Hey, gente! Nem deu tempo de ficar com falta de uma história porque acho que foram só duas semanas...
Mas é isso! História nova :)
O primeiro capítulo é meio grandinho mas prometo que o resto será menor..
---------------------------------------------------------DAY
Acho que todo mundo se lembra do lugar exato em que estava quando algo grandioso acontece. Quero dizer, provavelmente meus pais se lembravam onde estavam quando o Brasil ganhou a copa de 2002, ou quando as torre gêmeas foram atingidas...qualquer acontecimento tão drástico, seja ele bom ou ruim, tem esse poder sobre o nosso cérebro.
E é apenas por isso que eu conseguia me lembrar exatamente todos os detalhes daquela Quarta-feira do mês de Março. O dia em que eu tinha aceitado tomar a decisão que mudaria minha vida e tudo que eu costumava saber sobre ela.
Tudo começou quando eu tentei passar pela sala discretamente a fim de chegar na cozinha e provar um pedaço delicioso do bolo que minha mãe havia feito.O bolo. Talvez se eu não fosse tão gulosa nada daquilo teria acontecido...
E foi bem no momento em que eu coloquei os meus pés na cozinha que uma voz irritada surgiu por trás de mim e falou:
_O que você pensa que está fazendo?
Pensei em dar uma desculpa bem esfarrapada e dizer que só estava olhando mas a minha cara entregaria tudo. Eu tinha certeza que estava escorrendo saliva da minha boca. Se o bolo fosse um animal eu era uma onça pintada me escondendo no mato pronta para dar o bote.
_Eu só...estava passando...
Minha mãe revirou os olhos como quem diz "mentir logo para mim? Que te pari!" e passou por mim indo em direção ao bolo e começando a tampar a sobremesa enquanto acabava com todas as minhas esperanças de sujar a boca de calda de chocolate.
_Já que você está ai parada que nem um aparição...vai lá na Rose e entrega esse bolo para ela.
Eu sorri animada. E só 50% desse sorriso era por conta das esperanças renovadas. A verdade é que eu adorava ir na casa da tia Rose. Éramos vizinhas desde que eu me entendia por gente, mamãe e ela haviam se conhecido na igreja e de uma forma estranha a antipatia das duas por uma irmã escandalosa fez com que minha mãe tivesse uma nova e inseparável melhor amiga, e consequentemente, dois meses depois, quando a Rose teve a ideia brilhante de se oferecer para ser minha babá, eu também tive que ficar inseparável da filha dela.
No início, quando a minha mãe pegou minha mãozinha de 5 anos de idade e disse com uma voz mega afetada que só se usa para falar com bebês:
"Você está prestes a conhecer uma menina incrível. E vocês serão melhores amigas...portanto...não seja egoísta com suas bonecas"
Me lembro de revirar os olhos e só de birra apertar ainda mais minha boneca preferida entre meus braços. Quem aquela menina pensava que era para achar que poderia sequer chegar perto dos meus brinquedos?E foi só quando a porta da casa da tia Rose foi aberta por uma menina baixinha demais para os 4 anos que eu suspeitava que ela tivesse, os cabelos de uma cor a qual eu achava só existir na fruta e uma cara de quem estava entediada que eu reparei que estava prendendo a respiração. A minha mãe me largou no momento seguinte que a Rose chegou, como se dissesse "ok, aja como uma criança normal e faça amigos!".
Mas ali, estava eu. Olhando para a menina de cabelo laranja e pensando "por que ela não está olhando para mim?". Caroline parecia muito mais interessada no desenho do Bob esponja do que na garota desconhecida que ainda estava abraçando uma boneca Suzy.E aquela foi a primeira vez que eu quis muito chamar a atenção de alguém.
E então, depois de alguns minutos que pareceram anos na minha cabeça infantil, a Caroline desviou os olhinhos da televisão e disse:
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Velha infância(Dayrol)
RomansaCarol nunca achou que se apaixonaria pela sua melhor amiga. Principalmente uma melhor amiga que a ajudou a convencer o menino dos seus sonhos a ser o seu par na valsa de aniversário. Day também tem certeza que nunca se apaixonaria por Carol...mas e...