Cinquenta Tons de Rosa

Eu Amo Você

Abraço papai com força empurrando Rainbow de leve do seus braços enquanto sinto o elevador subindo para a penthouse satisfeita sentindo sua mão segurando minha cintura de um jeito protetor e carinhoso. Faço biquinho quando Rainbow  começa a lamber meu rosto e mostro a língua para ele.

- Bella ele só quer mais carinho - ele fala rindo da minha atitude.

Estava me sentindo meio grogue por ter dormido na viagem de volta para casa e estranhamente muito grudenta. Queria sentir ele o tempo todo perto de mim e isso não tinha nenhuma explicação, eu só queria.

- Chegamos - ele anuncia quando as portas do elevador se abrem.

Entramos na penthouse e papai se desvencilha do meu abraço e eu choramingo mesmo vendo ele ocupado tirando Rainbow de seu braço e a bolsa que ele estava segurando.

- Abraço - imploro levantando os braços para ele.

Não demora muito para eu sentir seus braços em volta de mim e é como um remédio, me faz sentir tão confortável e segura e eu amo essa sensação. Dou pequenas risadinhas sentindo cócegas com seus beijos em todo meu rosto.

- Vamos tomar um banho - ele fala.

Aceno concordando. A gente precisava mesmo de um banho, depois do banho de mar e do piquenique viemos direto para cá porque ele não queria chegar tarde.

Seguimos para o banheiro com Rainbow em nosso encalço, ele tira minha roupa e eu rapidamente faço um coque enquanto ele tira a roupa dele e em seguida entramos juntos para debaixo da ducha.

- Frioooo - falo tremendo com água gelada nas minhas costas.

- Calma, vai aquecer - ele diz se aproximando.

E de fato aquece, relaxo meus músculos em êxtase e aproveito a água me lavando e tirando o cheiro do mar. Em silêncio James me lava delicadamente me dando beijos e fazendo carícias gostosas.

- Sabe - falo quando ele começa a se lavar - Eu não vi nenhuma sereia - cruzo os braços.

- Como não? - ele pergunta confuso.

- Eu não sei - encaro ele desconfiada - Você viu?

- É claro - ele responde - Elas estavam do nosso lado o tempo todo Bella.

Ele desliga o chuveiro pegando uma toalha para me secar, tento facilitar pegando a toalha,mas ele me impede.

- Essas mãozinhas só servem agora para brincar e fazer carinhos.

- O que? Eu não sou inválida! - falo com raiva.

- Ninguém está dizendo isso - ele diz sorrindo - Mas eu quero que agora você só se preocupe em brincar e me dar carinhos, deixe a parte difícil comigo. Pode ser?

- Mas eu gosto de me sentir útil - resmungo.

- Você está sendo útil bebê, acredite em mim.

Olho para ele desconfiada mas deixo ele fazer o serviço. Depois que ele acaba de me secar e me enrola em volta da toalha, ele se seca e nos guia de volta para o seu quarto.

Ele me pede para sentar na cama enquanto ele desaparece no closet, depois de alguns minutos ele volta vestido com uma calça moletom cinza e uma blusa branca segurando minhas roupas.

- Finalmente! - digo- Pensei que ia morar lá dentro e me deixar morrer de frio aqui.

- Ah é? - ele pergunta - Acho que alguém está impaciente.

- Eu só não quero ficar parada que nem uma boneca - reclamo enquanto ele põe uma blusa velha e grande em mim.

- É tão difícil deixar eu cuidar de você? - ele pergunta me vestindo uma calcinha.

- Não é isso - respondo - Eu quero me sentir útil ou pelo menos tentar ser.

Ele me olha entortando a cabeça , parecendo pensar em algo.

- Acho que eu já sei o que devemos fazer - ele fala enigmático.

- O que?

- Depois - ele responde - Agora vamos por uma comida nessa barriguinha.

Suas mãos atacam minha barriga fazendo cócegas e eu explodo em risadas ao mesmo tempo tentando me desvencilhar delas.

- Papai para! - grito sem fôlego - Para!Para!

Ele para subindo em cima de mim me dando um beijo rápido e logo após sorri lindamente.

- Eu amo quando você ri - ele diz de repente ficando sério - E eu amo você.

Minha respiração já entrecortada pelas cócegas de repente para no momento em que ele diz as palavras. Tento voltar a respirar devagar ao mesmo tempo tentando não gritar com a felicidade avassaladora que enche meu peito.

Ele me ama, ele me ama, ele me ama!!

Encaro ele chocada e maravilhada. Como que um homem tão lindo, bom e generoso  poderia me amar? Era surreal.

- Como? Quando? - pergunto ecoando meus pensamentos.

- Desde quando te vi no aeroporto  - ele dá de ombros - Depois disso só cresceu...A cada dia.

- Eu amo você - digo sem pensar.

Porque eu não precisava pensar muito sobre isso. Eu simplesmente amava ele. Amava como ele sorria e falava comigo, amava seus gestos de carinho, sua dedicação, seu corpo e sua alma boa. Amava absolutamente tudo nele.

- Eu acho então que somos dois bobos apaixonados - ele comenta com seu sorriso perfeito.

- Acho que somos - sorrio de volta.

Não resisto e me aproximo mais dele dando um beijo apaixonado. Mordo seu lábio de um modo provocativo quando ele se afasta.

- Comer - ele lembra.

Suspiro mas concordo segurando seu dedinho, pulo de susto quando Rainbow aparece na porta e começa a latir na nossa direção.

- Calma garotão - papai diz para ele nos levando para a cozinha - Vamos comer agora.

Depois do jantar que papai fez, - ele realmente ama cozinhar- lavamos a louça e ficamos sentados na sala abraçadinhos, aconchegados pelo fogo na lareira e observando Rainbow correr de um lado para o outro no tapete da sala.

- O que você quis dizer antes quando eu falei que queria me sentir útil e você  disse que sabe o que devemos fazer? - pergunto lembrando.

- Ah isso - ele exclama - Estava pensando em regras.

- Regras? - pergunto debilmente - Que tipo de regras ?

- Do tipo para segui-las - ele diz debochado.

Bato no seu ombro em protesto e sou surpreendida sendo jogada no sofá com ele subindo em cima de mim.

- É por isso que precisamos delas - ele diz - Você está muito indisciplinada.

- Não estou não - digo mostrando a língua - Você que está muito mandão.

- Acho que não mandão o suficiente - ele responde também mostrando a língua - Mas posso começar a ser.

Ele se levanta gritando para eu ficar no lugar e some dentro do escritório, e eu me pergunto se eu fiz merda.