Resolvendo um Problema

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JAMES

Observo as duas garotas se despedindo em um abraço longo e apertado acompanhado com sussurros e risadinhas que da minha distância eu não poderia ouvir mesmo que tentasse.

Foi assim a noite toda, as duas agarradas como se fossem imãs. E era fofo de ver, parecia que elas se conheciam há anos e não há horas.  E eu podia entender a fascinação, a emoção de encontrar outras pessoas que gostam da mesma coisa que você gosta. Ainda mais se essa coisa que você gosta não é uma coisa convencional.

E eu estava fascinado com o novo casal de amigos, Aodhan parecia ser um homem descente, fiquei feliz de conhecer uma pessoa que compartilhava meus pensamentos, e fiquei mais feliz ainda quando ele me deu algumas dicas. Obviamente ele percebeu que eu estava desconfortável com a situação, mas ele me garantiu que não queria tirar proveito de nada e que as vezes ele se dobrava para as exigências de Kathy.

Eu poderia entender isso, minha Bella poderia estalar os dedos que eu faria de tudo para atentar aos seus pedidos. Mas ela não precisava saber inteiramente disso.

- Ok vocês duas, acho que já chega - Aodhan diz separando as meninas do longo abraço - Não é o fim do mundo, vocês podem se encontrar em um outro dia.

- Vou sentir sua falta Isa - Kathy diz dando mais um abraço em Bella - Vou sentir sua falta também Tio James - ela diz me abraçando rapidamente.

- Também sentirei a sua falta Kathy, por favor, volte sempre, vocês são bem vindos aqui.

- Obrigado James - Aodhan apertando minha mão - Agora vamos, já tomamos muito o tempo deles Kathy, e a mocinha precisa de um banho e de descansar.

- Mas eu não estou com sono...- Kathy diz entrando no elevador começando o que parece uma discussão calorosa com Aodhan.

Os dois acenam antes das portas se fecharem e então de repente só está nós dois no hall de entrada. O silêncio é gritante e eu sei que Bella sabe que eu estou chateado com ela.

- Gostou da sua nova amiga? - pergunto.

- A Kathy é perfeita - ela diz sorrindo - Eu amei conhecer ela e o Tio Aodhan.

- Eu também gostei de conhecer eles - sorrio.

Seus olhos brilham ao ver meu sorriso mas eu não a quero deixar convencida.

- Mas isso não te isenta de ter sido inconsequente.

- Inconsequente? - ela pergunta franzindo a testa - Como? Eu não fiz nada!

- Não fez? - pergunto irritado - Como conversar com estranho e convidá-los para dentro da nossa casa e além do mais revelar nosso estilo de vida é não fazer nada Isabella?

- Mas eles também praticam ageplay! - ela exclama.

- Eu não ligo se eles praticam ageplay ou se eles são a família real, eu não gostei de ser surpreendido com dois estranhos aqui em casa - falo - Já pensou se eles tivessem alguma má intenção? Você poderia se machucar Isabella e isso é inaceitável.

Só a ideia dela em perigo me deixava sem rumo algum, eu não conseguia pensar na hipótese disso.

- Ma-

- Mas nada! - falo - E além do mais você não me deu nenhuma notícia sequer, não falou onde estava e nem com quem estava, você tem ideia do quão preocupado eu estava?

- Desculpa, eu não tive a intenção de te deixar preocupado papai - ela diz abaixando a cabeça já começando a chorar.

E é assim que minha raiva vai embora. Eu não suportava vê-la chorar, era doloroso demais. Qualquer coisa que a deixasse triste era doloroso demais. Minha Isabella jamais deveria passar por qualquer tristeza.

Mas eu não poderia relevar isso, ela trouxe estranhos para dentro de casa, ela poderia ter sido machucada ou algo muito  pior, poderiam ter nos roubado ou ainda mais, poderiam divulgar nossa vida particular. Isso não seria um problema se o mundo não fosse o que fosse hoje.

- Vá para o quarto, tire sua roupa e fique de quatro na cama - falo apontando para o quarto - Quero que você pense no que você fez. Agora!

Isabella corre sem olhar para mim, e acho que a assustei um pouco, mas isso é bom, ela tem que sofrer as consequências das atitudes delinquentes que ela tomou.

Enquanto limpo a mesa do jantar e observo o pequeno Rainbow cochilar debaixo da lareira trato de me acalmar mais um pouco. O que passou, passou. Agora é só corrigi-la e seguir em frente.

Aodhan e eu conversamos sobre isso, sobre as nossas perspectivas como cuidadores de pessoas tão especiais como nossas garotas. Sabemos que não é fácil ou um mar de rosas, mas vale a pena ter a sua parceira em seu cuidado. É uma motivação para viver. Ele também me confessou que iria corrigir a pequena Kathy. Por mais que as duas fossem amigas e que tudo tinha dado certo, foi pura sorte elas terem estado seguras.

Suspirando vou em direção ao quarto vendo orgulhoso a minha garota na posição solicitada. Sua bunda era uma visão maravilhosa, se não fosse por essa situação eu gostaria de tirar proveito dela de outra forma. Devagar me aproximo  acariciando sua pele macia e arrepiada , ela era tão linda.

Sem fazer barulho e com cuidado, retiro o cinto da minha calça e me afasto.

- Você sabe por que está sendo castigada Isabella?

- S-sim - ela diz em um suspiro.

- Eu não ouvi - digo batendo em sua bunda recebendo um grito em resposta - Você sabe por que está sendo castigada Isabella?

- Sim - ela diz ofegante - Porque eu trouxe estranhos para casa e me pus em perigo e não liguei para o senhor para dizer com quem estava.

- Isso mesmo - digo acariciando sua bunda - E isso é certo?

- Não papai, não é.

- Então espero que depois dessa punição a senhorita nunca mais faça isso.

Me preparo para começar mas sua voz aparece no ar pedindo por favor para perdoa-la, que não era sua intenção, mas eu não escuto, eu precisava puni-la, só assim ela aprenderia a lição. Mesmo que tenha que machuca-la ela precisava.

Trinta.

Trinta cintadas em sua bunda, todas bem direcionadas, sei que era uma punição, mas não dava para controlar o prazer de sua reação, ela estava gostando e odiando. Suas súplicas e gritos eram altos, mas o corpo dela estava reagindo de outra forma. Mas eu não ia dar nada prazeroso a ela.

Na trigésima cintada eu jogo o cinto longe e a agarro colocando-a em meu colo beijando todo seu rosto molhado. Não precisava mais, ela já aprendeu a lição.

- Boa garota - digo a abraçando - Já passou, papai está aqui.

A balanço em meus braços até sentir sua respiração aos poucos se acalmando.

- Papai? - ela chama, num sussuro.

- Sim?

- Você me perdoa?

A abraço mais forte e não resisto em dar um beijo em seus lábios.

- Tudo está perdoado agora.

Cinquenta Tons de RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora