

Abro a porta e na mesma hora meus olhos se arregalam. Uma menina loira está com o mesmo olhar assustado que o meu, seus olho azuis quase saltam do próprio rosto quando percebe que estou encarando ela sentada no colo do...Vitor.

Luisa olha completamente alarmada para o Vior. Ele esta com o rosto vermelho por conta do que quer que estavam fazendo antes e está me olhando com a mesma expressão assustada.

Quase fico aliviada por eles estarem vestidos mas então meu cérebro processa....

O Vitor. O Vitor está ali ficando com a Luisa. O mesmo Vitor que  aparentemente estava ficando com a Caroline. O mesmo Vitor que havia sido apresentado aos pais da menina hoje.

Velha infância(Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora